Provavelmente, você já ouviu falar bastante na importância do setor elétrico em termos de investimento, certo? Mas quais serão as barganhas da bolsa nesse segmento?
Comprar ações com cotações justas e preços em conta pode fazer toda a diferença em sua estratégia de ganhar dinheiro na bolsa de valores, no entanto, faz-se necessário observar bem as oportunidades que aparecem ao longo do tempo.
Sendo assim, preparamos um material riquíssimo sobre o setor elétrico, as empresas que valem a pena e como as nossas recomendações podem te ajudar. Confira!
Afinal, como é o setor elétrico?
Sob a batuta da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o setor elétrico é, basicamente, subdividido em 3 grupos: geração, transmissão e distribuição de energia.
A energia proveniente de termoelétricas, hidroelétricas, usinas nucleares, eólicas e solares é transmitida por meio de torres e postes e vendida pelas distribuidoras. Sem sombra de dúvidas, podemos observar que é um dos segmentos mais coesos da bolsa, tendo diversas empresas que melhoraram bastante em termos operacionais.
Entre as vantagens de investir nesse setor, temos a robusta política de inovação para melhorar a confiabilidade dos serviços, bem como preservar o meio ambiente. Além disso, costumam ser empresas que resistem bem às crises, demonstram ter poucas oscilações nos preços dos ativos e pagam generosos dividendos.
Quais são as barganhas da bolsa nesse setor?
Para investir de forma estratégica, devemos observar as possibilidades que o mercado financeiro oferece, bem como os serviços e novidades acerca das empresas. Pensando nisso, preparamos abaixo uma lista de 5 ações que são verdadeiras barganhas da bolsa por conta do índice de preço sobre valor patrimonial (P/VP).
CELESC (CLSC4) | P/VP = 0,72
A CELESC, abreviação para Centrais Elétricas de Santa Catarina, é a maior empresa de distribuição de energia no Estado de Catarinense, atendendo mais de 280 municípios. Além do segmento de distribuição, a companhia também atua na geração e transmissão de eletricidade, através de 12 usinas hidrelétricas, com capacidade de mais de 126 MW. No segmento de transmissão, a CELESC possui participação societária na EDP Transmissão Aliança SC, contendo 5 trechos e uma subestação.
O atual índice P/VP da empresa é de apenas 0,72, o que classifica a CELESC como uma das principais barganhas do setor elétrico no momento.
EDP ENERGIAS DO BRASIL (ENBR3) | P/VP = 1,04
A EDP Energias é composta por 1 usina termelétrica a carvão e 6 usinas hidrelétricas, uma empresa integrada e controlada pela companhia Energias de Portugal. Além disso, uma das marcas da EDP é o compromisso em proporcionar energia renovável para seus clientes, especialmente por meio de painéis solares. A companhia já distribuiu mais 26 mil Gwh e comercializou mais de 14 mil Gwh de energia, cujos prazos de alguns de seus lotes de transmissão vão até 2047.
Vale a pena ressaltar, que ENBR3 tem uma ótima política de pagamento de dividendos, uma vez que a empresa pretende distribuir, no mínimo, R$1,00 por ação.
COPEL (CPLE3) | P/VP = 0,79
Quando se trata da paranaense Copel, que gera, transmite, distribui e comercializa energia elétrica, o P/VP observado é de 0,79, portanto, uma bagatela. É uma das maiores do setor elétrico e atende, diretamente, 4,9 milhões de unidades consumidoras em 395 municípios do Paraná, cujo parque gerador tem 49 usinas. A tese em cima desse ativo se assemelha à reestruturação da Cemig, isto é, a Copel atuou firme na venda de ativos e tem muitos investimentos ainda para fazer.
Melhorou a alavancagem financeira no curto prazo, reduziu custos e, por consequência do bom trabalho, vem aumentando a receita operacional.
ISA CTEEP (TRPL4) | P/VP = 1,03
ISA Cteep é tida como a maior em transmissão de energia elétrica do Brasil, responsável por quase 1/3 da energia gerada no país. Para se ter uma ideia ainda melhor da importância dela no cenário nacional, aproximadamente 94% da energia do estado de SP é transmitida pela companhia. Além disso, essa gigante tem mais de 19 mil km de linhas de transmissão e 126 subestações mantidas em 17 estados da federação, fora o que ainda está em construção.
Apesar de ter um payout mínimo de 75% do lucro líquido e ser uma boa pagadora de dividendos, com o fim da rede básica do sistema existente até 2025, o yield pode cair.
ALUPAR (ALUP11) | P/VP = 1,09
Com uma alavancagem controlada e forte geração de caixa, a Alupar também é outra empresa que apresenta uma gestão fantástica e um P/VP de 1,09 apenas. Ela é uma holding que atua em segmentos de geração e transmissão de energia elétrica, controlando empresas no Brasil, Colômbia e Peru. A companhia dispõe da concessão de 30 sistemas de transmissão, que correspondem a 7,9 mil km de extensão, cujo prazo é de 30 anos de contrato.
Tendo instalações novas e modernas à disposição, a eficiência operacional e os níveis de disponibilidade são elevados, proporcionando menores gastos com manutenção.
Conclusão
Como visto ao longo do texto, o P/VP pode ser um importante aliado na busca por barganhas na bolsa de valores. Entretanto, novamente salientamos: não se deve, em hipótese alguma, utilizar somente indicadores na análise de investimentos, tampouco utilizar apenas um indicador isoladamente.
Atualmente, temos algumas ações consideradas “barganhas” em todas as nossas Carteiras de Ações de Longo Prazo. Porém, a que possui um maior número de companhias “baratas” e boas pagadoras de proventos, é a nossa Carteira Dividendos+.