A Azul (AZUL4) encerrou o segundo trimestre com um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões, uma alta de 31,3% em relação à perda do mesmo período do ano passado. O resultado operacional foi impactado negativamente pela variação cambial, conforme divulgado pela companhia aérea nesta segunda-feira (12/08).
A empresa também revisou para baixo suas projeções de desempenho para este ano. A expectativa de crescimento da oferta foi ajustada de 11% para 7%, e a previsão para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi reduzida de cerca de R$ 6,5 bilhões para acima de R$ 6 bilhões. A estimativa para a alavancagem aumentou de aproximadamente 3 vezes para cerca de 4,2 vezes.
O impacto negativo da variação cambial no trimestre alcançou cerca de R$ 3,1 bilhões, em contraste com um desempenho positivo de R$ 1 bilhão no mesmo período de 2023. Além disso, as enchentes no Rio Grande do Sul provocaram um impacto estimado de pelo menos R$ 200 milhões no balanço da companhia.
O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, destacou que a empresa encerrou o trimestre com uma posição de liquidez de R$ 2,5 bilhões, o que representa 13% da receita dos últimos doze meses. Incluindo investimentos, recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas, a liquidez total da Azul ao final de junho era de R$ 6,4 bilhões.
Rodgerson expressou otimismo quanto ao futuro, afirmando que, com a chegada de mais aeronaves de nova geração e o início do período sazonalmente mais forte de primavera e verão no Brasil, a empresa espera uma aceleração nas vendas.