Se você tem ações de grandes bancos como Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), precisa ler este artigo.
Hoje, vamos mostrar 3 grandes desafios que essas empresas, conhecidas por sua resiliência a crises e altos dividendos, vão enfrentar no futuro próximo.
Acompanhe!
1 – Concorrência de fintechs, bancos digitais e corretoras
Nos últimos 4 ou 5 anos, a concorrência enfrentada pelos bancos tradicionais começou a aumentar, especialmente com o crescimento das corretoras, fintechs e bancos digitais.
A facilidade para abrir contas e as taxas menores dessas alternativas começaram a fazer usuários migrarem para essas novas opções, o que pressiona as margens dos grandes bancos.
Isso não significa que eles vão quebrar, de jeito nenhum.
Porém, para se manterem em uma posição competitiva no mercado, muito provavelmente terão que reduzir suas margens. E você deve sempre procurar, prioritariamente, empresas que aumentam suas margens.
2 – Bancos terão que manter mais de 20% de ROE para pagar bons dividendos
Muita gente pode não acreditar, mas, no final da década de 90 e início dos anos 2000, investir em bancos era considerado arriscado.
O setor bancário no Brasil era muito fragmentado, com diversas empresas, muitas das quais tiveram dificuldades e faliram.
Porém, os bancos que sobraram passaram por um processo de consolidação e dominaram o mercado por décadas, podendo investir pesado em sua expansão.
No entanto, esse não é mais o caso, e o grande desafio dos bancos agora é manter um ROE (retorno sobre patrimônio líquido) acima de 20% para garantir bons pagamentos de dividendos.
O foco em expansão acabou; o crescimento dos próximos 20 anos não será tão forte quanto o das duas últimas décadas, e os bancos terão que se concentrar mais no pagamento de dividendos, ao mesmo tempo em que enxugam suas operações, fechando agências, para se manter competitivos.
3 – Maior conhecimento dos consumidores
O mercado financeiro está longe de perfeito, mas as pessoas estão cada vez se informando mais sobre onde colocam seu dinheiro.
Basicamente, produtos ruins com altas taxas, que tanto colocaram dinheiro nos bolsos dos bancos, não “funcionam” mais.
Um exemplo clássico é o hiperfundo do Bradesco.
Ele já teve quase 7 bilhões de reais sob gestão em 2014, mas hoje tem apenas 680 milhões.
E não é à toa: desde seu começo, ele rendeu apenas 574%, enquanto o CDI rendeu 1.459% no mesmo período. Foi um péssimo investimento.
De 2014 para cá, o banco diminuiu a taxa de administração de 4% para 1,5% para tentar manter os investidores, mas o patrimônio ainda assim diminuiu, mostrando como a concorrência está forçando os bancos a reduzir suas margens.
Hoje, esse fundo que já chegou a gerar R$ 264 milhões anualmente em taxas, com 338 mil cotistas, gera cerca de R$ 10 milhões, com 161 mil cotistas.
Agora imagine o efeito de investidores de diversos fundos, de diversos bancos, percebendo que seus investimentos não são tão bons assim e retirando seu dinheiro?
Mas então não vale a pena investir nos grandes bancos?
Para nós, aqui na Capitalizo, sim, ainda vale.
As características de bons bancos como o Itaú ainda mantêm eles como boas opções de investimento.
Porém, estaríamos mentindo se disséssemos que não é importante que o investidor comece a reduzir sua exposição nessas empresas.
É isso que estamos fazendo, pois o foco de crescimento ficou para trás.
Também vale mencionar que há outras oportunidades no mercado financeiro, como bancos menores, que subiram mais de 200% no último ano.
E se você quer investir como nós investimos aqui na Capitalizo e considera reduzir suas posições em grandes bancos para não perder oportunidades de crescimento em outros setores, tenho uma dica para você!
Estou falando do Capitalizo Completo, nosso plano com todas as Carteiras e Estratégias da Capitalizo disponíveis, para você montar seu portfólio e sempre receber as melhores oportunidades de investimento assim que nossos analistas as encontrarem!