Todas as semanas eu faço mentorias e reuniões com os clientes, e acabo tendo contato com as principais dúvidas de quem investe conosco.
Uma das perguntas mais recorrentes é:
“Tiago, qual é o principal risco da Bolsa?”
Vale lembrar que cada pessoa tem os seus anseios e preocupações.
Tem gente que se preocupa com o Bolsonaro, outros com o Lula, alguns com o Haddad, com a China invadindo Taiwan ou com a Rússia usando bomba nuclear — e há também quem não se preocupe com nada disso.
Apesar de todas essas questões serem válidas, existe um risco principal, e é dele que quero falar hoje.
QUAL É O MAIOR RISCO DE INVESTIR EM AÇÕES?
Quando falamos de Brasil, o maior risco para o seu dinheiro, tanto investido quanto no banco, tem nome: inflação.
Ou seja, o aumento geral e contínuo dos preços de bens e serviços em uma economia.
E, acredite, hoje ela é um problema bem menor do que já foi.
Eu tenho 43 anos e lembro da década de 90, época da hiperinflação. Para você ter uma ideia, tivemos inflação de 36.850.000% nos anos 1980. Às vezes, eram 40% ou 50% ao mês.
Não existia previsibilidade. Pouca gente ganhava dinheiro — e a maioria perdia.
Por isso, controlar a inflação é um dos pilares mais importantes da macroeconomia — tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e no restante do mundo.
O próprio Warren Buffett diz que a única coisa que realmente o preocupa em relação à economia é a inflação.
Por isso, quando alguém teme que o Brasil “vire uma Argentina ou Venezuela”, eu costumo dizer: o principal risco é voltarmos ao que vivemos nos anos 80 e 90.
Aqui na Capitalizo, nós sabemos disso — e não ficamos de braços cruzados. Nos posicionamos de forma a nos proteger e ainda aproveitar oportunidades.
COMO USAR A INFLAÇÃO PARA LUCRAR COM SEUS INVESTIMENTOS?
O maior exemplo que tivemos de uso da inflação a nosso favor foi o movimento que fizemos em 2020.
Em oito anos de empresa, de 2017 para cá, essa foi a única vez em que recomendamos uma alteração grande na carteira de ações.
Naquele momento, ao nosso ver, “o dinheiro estava no chão” — só que a gente precisava se abaixar para pegar.
Com o lockdown da COVID, percebemos de cara que estávamos no início de um movimento inflacionário muito forte — mas que não iria “destruir” tudo.
No setor imobiliário, conversávamos com as principais construtoras, que em março e abril tinham medo de quebrar até o final do ano. Quinze dias depois, todo mundo estava comprando imóveis.
As mesmas construtoras que haviam cancelado pedidos com empresas como a Gerdau tiveram que refazer os pedidos — mais caros.
Isso contribuiu para um sério problema na cadeia de suprimentos, que afetou também a logística. O vergalhão GG 50 da Gerdau chegou a subir mais de 130% entre 2020 e 2022.
Percebemos também que a inflação nos Estados Unidos era algo que não víamos há 40 ou 50 anos.
E, como aquela inflação já estava em curso, os preços das ações haviam caído, e entendemos que as empresas com capacidade de repasse de preço tenderiam a se recuperar rápido.
Olhamos para nossa carteira e vimos que a capacidade de repassar preço das empresas que tínhamos não era tão grande.
A oportunidade estava nas empresas americanas, que têm essa facilidade.
Recentemente, inclusive, vivi um exemplo claro disso: recebi um e-mail da Microsoft dizendo que o valor da assinatura do Microsoft 365 vai aumentar. E, no mesmo dia, outro da Apple, informando que o iCloud também vai subir.
Qual a grande questão aqui? Pensem no dia a dia de vocês: quantas empresas têm essa capacidade de simplesmente repassar o custo? São pouquíssimas.
Elas nem estão querendo negociar — só estão informando que o preço vai subir, e acabou. Essa é uma grande vantagem dessas empresas: elas têm uma recorrência muito forte.
O que eu vou fazer? Cancelar o Microsoft? Cancelar o iCloud?
Então, vendo o cenário inflacionário da época, nós recomendamos reduzir metade da posição em ações brasileiras para aumentar a posição que já tínhamos no exterior.
Vimos que a oportunidade era tão boa que até montamos uma Carteira Internacional na época.
Era uma oportunidade ímpar — dinheiro no chão. Só que, como falei, a gente precisa se abaixar para pegar.
Olhando agora, tudo parece fácil. Tecnicamente, não foi difícil perceber o movimento, mas comportamentalmente, sim. É difícil convencer alguém a investir quando a pessoa pensa que o mundo vai acabar.
Porém, naquele momento, tivemos sangue frio para seguir nossa estratégia, e esse movimento pontual lá em 2020 rendeu muito para nós e nossos clientes — e vai garantir tranquilidade pelos próximos 5 ou 10 anos.
Por isso, se você quer usar a inflação a seu favor, é importante ter empresas americanas e brasileiras com capacidade de repassar preço, e evitar companhias com custo em dólar e receita em real, como as do setor aéreo.
Assim, você transforma seu maior inimigo em um indutor do sucesso da sua carteira.
E é exatamente esse tipo de leitura estratégica — com calma, embasamento e visão de longo prazo — que oferecemos todos os dias aos nossos assinantes.
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