O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 7,3 bilhões no 1T25, queda de 20,7% na comparação anual e bem abaixo dos R$ 9 bilhões projetados pela Bloomberg.
A retração encerra uma sequência de 16 trimestres de crescimento e contrasta com os demais grandes bancos, que mantiveram alta ou estabilidade.
O desempenho foi afetado principalmente pelo aumento da inadimplência no agronegócio, impulsionado pelo avanço das recuperações judiciais no setor, e pela adoção da Resolução CMN nº 4.966/2021, que exigiu mudanças na contabilização e exigiu maior provisionamento.
O índice de inadimplência geral subiu para 3,9%, enquanto no crédito agro chegou a 3,04%. A provisão para calotes saltou 45% em um ano, atingindo R$ 89 bilhões.
O ROE caiu para 16,7%, abaixo de Itaú (23%) e Santander (17%), e o guidance para margem financeira, custo do crédito e lucro foi suspenso. Ainda assim, a carteira de crédito cresceu 14% em 12 meses, com destaque para as linhas PJ e agro.