As bolsas globais registraram fortes quedas diante do aumento das tensões comerciais entre China e EUA. O S&P 500 caiu 5,97% e o Nasdaq recuou 5,82%, entrando oficialmente em bear market. As bolsas europeias também se aproximam de uma correção.
O movimento ocorre mesmo com dados positivos do mercado de trabalho dos EUA, que criou 228 mil vagas em março, superando as expectativas. A China respondeu às tarifas de Trump com novas medidas, como sobretaxas a importações americanas e controle sobre exportações de terras raras.
A instabilidade afetou outros mercados: os rendimentos dos Treasuries de 10 anos caíram a 3,93%, o petróleo atingiu o menor nível em quatro anos e o índice de volatilidade VIX chegou a 45.
Grandes nomes da tecnologia como Nvidia (NVDA), Tesla (TSLA) e Apple (AAPL) registraram fortes perdas, enquanto ações de bancos como Morgan Stanley (MS), Goldman Sachs (GS) e Citigroup (C) caíram mais de 6%.
A saída de recursos de fundos de ações dos EUA somou US$ 4,7 bilhões na última semana. Analistas alertam para o risco de recessão, enquanto o mercado aguarda sinais do Fed sobre o rumo da política monetária.