Arezzo (ARZZ3) conclui incorporação do Grupo Soma e renomeia companhia para Azzas 2154 (AZZA3)

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A Arezzo (ARZZ3) anunciou na última quarta-feira (31/07) a conclusão da incorporação do Grupo Soma. A partir desta quinta-feira (01/08), a nova companhia será chamada Azzas 2154 e terá o código de negociação AZZA3 na B3.

Com a incorporação, houve um aumento de capital de aproximadamente R$ 579 milhões, com a emissão de 95.500.607 novas ações ordinárias. O saldo remanescente do Grupo Soma, no valor de R$ 5,210 bilhões, foi alocado na conta de reserva de capital da Azzas 2154.

Após a incorporação, o capital social da Azzas 2154 totaliza R$ 2,317 bilhões, distribuído em 206.489.813 ações ordinárias. O Grupo Soma foi extinto, e todas suas obrigações e direitos foram transferidos para a nova companhia sem interrupção de continuidade.

A nova Azzas 2154 projeta alcançar um faturamento próximo de R$ 12 bilhões, oferecendo calçados, bolsas, itens de moda masculina, feminina e infantil, além de roupas e acessórios por meio de suas 34 marcas e mais de 2.000 lojas, incluindo franquias.

Esses R$ 12 bilhões estimados referem-se aos faturamentos brutos dos últimos 12 meses (LTM) conforme informativos trimestrais do terceiro trimestre de 2023.

Gerdau (GGBR4) reporta lucro líquido de R$ 945 milhões no 2T24, redução de -55,9%

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A Gerdau (GGBR4) anunciou um lucro líquido de R$ 945 milhões para o segundo trimestre de 2024, apresentando uma redução de -55,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa atribui a diminuição à pressão sobre preços e volumes de venda.

O Ebitda ajustado foi de R$ 2,624 bilhões, uma queda de -30,8% em comparação ao 2T23, com a margem Ebitda ajustada em -15,8%, redução de cinco pontos percentuais.

A queda foi atribuída aos menores preços e volumes de vendas, à competição com o aço chinês, ao aumento nos custos de matérias-primas e às despesas com a hibernação de plantas para ajuste de capacidade produtiva.

A receita líquida totalizou R$ 16,616 bilhões, uma diminuição de -9% em relação ao 2T23, também devido a menores preços e volumes. As despesas com vendas, gerais e administrativas caíram -5,6% no ano, para R$ 531 milhões, em parte devido aos menores volumes vendidos.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 597 milhões, um aumento nas perdas de -25,6% em relação ao 1T24 e de -41,2% comparado ao 2T23.

O agravamento foi causado pela desvalorização do real frente ao dólar e ajustes por inflação nas controladas na Argentina.

O endividamento da Gerdau no 2T24, com a dívida líquida sobre Ebitda ajustado, foi de 0,53x. A dívida bruta chegou a R$ 12,581 bilhões, um aumento de 14% em relação ao trimestre anterior, devido à emissão de debêntures e variação cambial.

A administração da Gerdau reiterou a estratégia de otimização dos ativos no Brasil e destacou a aprovação de dividendos e um novo programa de recompra de ações como sinais de confiança na gestão financeira da empresa.

A empresa também afirmou que está ajustando sua estrutura para enfrentar o cenário global desafiador do setor de aço, com foco na segurança das operações e no desenvolvimento sustentável.

Copom mantém taxa Selic em 10,50% ao ano em decisão unânime

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, como esperado, manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (31/07). Todos os nove membros do Copom votaram unanimemente pela manutenção da taxa, repetindo a decisão de junho.

O Copom justificou a decisão afirmando que as condições econômicas, tanto domésticas quanto internacionais, exigem cautela na condução da política monetária.

O comitê destacou a necessidade de vigilância em relação aos impactos inflacionários que podem surgir dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, especialmente se esses fatores se mostrarem persistentes.

No comunicado, o Copom mencionou que o atual estágio do processo desinflacionário tende a ser mais lento, acompanhado por uma ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador. Isso demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.

Federal Reserve mantém taxa de juros inalterada e indica possível corte em setembro

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O Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (31/07) manter, por unanimidade, os juros básicos da economia americana em seu atual patamar. A taxa permanece dentro de uma banda entre 5,25% e 5,50% ao ano, mantida desde julho do ano passado.

Como esperado, o Fed suavizou sua mensagem sobre o aquecimento da atividade econômica e a tendência da inflação, sugerindo a possibilidade de um corte de juros já na próxima reunião de política monetária, marcada para setembro.

No comunicado, o FOMC afirmou que os indicadores recentes mostram que a atividade econômica continuou a crescer a um ritmo sólido, mas destacou que os ganhos de emprego diminuíram e a taxa de desemprego aumentou, embora ainda se mantenha em níveis baixos.

“A inflação diminuiu no ano passado, mas permanece um pouco elevada. Nos últimos meses, houve progresso em direção à meta de inflação de 2% do Comitê”, afirma o texto.

O comitê também mencionou que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão mais equilibrados. “As perspectivas econômicas são incertas, e o Comitê está atento aos riscos para ambas as partes de seu duplo mandato.”

O FOMC destacou que não espera ser apropriado reduzir a meta de juros até ter maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta.

Além disso, informou que continuará a reduzir suas participações em títulos do Tesouro e em dívidas e títulos lastreados em hipotecas.

WEG (WEGE3) registra lucro de R$ 1,44 bilhão no 2º trimestre

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A fabricante de motores elétricos WEG (WEGE3) alcançou um lucro líquido de R$ 1,44 bilhão no segundo trimestre de 2024, marcando um crescimento de +5,4% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo aumento na receita e pelo retorno sobre o capital investido.

O balanço foi divulgado no dia seguinte à aprovação, pelo conselho de administração da empresa, de dividendos intermediários no valor de R$ 786,9 milhões, referentes aos resultados do primeiro semestre.

Com produtos que vão de veículos e fábricas a geradores de energia eólica, a multinacional brasileira reportou um lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 2,12 bilhões, representando uma alta de +15,7% em comparação anual.

A receita líquida da WEG no segundo trimestre atingiu R$ 9,27 bilhões, um aumento de 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Este crescimento foi impulsionado pelo bom desempenho dos equipamentos de ciclo longo, especialmente na área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD), com destaque para projetos de transmissão e distribuição (T&D) e geração de energia eólica.

A empresa observou que a demanda por equipamentos de ciclo curto, menores e mais padronizados, continua saudável, especialmente para redutores, automação e motores comerciais e ‘appliance’. No entanto, a receita de geração solar distribuída apresentou uma redução em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O retorno sobre o capital investido atingiu 37,4%, com um crescimento de três pontos percentuais, mas uma leve redução de 1,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano.

As ações da WEG (WEGE3) iniciaram o pregão com alta de mais de 8%, alcançando R$ 49,93.

IGP-M desacelera em julho, mas fica acima das expectativas

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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma variação de +0,61% em julho, abaixo da taxa de +0,81% registrada em junho, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com esse resultado, o IGP-M acumula uma alta de +1,71% no ano e de +3,82% nos últimos 12 meses.

Em julho de 2023, o índice havia registrado uma taxa de -0,72% no mês e uma queda acumulada de +7,72% em 12 meses. Apesar da desaceleração, o IGP-M de julho superou a expectativa dos analistas da LSEG, que projetavam uma inflação de +0,47% para o mês.

André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, destacou que os três componentes do IGP-M desaceleraram de junho para julho. Embora a desvalorização cambial e os reajustes de preços administrados, como gasolina e energia, tenham influenciado, os índices subiram menos neste período.

A nota também ressaltou a queda significativa nos preços dos alimentos in natura e a menor alta da mão de obra no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), fatores que contribuíram para a redução da inflação.

Petrobras (PETR4) apresenta crescimento na produção no segundo trimestre de 2024

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A Petrobras (PETR3, PETR4) reportou uma produção média de 2,69 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre de 2024, um aumento de +2,4% em comparação com o mesmo período de 2023, conforme o relatório de produção divulgado nesta segunda-feira (29/07).

Apesar do crescimento anual, a produção caiu -2,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

Este é o primeiro resultado operacional sob a gestão de Magda Chambriard, que assumiu a liderança da estatal em 24 de maio. No acumulado do primeiro semestre, a produção alcançou 2,73 milhões de boed, representando um aumento de +3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os principais fatores que impulsionaram o aumento anual foram o ramp-up dos FPSOs (navios-plataforma) Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em operação de 12 novos poços, com 8 localizados na Bacia de Campos e 4 na Bacia de Santos.

A redução da produção no trimestre foi atribuída ao maior volume de paradas para manutenção, que a Petrobras classificou como “dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028+”, além do declínio natural em campos maduros.

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, uma alta de +1,9% em relação ao mesmo trimestre de 2023, mas uma queda de -3% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

Especificamente, a produção de petróleo foi de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre, representando um aumento de +2,6% em relação ao mesmo período de 2023, mas uma queda de -3,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.

A produção de gás natural foi de 508 mil boed, um aumento de +1,4% em relação ao ano anterior e um ligeiro aumento de +0,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

No pré-sal, a produção média foi de 1,81 milhão de boed entre abril e junho, registrando um aumento de +6,3% em relação ao segundo trimestre de 2023, mas uma queda de -2,3% em comparação ao primeiro trimestre do ano.

O pré-sal representou 69% da produção total da Petrobras no segundo trimestre de 2024, em comparação com 67% nos três meses anteriores e no mesmo período de 2023.

Relatório Focus do Banco Central mostra aumento nas projeções de Inflação e PIB

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As projeções dos analistas para a inflação e para o crescimento do PIB para 2024 e 2025 subiram novamente nesta semana, de acordo com o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (29/07).

A estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 subiu de +4,05% para +4,10%, marcando a segunda semana consecutiva de alta, e a previsão para a inflação de 2025 avançou de +3,90% para +3,96%. Para 2026 e 2027, as projeções do IPCA se mantiveram em +3,60% e +3,50%, respectivamente.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções para 2024 passou de +2,15% para +2,19%, enquanto para 2025 a previsão foi ajustada de +1,95% para +1,94%. As estimativas para 2026 e 2027 permaneceram estáveis em 2,0%.

Quanto à taxa básica de juros (Selic), as projeções mantiveram-se inalteradas, com a taxa esperada em 10,50% para 2024, 9,50% para 2025, e 9,0% para 2026 e 2027.

Inflação nos EUA: Núcleo do PCE acelera para +0,2% em junho

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O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos Estados Unidos acelerou para +0,2% em junho em relação a maio, após ter registrado +0,1% no mês anterior, conforme divulgado pelo Departamento de Comércio nesta sexta-feira (26/07).

A taxa anualizada do núcleo do PCE manteve-se em +2,6% até junho, mesma taxa observada em maio, alinhando-se com a expectativa dos analistas.

O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, é a medida de inflação preferida pelo Federal Reserve para suas decisões de política monetária.

O índice cheio, que inclui variações de preços de alimentos e energia, ficou em +0,1% na comparação mensal e +2,5% na leitura anual, ambos em linha com o consenso do mercado.

A renda pessoal nos EUA aumentou US$ 50,4 bilhões (+0,2%) em junho, enquanto a renda pessoal disponível cresceu US$ 37,7 bilhões (0,2%) e as despesas de consumo pessoal subiram US$ 57,6 bilhões (0,3%).

Vale (VALE3) registra lucro de US$ 2,76 bilhões no 2T24 e anuncia pagamento de JCP

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A Vale (VALE3) registrou um lucro líquido de US$ 2,76 bilhões no segundo trimestre de 2024, superando as expectativas da LSEG, que projetavam US$ 1,7 bilhão, e representando um crescimento de +210% em relação ao ano anterior.

Este aumento é parcialmente explicado pelos desinvestimentos realizados e pela redução dos impostos pagos pela empresa. A receita líquida da mineradora foi de US$ 9,9 bilhões, um aumento de +3% em relação ao ano anterior e em linha com o consenso do mercado.

O Ebitda ficou em US$ 3,9 bilhões, estável na comparação anual, mas ligeiramente abaixo da expectativa de US$ 4,06 bilhões.

A produção de minério de ferro atingiu 80,598 milhões de toneladas, alta de +2,4% no ano, e as vendas avançaram +7,3%, para 79,792 milhões de toneladas. O preço médio dos finos de minério de ferro subiu +1%, para US$ 98,2 por tonelada, enquanto o preço dos pelotas caiu -2%, para US$ 157,2.

A companhia também anunciou a distribuição de R$ 8,9 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP), equivalentes a um valor líquido de  R$ 1,77 por ação, com pagamento previsto para 4 de setembro de 2024 para ações negociadas na B3 e a partir de 11 de setembro para ADRs na NYSE.

As ações da Vale serão negociadas ex-remuneração a partir de 5 de agosto de 2024. O dividend yield, considerando a cotação de fechamento de R$ 60,57 em 25 de julho, é de 2,9%.

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