Os contratos futuros de minério de ferro atingiram o menor nível em dois meses nesta terça-feira (11/06) com pressões vindas de fundamentos fracos do mercado e preocupações sobre a demanda na China, principal consumidora do minério, após o anúncio do mais recente plano de emissão de carbono para o setor siderúrgico.
Na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China, o contrato mais negociado de setembro encerrou com queda de -4,16%, atingindo 806 iuanes (equivalente a 111,12 dólares) por tonelada, o menor valor desde 10 de abril.
Enquanto isso, na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para julho caiu -1,57%, chegando a 103,75 dólares a tonelada, seu menor valor desde 8 de abril.
Analistas da Sinosteel Futures destacaram que o aumento da oferta de minério de ferro combinado com uma diminuição na demanda contribuiu para a pressão de baixa nos preços. Além disso, o alto estoque portuário também afetou o mercado.
Diante do plano de emissão de carbono mais rigoroso para as siderúrgicas, analistas da Jinrui Futures preveem uma redução na produção diária de metal quente em 46 milhões de toneladas até o final de 2024.
Enquanto a China busca reduzir suas emissões de CO2 no setor siderúrgico, os preços do minério de ferro também foram afetados pelo ceticismo em relação aos efeitos dos estímulos imobiliários sobre a demanda real de aço.
Analistas e incorporadoras expressam dúvidas sobre a eficácia dos esforços para limpar o estoque imobiliário e converter imóveis não vendidos em moradias acessíveis, destacando os desafios enfrentados pelas incorporadoras com dificuldades de caixa.