O mercado segue oferecendo boas oportunidades — mas também casos que exigem atenção redobrada.
Em 2025, algumas empresas ainda enfrentam problemas estruturais e de transparência, enquanto outras seguem negociando com desconto, mesmo apresentando fundamentos sólidos.
Entre os destaques do momento, estão Ambipar (AMBP3), Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4) e SLC Agrícola (SLCE3) — companhias que ilustram bem a diferença entre o que evitar e o que vale a pena acompanhar de perto.
AMBIPAR (AMBP3): CENÁRIO DE INCERTEZA
A Ambipar foi o destaque das últimas semanas, mas o momento inspira cautela.
A empresa enfrenta forte endividamento, resultado de um processo de expansão acelerado por meio de aquisições.
O principal problema hoje é a falta de transparência: não há clareza sobre a situação de caixa, o diretor financeiro foi demitido pouco antes da forte queda das ações e parte dos investimentos da empresa estaria valendo apenas 20% do valor de face.
Diante desse cenário nebuloso, a recomendação é não se expor ao ativo até que as informações fiquem mais claras.
Caso o investidor queira se arriscar, que seja apenas com uma quantia simbólica — o famoso “dinheiro da cachaça”, como costuma dizer o Tiago —, pois há riscos relevantes de desdobramentos negativos.
SLC AGRÍCOLA (SLCE3): FUNDAMENTOS SÓLIDOS, MESMO COM PRESSÃO NOS LUCROS
A SLC anunciou uma expansão de 13% na área plantada para a safra 2025/26, com destaque para o aumento de 14% na soja e 29% no milho segunda safra.
Apesar do custo de produção ainda elevado pressionar a rentabilidade no curto prazo, a companhia mantém fundamentos muito fortes.
É uma das empresas mais eficientes do agronegócio brasileiro, com produtividade acima da média nacional e global em soja e algodão, além de atuar em larga escala, com mais de 25 fazendas espalhadas por oito estados.
A dívida aumentou, mas segue sob controle. Assim, SLCE3 é considerada uma ação barata e de qualidade, com boa posição financeira e potencial de valorização no médio e longo prazo.
GERDAU (GGBR4): BOA EMPRESA, MAS SETOR CÍCLICO
A Gerdau segue como um dos principais nomes do setor de aço, com forte presença nos Estados Unidos e liderança em aços longos — utilizados na construção civil, no setor automotivo e industrial.
Recentemente, a companhia anunciou redução nos investimentos para 2026, de R$ 6 bilhões para R$ 4,7 bilhões, concentrando esforços no exterior, onde os resultados são mais consistentes.
Apesar da boa gestão e de um modelo de negócios sólido, a Gerdau enfrenta desafios, como a concorrência do aço chinês e a natureza cíclica do setor.
É uma empresa barata e bem administrada, mas o investidor deve ter em mente que o desempenho do papel está sujeito à volatilidade das commodities.
VALE (VALE3): CRESCIMENTO LIMITADO NO MINÉRIO DE FERRO
A Vale, embora sólida e lucrativa, enfrenta um cenário estruturalmente desfavorável para o minério de ferro.
A expectativa é de demanda praticamente estagnada nos próximos 10 anos, enquanto a oferta global deve crescer.
Mesmo com o avanço da Índia, o consumo não deve compensar a desaceleração chinesa. Por isso, a companhia tem buscado diversificar suas operações, focando em materiais de maior potencial, como cobre e níquel.
O recente aumento de 60% na capacidade de produção de níquel em seu complexo no Pará confirma essa estratégia.
O foco da Vale tende a migrar para metais ligados à transição energética, cuja demanda pode crescer até 60% nos próximos anos.
Assim, VALE3 não é uma boa oportunidade no momento, pois o minério tende a oferecer retornos menores que outras commodities.
Caso a empresa abra o capital da divisão de materiais básicos (cobre e níquel), pode voltar a ser uma aposta interessante.
ONDE ESTÃO AS MELHORES OPORTUNIDADES
Em 2025, SLC Agrícola e Gerdau se destacam como ações baratas e operando com bons fundamentos, apesar dos desafios setoriais.
Já Ambipar e Vale inspiram cautela: a primeira por problemas de transparência e endividamento, e a segunda por limitações estruturais no minério de ferro.
O investidor deve priorizar empresas com fundamentos sólidos, margens consistentes e setores com potencial de crescimento, evitando exposição excessiva em ativos com riscos operacionais ou perspectivas limitadas.
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