PETR4, PRIO3, XOM: É hora de aproveitar as ações do setor de petróleo?

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No Brasil e no resto do mundo, o setor de petróleo apresentou excelentes resultados nos últimos dois anos.

A grande dúvida é sobre a continuação desse movimento nos próximos anos, tendo em vista os altos preços da commodity na atualidade, e as incertezas quanto ao crescimento global e aos efeitos da transição energética.

Confira uma análise do setor e de suas principais companhias ao redor do globo!

SETOR DE PETRÓLEO

O petróleo ainda é a principal commodity do planeta. E, ao que tudo indica, esse cenário não deve mudar nos próximos anos. Lembrando que, atualmente, mais de 80% da fonte de energia primária ainda vem de combustíveis fósseis – o petróleo, sozinho, corresponde a mais de 30% do total.

Depois de uma forte queda do preço do barril de petróleo em abril de 2020, causada pela pandemia, o setor de petróleo e gás apresentou grande recuperação nos dois anos seguintes.

Segundo nosso entendimento, há grandes chances de o setor continuar prosperando bem no futuro, com preços da commodity em patamares elevados e demanda aquecida, o que favorece a geração de caixa das petroleiras.

Existem alguns fatores que norteiam essa tese, os quais descrevemos a seguir.

ESTOQUE DE PETRÓLEO NOS EUA

O primeiro fator a se considerar é a tendência de queda dos estoques de Petróleo nos EUA desde meados de 2020, como pode ser observado na imagem abaixo. Algo que tende a contribuir para a manutenção da demanda, pressionando os preços, como comentado.

Fonte: U.S. Energy Information Administration

CORTES NA PRODUÇÃO

O segundo fator está ligado aos cortes na produção de petróleo, anunciados recentemente pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

As próprias grandes empresas do setor não estão muito dispostas a elevar a produção, já que a preocupação maior ainda é em pagar dividendos e fazer recompra de ações.

São raras as exceções de anúncios de novos investimentos.

QUESTÕES ESG E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Falando ainda sobre realização de novos investimentos, o desenvolvimento cada vez maior de programas ESG (Environmental, Social and Governance) também serve como grande inibidor para evolução na produção de petróleo.

Há uma enorme pressão para redução da emissão de gás carbono, e já se observava, entre as grandes produtoras de petróleo, grande movimento de transição de negócios para energias renováveis.

Com o petróleo sendo negociado em preços elevados, como atualmente, o consenso era que as empresas aproveitassem o momento para investirem em seu negócio principal, desacelerando a transição de energia. Mas não foi isso que aconteceu.

De acordo com pesquisa da Deloitte, mais de dois terços dos executivos do setor de petróleo questionados disseram que os altos preços de petróleo estão servindo como fonte para acelerar ainda mais a transição para energias renováveis.

O grande desafio no futuro é que o mundo consiga coordenar a transição energética, suprindo toda a demanda, a fim de evitar efeitos inflacionários e crises energéticas.

Como acreditamos que essa transição não será tão tranquila, imaginamos que a pressão da demanda crescente, com uma oferta mais reduzida deve manter os preços em patamares elevados nos próximos anos.

DEMANDA ELEVADA

Ao que tudo indica, a demanda por petróleo deverá seguir aquecida para os próximos anos.

A agência Internacional de Energia, por exemplo, prevê uma demanda recorde por petróleo em 2023. A projeção foi elevada em quase 200 mil barris de óleo por dia (bpd), passando para 1,9 milhões de bpd esperados.

O principal motivo da elevação está relacionado à rápida reabertura que vem sendo conduzida na China, após os intensos lockdowns motivados pela pandemia em 2022.

A melhora da perspectiva econômica da Europa e dos EUA também impulsiona expectativas para o consumo de petróleo, destacou a agência. Espera-se que a Europa tenha este ano desempenho econômico melhor do que se pensava inicialmente.

Esses são apenas alguns sinais que deixam as expectativas elevadas para o atual ano e para o futuro próximo.

GUERRA NA UCRÂNIA

O último fator está ligado ao conflito na Ucrânia. Ainda que consideremos que os principais efeitos da guerra já estejam embutidos no preço do petróleo, não podemos deixar de considerar que possam haver novas pressões.

 

PRINCIPAIS EMPRESAS E SEUS RESULTADOS

📌 PETROBRAS (PETR3, PETR4)

A Petrobras (PETR4, PETR3) vem sendo uma das grandes beneficiadas, no Brasil, pela atual conjuntura do setor.

Dada sua forte geração de caixa nos últimos meses, sem a realização de grandes investimentos, a empresa figurou como uma das principais pagadoras de dividendos em 2022.

📌 PRIO (PRIO3)

A Prio (PRIO3) é outro exemplo positivo no Brasil.

Além de se manter em constante movimento para ampliar sua base de ativos, elevando sua capacidade produtiva, a empresa também vem obtendo importantes otimizações em sua cadeia de custos. Algo que tem elevado consideravelmente suas margens operacionais.

📌 CHEVRON (CHVX34, CVX)

Sendo uma das maiores petroleiras do mundo, a Chevron (CHVX34, CVX) acabou chamando a atenção de ninguém mais, ninguém menos, que Warren Buffett.

Os números da companhia, assim como diversas outras, também apresentaram boas elevações, devido ao bom patamar dos preços do petróleo.

📌 EXXON MOBIL (EXXO34, XOM)

A Exxon Mobil (EXXO34, XOM) é um dos poucos exemplos de petroleira que vem anunciando investimentos.

No início de 2023, a empresa informou que realizará seu quinto projeto de produção de petróleo na Guiana, prevendo injetar algo em torno de US$ 12,7 bilhões para elevar sua produção até 1,2 milhão de barris de óleo no país americano.

📌 CONOCOPHILLIPS (COPH34, COP)

Por fim, não podemos deixar de citar a Conocophillips (COPH34, COP), outro raro exemplo de petroleira que também tem anunciado novos investimentos.

Com uma estrutura totalmente otimizada, seus bons resultados fizeram as ações da companhia subirem mais de 30% em 2022, com dividend yield na casa de 5%.

Vale ressaltar que, por questões tributárias, as empresas internacionais tendem a priorizar o ganho de capital e não dividendos.

O QUE FAZER E O QUE COMPRAR?

Como dito e justificado ao longo do artigo, nossa avaliação é de que os preços do petróleo continuem elevados nos próximos anos. E, levando em conta que esse é um mercado cíclico, sabemos da importância de comprar as ações certas, nos momentos certos.

Dentre as petroleiras brasileiras, nossa preferência é por empresas que têm a possibilidade de forte crescimento de produção, em conjunto com a redução do custo de produção.

As empresas não têm dificuldade para vender, dessa forma, quanto mais produzirem, maior a receita e, quanto mais barato for para produzir, mais dinheiro essas empresas ganharão.

Vale ressaltar que não temos interesse na Petrobras (PETR3, PETR4) e, inclusive, mantemos restrição nas ações da companhia.

Mesmo sabendo que o trabalho que foi feito pela empresa nos últimos anos tenha sido muito bom, enxergamos que as possibilidades de intervenções governamentais mantêm os riscos de ingerência elevados.

Ampliando o leque de nossas análises para fora do Brasil, enxergamos diversas outras opções no setor.

Assim como as nossas brasileiras, empresas estrangeiras como a Exxon Mobil (EXXO34, XOM) e Conocophillips (COPH34, COP), por exemplo, também irão pagar ótimos dividendos, mas sem riscos de ingerência.

CONCLUSÃO

Estrangeiras ou nacionais, entendemos que faz muito sentido ter ações de empresas de petróleo para o longo prazo. Como dito, temos recomendações diretas e indiretas no setor em todas as nossas carteiras recomendadas.

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