No início de 2025, a expectativa era que a melhora dos resultados da Klabin se refletisse rapidamente no preço das ações.
No entanto, mesmo com evolução operacional, a companhia acumula queda de quase 19% no ano, em contraste com outras empresas que dispararam no mesmo período, como Itaúsa, Banco Inter e Aura Minerals.
Esse cenário reforça a lição de que nem sempre o mercado acompanha, no curto prazo, a melhora dos fundamentos.
INVESTIMENTOS E VANTAGENS COMPETITIVAS
A Klabin, assim como a Suzano, tem aproveitado os últimos anos para realizar investimentos de grande porte, mesmo às custas de maior alavancagem.
O setor de celulose e papel é considerado uma das principais commodities brasileiras, com custo de produção imbatível no cenário global.
Embora os preços da celulose estejam pressionados, a companhia segue gerando caixa e pagando dividendos, sustentada por tendências estruturais positivas: avanço do e-commerce, substituição do plástico por papel e expansão das classes médias na China e Índia.
PROJETO PUMA II E RECEITA CONTRATADA
O grande destaque recente é o Projeto Puma II, iniciado em 2023, com investimento superior a R$ 12 bilhões — o maior da história da Klabin.
A expansão adicionou mais de 910 mil toneladas anuais à capacidade de papel.
Parte dessa produção já nasceu com 100% da venda assegurada, sendo 70% via contratos de longo prazo.
Essa característica garante estabilidade de receita mesmo em um setor cíclico, conferindo previsibilidade rara entre empresas listadas.
CRESCIMENTO DE RECEITA E EFICIÊNCIA OPERACIONAL
De 2013 até os últimos 12 meses, a receita líquida da Klabin saltou de R$ 4,5 bilhões para mais de R$ 20 bilhões.
Além disso, a companhia conseguiu aumentar volumes mesmo com preços pressionados e dólar mais fraco, mantendo custos sob controle.
Essa disciplina operacional reforça a eficiência da Klabin: ao contrário de muitas empresas que veem despesas crescerem junto ao faturamento, a companhia consegue escalar mantendo margens.
DÍVIDA ELEVADA, MAS SOB CONTROLE
A alavancagem segue como um ponto de atenção.
Embora a dívida líquida seja alta, a relação com o EBITDA mostra estabilidade.
A fase de maiores investimentos já passou, e a tendência para os próximos anos é de geração crescente de caixa e lucros, abrindo espaço para dividendos mais robustos.
O setor de celulose também pode se beneficiar de recuperação de preços no médio prazo, o que reforça a atratividade do case.
O QUE ESPERAR DA KLABIN
A companhia vem entregando os resultados prometidos em termos de receita, eficiência e expansão de capacidade.
A dívida segue elevada, mas o ciclo de investimentos mais pesados ficou para trás, favorecendo a geração de caixa e a remuneração ao acionista.
Ainda que o preço da ação esteja em compasso lateral, os fundamentos permanecem construtivos.
A valorização tende a vir quando o mercado voltar a precificar a última linha do balanço e a normalização dos preços da celulose.
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