A Raízen (RAIZ4), joint venture entre Cosan e Shell, estuda receber um novo sócio para acelerar a desalavancagem, segundo apuração do Valor.
A entrada de capital, possivelmente minoritária, reforçaria a liquidez enquanto a companhia executa seu plano de venda de ativos, estimado em R$ 15 bilhões até o fim do ano.
A dívida líquida subiu 55,8% em 12 meses, para R$ 49,2 bilhões em junho, elevando a alavancagem para 4,5 vezes o Ebitda.
O aumento foi influenciado pela substituição de linhas de curto prazo por dívidas mais longas. No 1º tri da safra 2025/26, a Raízen teve prejuízo de R$ 1,8 bi e Ebitda ajustado de R$ 1,89 bi, queda de 23,4%.
Desinvestimentos já renderam R$ 3,6 bi neste ano fiscal, com foco em simplificação do portfólio e reforço das áreas de etanol, açúcar, bioenergia e distribuição no Brasil.
Clima seco e incêndios prejudicaram a moagem de cana, mas o segmento de açúcar manteve margens com preços travados por hedge.