Azul (AZUL4) registra prejuízo de R$ 744,4 milhões no 2º trimestre e revisa projeções para 2024

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A Azul (AZUL4) encerrou o segundo trimestre com um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões, uma alta de 31,3% em relação à perda do mesmo período do ano passado. O resultado operacional foi impactado negativamente pela variação cambial, conforme divulgado pela companhia aérea nesta segunda-feira (12/08).

A empresa também revisou para baixo suas projeções de desempenho para este ano. A expectativa de crescimento da oferta foi ajustada de 11% para 7%, e a previsão para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi reduzida de cerca de R$ 6,5 bilhões para acima de R$ 6 bilhões. A estimativa para a alavancagem aumentou de aproximadamente 3 vezes para cerca de 4,2 vezes.

O impacto negativo da variação cambial no trimestre alcançou cerca de R$ 3,1 bilhões, em contraste com um desempenho positivo de R$ 1 bilhão no mesmo período de 2023. Além disso, as enchentes no Rio Grande do Sul provocaram um impacto estimado de pelo menos R$ 200 milhões no balanço da companhia.

O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, destacou que a empresa encerrou o trimestre com uma posição de liquidez de R$ 2,5 bilhões, o que representa 13% da receita dos últimos doze meses. Incluindo investimentos, recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas, a liquidez total da Azul ao final de junho era de R$ 6,4 bilhões.

Rodgerson expressou otimismo quanto ao futuro, afirmando que, com a chegada de mais aeronaves de nova geração e o início do período sazonalmente mais forte de primavera e verão no Brasil, a empresa espera uma aceleração nas vendas.

Eternit (ETER3) encerra recuperação judicial e reorienta foco para novos produtos e expansão

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A fabricante de telhas Eternit (ETER3) teve seu processo de recuperação judicial encerrado na última sexta-feira (09/08), conforme decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A empresa havia iniciado o processo em 2018, após a proibição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da venda de crisotila (amianto) no Brasil. O mineral, anteriormente utilizado em suas telhas, provém de uma mina da companhia em Goiás, a qual atualmente só pode ser explorada para exportação.

De acordo com o diretor-financeiro Vitor Mallmann, a Eternit enfrentou um período desafiador para adaptar seu parque fabril à nova realidade. Desde então, a empresa substituiu o amianto por fibras de polipropileno em suas telhas de fibrocimento.

A companhia começou a recuperação judicial com uma dívida de R$ 250 milhões e a encerrou com um saldo de R$ 37,3 milhões.

O presidente Paulo Roberto Andrade revelou que a Eternit buscou incluir no plano de recuperação um acordo para se proteger de possíveis processos trabalhistas futuros. A empresa está exposta a riscos relacionados ao amianto, e créditos decorrentes de ações anteriores a 2018 serão pagos conforme as condições da recuperação judicial.

Mallmann afirma que a empresa saiu da recuperação judicial “mais robusta”. Durante o período, a Eternit vendeu imóveis e sua divisão de louças sanitárias, adquiriu uma fabricante de telhas de fibrocimento, construiu uma nova fábrica no Ceará e ampliou outra em Manaus.

Com o objetivo de rentabilizar seus ativos, a empresa atualmente vende 60% de sua capacidade de produção e planeja diversificar seus produtos com pisos e itens para construção industrializada, além de telhas com células fotovoltaicas. A Eternit já está comercializando essas telhas em uma planta-piloto.

Caixa Seguridade (CXSE3) registra queda no lucro líquido no 2T24

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A Caixa Seguridade (CXSE3) divulgou seus resultados para o segundo trimestre de 2024, com uma queda de 6,4% no lucro líquido recorrente, totalizando R$ 770 milhões.

O lucro antes de impostos e participações foi de R$ 896,7 milhões, representando uma queda de 4,4% em relação ao ano anterior. As receitas operacionais somaram R$ 1,076 bilhão, uma leve redução de 0,9% na comparação anual. As despesas administrativas aumentaram 8,7%, alcançando R$ 32,2 milhões no 2T24.

O retorno sobre patrimônio líquido recorrente (ROE) subiu para 61,6%, um crescimento de 6,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023 e de 3,2 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024.

A sinistralidade foi impactada por eventos extraordinários, como as enchentes no Rio Grande do Sul e sinistros de prestamista não previamente notificados. Normalizando esses efeitos, a sinistralidade do trimestre seria de 24,2%.

No acumulado do primeiro semestre de 2024, as receitas operacionais totalizaram R$ 2,3 bilhões, com um crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, houve uma redução de 0,9% em comparação com o segundo trimestre do ano passado, refletindo os impactos dos sinistros relacionados às enchentes.

Petrobras (PETR4): Receita sobe 7,4% no 2T24 com alta do brent, mas efeitos não recorrentes pesam

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A Petrobras (PETR3, PETR4) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) nesta quinta-feira (08/08), apresentando números que surpreenderam negativamente e ficaram abaixo do consenso esperado.

Esse foi o primeiro prejuízo trimestral da empresa desde o terceiro trimestre de 2020.

A petroleira registrou um prejuízo líquido de R$ 2,605 bilhões, revertendo o lucro de R$ 28,7 bilhões de um ano antes. Em termos recorrentes, a empresa reportou um lucro de R$ 15,728 bilhões, uma queda de 46,5% em relação ao lucro de R$ 29,4 bilhões no mesmo período do ano passado.

Segundo a Petrobras, o prejuízo atribuído aos acionistas se deve, principalmente, aos efeitos da adesão a um acordo com o governo para encerrar uma disputa tributária e ao acordo de trabalho de 2023, além da variação cambial durante o período.

A receita total de vendas da Petrobras foi de R$ 122,258 bilhões, um aumento de 7,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Dessa receita total, R$ 36,529 bilhões vieram do mercado externo, representando um aumento de 54,3%, com as exportações crescendo 59,7%.

No mercado interno, a receita totalizou R$ 85,729 bilhões, uma queda de 4,9%. As receitas de diesel subiram 3,7%, enquanto as de gasolina recuaram 14,4%.

O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 49,740 bilhões, uma queda de 12,3%. Em termos recorrentes, o EBITDA foi de R$ 62,332 bilhões, uma alta de 5,5%. A projeção do consenso LSEG era de um lucro líquido de R$ 22,3 bilhões, EBITDA de R$ 63,26 bilhões, e receita de R$ 129,23 bilhões.

A linha do balanço mais impactada negativamente, que levou a companhia ao prejuízo, foi o resultado financeiro. As perdas financeiras líquidas somaram R$ 36,396 bilhões, em comparação com R$ 269 milhões negativos no ano anterior.

“Esse resultado financeiro foi impactado principalmente pela perda com a variação cambial do real frente ao dólar sobre a exposição passiva”, explicou a empresa.

A Petrobras destacou que o real se desvalorizou 11,2% no 2T24, em comparação com a desvalorização de 3,2% no 1T24. A taxa de câmbio, do final do primeiro trimestre (31/03/24), foi de R$ 5,00 por dólar, aumentando para R$ 5,56 no encerramento do segundo trimestre (30/06/24).

Além disso, a companhia informou o reconhecimento de despesas financeiras “atreladas à adesão à Transação Tributária, refletindo os encargos e as atualizações financeiras.”

Grupo Casas Bahia (BHIA3) surpreende com melhora na rentabilidade e reverte prejuízo anterior

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Analistas ficaram positivamente surpresos com os resultados do Grupo Casas Bahia (BHIA3) no segundo trimestre de 2024.

A empresa conseguiu melhorar sua rentabilidade durante o processo de reestruturação, o que gerou uma reação favorável do mercado. Às 10h26 (horário de Brasília) desta quinta-feira (08/08), as ações da BHIA3 subiram +16,16%, alcançando R$ 4,96.

A empresa registrou um lucro líquido de R$ 37 milhões no 2T24, revertendo um prejuízo de R$ 492 milhões no mesmo período de 2023. Isso ocorreu após um ano do lançamento de seu plano de reestruturação.

O lucro operacional, medido pelo Ebitda ajustado, caiu -3,5% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 452 milhões. Contudo, a margem Ebitda ajustada aumentou +0,7 ponto percentual, chegando a 7%.

Renato Franklin, presidente-executivo da companhia, destacou que o terceiro trimestre será marcado por crescimento: “O segundo trimestre foi o ponto de inflexão, agora vamos ter um crescimento marginal”, afirmou.

Após doze meses de reestruturação focada na redução de estoques, a empresa agora planeja “investimentos seletivos” em categorias-chave como eletrodomésticos, móveis e eletrônicos, segundo o CEO.

A Casas Bahia reduziu seus estoques para 82 dias, em comparação com 97 dias no 2T23, uma diminuição de R$ 1,4 bilhão. Além disso, concluiu a migração de 23 subcategorias de produtos para o marketplace, com um crescimento de 5,1% no volume bruto de mercadorias (GMV) em comparação com o primeiro semestre do ano passado.

Franklin mencionou um crescimento em julho nas vendas mesmas lojas e espera que agosto seja ainda melhor. Ele também projeta que o quarto trimestre terá um crescimento mais substancial: “Ainda estamos em preparação, mas o terceiro trimestre já será melhor que o segundo.”

No 2T24, a receita líquida caiu -13,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 6,5 bilhões. Entretanto, a margem bruta subiu +1,6 ponto percentual, chegando a 30,7%.

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) diminuíram -9,1% comparado ao mesmo período de 2023. Nos primeiros seis meses do ano, a Casas Bahia cortou sua força de trabalho em 20%, reduzindo mais de 10 mil funcionários e 40% da liderança, o que resultou em uma diminuição de 9,5% nas despesas com pessoal, liberando R$ 141 milhões.

Franklin também anunciou planos para expandir o sistema de crediário: “Vamos realizar captações no Fidc para expandir o crediário e gerar mais valor para a companhia.”

A Casas Bahia reportou um fluxo de caixa positivo de R$ 92 milhões no trimestre encerrado em junho, embora ainda registre um consumo de R$ 82 milhões nos primeiros seis meses do ano. Esse número é menor que a queima de R$ 307 milhões no primeiro semestre de 2023.

 

Pedidos de auxílio desemprego nos EUA caem para 233 mil

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Na semana encerrada em 3 de agosto, o número de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos caiu para 233 mil, uma redução de 17 mil em relação à semana anterior, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (08/08) pelo Departamento do Trabalho.

O número ficou abaixo da expectativa de 240 mil pedidos do consenso LSEG.

A revisão para a semana anterior elevou o número de pedidos de 249.000 para 250.000. A média móvel de 4 semanas foi de 240.750, alta de 2.500 em relação à média revisada da semana anterior, que passou de 238.000 para 238.250.

A taxa de desemprego segurado ajustada permaneceu estável em 1,2% na semana encerrada em 27 de julho. O número de pedidos continuados subiu para 1,875 milhão, o maior nível desde novembro de 2021, com um aumento de 6 mil na semana encerrada em 27 de julho.

Banco do Brasil (BBAS3) reporta lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no 2T24, superando expectativas

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O Banco do Brasil (BBAS3) encerrou a temporada de resultados dos grandes bancos com um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), superando em +8,2% o montante registrado no mesmo período de 2023. O resultado veio praticamente em linha com a expectativa de R$ 9,2 bilhões do consenso da LSEG.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL ou ROE) anualizado atingiu 21,7% no trimestre. A carteira de crédito ampliada cresceu +13,2% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 1,18 trilhão.

Destaque para a carteira ampliada agro, que avançou +16,6% em 12 meses, totalizando R$ 375 bilhões. A carteira de pessoa jurídica cresceu +13,2%, para R$ 421 bilhões, enquanto a de pessoa física aumentou +6,2%, atingindo R$ 321 bilhões.

A margem financeira líquida de provisões do banco cresceu +12,9%, somando R$ 17,1 bilhões. A provisão para créditos de liquidação duvidosa aumentou 8,8% em relação ao segundo trimestre de 2023, totalizando R$ 7,8 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, houve uma queda de -8,6%.

O índice de inadimplência para empréstimos com mais de 90 dias de atraso subiu ligeiramente de 2,9% no primeiro trimestre para 3% ao final de junho.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,8 bilhões, com um crescimento de +6,7%, impulsionado pelas linhas de administração de fundos, operações de crédito e conta corrente.

O Banco do Brasil também revisou algumas de suas projeções para o ano de 2024. A instituição financeira agora prevê provisionar entre R$ 31 bilhões e R$ 34 bilhões para o ano inteiro.

No primeiro semestre, o valor provisionado já alcançou R$ 16,3 bilhões. Inicialmente, a projeção para provisões em 2024 estava entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões.

Além disso, o BB revisou para cima a projeção para a margem bruta, prevendo agora um crescimento entre +10% e +13% para o ano. No guidance anterior, a previsão era de um aumento entre +7% e +11%. No primeiro semestre deste ano, a margem financeira bruta do banco cresceu 16,4%.

Inter&Co (INBR32) triplica lucro no 2T24 e atinge ROE de 10,4%

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O Inter&Co (INBR32, INTR) reportou um lucro líquido de R$ 223 milhões no segundo trimestre de 2024, mais de três vezes o valor registrado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 64 milhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) alcançou 10,4%, superando os 3,6% do 2T23 e marcando a primeira vez que o ROE da empresa ultrapassa os dois dígitos. O banco digital tem metas ambiciosas para 2027, incluindo 60 milhões de clientes, um ROE de 30% e um índice de eficiência de 30%.

No final do trimestre, a Inter&Co contava com mais de 33 milhões de clientes, um aumento em relação aos pouco menos de 28 milhões do ano anterior.

Desses, aproximadamente 55% são clientes ativos. Além disso, 3,3 milhões de clientes possuem uma conta em dólares, chamada de conta global, com a expectativa de que cerca de 6 milhões de clientes-alvo tenham contas globais até 2027, caso as taxas de crescimento se mantenham.

O volume total de pagamentos do banco cresceu 47% em relação ao ano passado, totalizando R$ 290 bilhões.

Vulcabras (VULC3) reporta lucro estável e anuncia recompra de ações e dividendos mensais

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A Vulcabras (VULC3), proprietária das marcas Olympikus, Under Armour e Mizuno, divulgou os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) com lucro líquido estável em R$ 140 milhões.

O crescimento de 5% nas vendas líquidas foi impulsionado principalmente pelo aumento no mix/preço de produtos, apesar da estabilidade nos volumes (-1% em relação ao ano anterior), impactados por um cenário macroeconômico e competitivo desafiador no Brasil, além de exportações ainda fracas da Argentina e Peru.

O canal de vendas diretas ao consumidor (DTC) permaneceu robusto, com o e-commerce crescendo 73% em comparação ao ano passado e representando 13% das vendas totais. No entanto, as deduções brutas de vendas foram afetadas negativamente pela cobrança de PIS/COFINS sobre subvenções, totalizando R$ 8 milhões, conforme a aprovação da MP 1185.

A geração de caixa foi positiva em R$ 80 milhões, refletindo melhores resultados operacionais.

Em relação às estratégias corporativas, a Vulcabras anunciou a expansão de seu programa de recompra de ações, elevando o total de 5 milhões para 10 milhões de ações. Atualmente, a empresa possui cerca de 2 milhões de ações em tesouraria, o que corresponde a 2% das ações em circulação.

Além disso, a Vulcabras estabeleceu um cronograma de pagamento de dividendos mensais no valor de R$ 0,125 por ação. A empresa também ressaltou a possibilidade de pagar dividendos extraordinários, caso não identifique oportunidades de investimento relevantes no curto prazo.

Exportações da China para o Brasil crescem +24,4% em julho

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O Brasil destacou-se como o principal destino das exportações chinesas em julho, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (7) pela Administração Geral da Alfândega da China (GACC). Enquanto as exportações chinesas globais aumentaram 6,7% nos primeiros sete meses de 2024 em relação ao ano anterior, as exportações para o Brasil cresceram 24,4%, a maior taxa entre todos os países.

Em junho, a China exportou para o Brasil produtos no valor de US$ 6,477 bilhões e importou do país US$ 10,323 bilhões.

No acumulado de sete meses, as exportações para o Brasil somaram US$ 41,604 bilhões, um aumento de 24,4% em relação ao ano passado, enquanto as importações subiram 6,1%, totalizando US$ 69,179 bilhões.

No geral, a China registrou um superávit comercial de US$ 84,65 bilhões em julho, abaixo do recorde de US$ 99,05 bilhões de junho.

De janeiro a julho, o comércio exterior de bens e serviços da China alcançou US$ 3,5 trilhões, com exportações de US$ 2,01 trilhões e importações de US$ 1,49 trilhão. O superávit comercial aumentou 7,9% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 518 bilhões.

Além disso, as exportações de carros da China cresceram 26%, totalizando 553.000 veículos, enquanto as exportações de eletrodomésticos subiram 17%. As importações de petróleo bruto aumentaram 8% e as compras de gás natural cresceram 6%.

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