Sergio Neto

A TSMC (TSMC34) reportou lucro de US$ 10,9 bilhões no 1T25, alta de 60,3% na comparação anual, superando as expectativas do mercado.

A receita somou US$ 25,53 bilhões, crescimento de 35,3%, impulsionada principalmente pela forte demanda por chips de 3 nm e 5 nm.

Para o próximo trimestre, a companhia projeta receita entre US$ 28,4 bilhões e US$ 29,2 bilhões. A TSMC afirmou que ainda não identificou mudanças no comportamento dos clientes, mas alerta para possíveis impactos de políticas tarifárias na demanda.

A Irani (RANI3) finalizou a aquisição de terras da Flopal Florestadora Palmares no Rio Grande do Sul, envolvendo cerca de 1.236 hectares de florestas plantadas de pinus.

O valor do negócio foi de R$ 37 milhões, anunciado em março. A operação ainda depende da aprovação do Cade e do fechamento do contrato de arrendamento com a Habitasul Florestal e a Âmbar Florestal.

A área está localizada a 60 km do Porto do Rio Grande, com boa estrutura logística para exportação.

A Vale (VALE3) divulgou uma queda de 4,5% em sua produção de minério de ferro no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, devido ao impacto das chuvas no Sistema Norte. A produção totalizou 67,7 milhões de toneladas da commodity.

Apesar da redução na produção, a empresa destacou o avanço dos projetos VGR1 no Sistema Sul e Capanema no Sistema Sudeste, que garantiram maior flexibilidade operacional e aderência ao guidance de produção para 2025.

A mineradora espera produzir entre 325 milhões e 335 milhões de toneladas de minério de ferro em 2025.

As vendas, por outro lado, aumentaram 3,6%, totalizando 66,1 milhões de toneladas, impulsionadas pelo uso de estoques.

O preço médio realizado dos finos de minério de ferro foi de US$ 90,8 por tonelada, uma queda de quase 10% em relação ao ano anterior e de 2,4% em relação ao último trimestre de 2024.

A Romi (ROMI3) reportou lucro líquido de R$ 10,1 milhões no 1T25, queda de 43,9% frente ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado recuou 1,3%, para R$ 18 milhões, com margem de 6,6% (-2,1 p.p.).

Apesar da queda nos resultados, a receita líquida cresceu 31%, totalizando R$ 273,1 milhões.

A carteira de pedidos atingiu R$ 817,8 milhões, alta de 37,4% na comparação anual, enquanto o caixa da companhia somava R$ 295 milhões no fim de março.

A Guararapes (GUAR3), controladora da Riachuelo, está em busca de bancos para estruturar um processo de venda do shopping Midway Mall, em Natal, segundo apuração do Valor.

A possível transação faz parte de uma estratégia de reciclagem de ativos para levantar recursos que impulsionem o crescimento da companhia.

No mercado, já havia expectativa de que a empresa se desfizesse de ativos imobilizados como o shopping.

O movimento segue uma tendência recente no setor, como a venda das participações da Brookfield nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis para a Iguatemi.

O BTG Pactual (BPAC11) anunciou a aquisição da área de wealth management da JGP, incorporando R$ 18 bilhões em ativos sob assessoria e um time de 25 executivos, incluindo 12 sócios.

O valor da transação não foi divulgado, mas uma estimativa com base no múltiplo da compra do Julius Baer sugere algo em torno de R$ 180 milhões. Com a operação, o BTG expande em cerca de 20% sua área de family office e private banking, que soma cerca de R$ 100 bilhões.

O fundador da JGP, André Jakurski, seguirá à frente da gestora e assumirá o cargo de chairman do comitê de investimentos da área de family office do BTG.

A venda ocorre em meio à consolidação do setor e à mudança de modelo dos fundos fechados para carteiras administradas, o que, segundo Jakurski, amplia o leque de investimentos possíveis. A JGP continuará com R$ 27 bilhões sob gestão em fundos multimercado, ações, real estate e crédito.

O BTG reforça sua posição como consolidador no setor e deve seguir avaliando oportunidades fora do Brasil, mirando family offices que atendam clientes latino-americanos.

O Bank of America reportou lucro líquido de US$ 7,4 bilhões no 1º trimestre de 2025, alta de 10,4% sobre o mesmo período do ano anterior.

O lucro por ação foi de US$ 0,90, acima da estimativa de US$ 0,82. A receita cresceu 6,2% em base anual, totalizando US$ 27,4 bilhões e também superando o consenso de US$ 26,97 bilhões.

A receita com juros caiu 2,8%, a US$ 14,6 bilhões, enquanto as provisões para perdas com crédito subiram para US$ 1,5 bilhão.

Segundo o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (14/04), o mercado reduziu as projeções para o câmbio em 2026, 2027 e 2028, enquanto manteve a estimativa para o dólar em 2025 em R$ 5,90.

A expectativa para a inflação deste ano permaneceu em 5,65%. Já a previsão de crescimento do PIB em 2025 subiu de 1,97% para 1,98%.

A mediana da taxa Selic segue inalterada em 15%, sem mudanças há 14 semanas.

A Eztec (EZTC3) registrou vendas líquidas de R$ 385,1 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 31,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os distratos caíram 45%, melhorando a qualidade das vendas. A VSO líquida ficou em 40% no acumulado de 12 meses, com leve queda de 0,5 p.p. no trimestre, mas avanço de 0,8 p.p. frente ao período anterior.

A companhia lançou dois empreendimentos no trimestre, com VGV %EZ de R$ 616 milhões, e fechou março com um estoque de R$ 2,7 bilhões, sendo 52% composto por projetos em construção.

O Iguatemi (IGTI11) anunciou a assinatura de um memorando de entendimento para venda de aproximadamente R$ 500 milhões em participações em ativos.

A operação inclui 49% no Shopping Market Place, Edifício Market Place Towers e Galleria Shopping. Também estão previstas cessões de 24% em um projeto residencial e de 16,7% em um empreendimento comercial, ambos em desenvolvimento nos complexos Market Place e Galleria, com conclusão estimada para 2029.

A companhia manterá 51% de participação e seguirá na administração dos empreendimentos.