Sergio Neto

A Taesa (TAEE11) registrou lucro líquido regulatório de R$ 323,3 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O desempenho foi impulsionado pela receita líquida, que avançou 9,8% e somou R$ 650,5 milhões, beneficiada pelo reajuste inflacionário da RAP e pela entrada em operação de novos projetos.

O EBITDA regulatório cresceu 12,6%, alcançando R$ 548,8 milhões. Mesmo com o aumento de 7,8% nas despesas financeiras, reflexo dos juros elevados e de uma alavancagem de 4,1 vezes, a companhia manteve forte geração de caixa.

O IPCA subiu 0,09% em outubro, ante alta de 0,48% em setembro, informou o IBGE nesta terça-feira (11/11). Esse foi o menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando a alta foi de 0,02%.

No acumulado do ano, a inflação chegou a 3,73%, e em 12 meses o índice avançou 4,68%.

As projeções do mercado apontavam para alta de 0,16% no mês e 4,75% em 12 meses, portanto o dado veio abaixo do esperado.

A maior influência negativa veio da energia elétrica, que recuou 2,39% com a troca da bandeira vermelha patamar 2 para patamar 1. Também contribuíram para a desaceleração as quedas nos preços de aparelhos telefônicos e no seguro voluntário de veículos.

O BTG Pactual (BPAC11) reportou resultados históricos no 3T25, com Lucro Líquido Ajustado de R$ 4,5 bilhões, alta de 42% ante o 3T24.

A Receita Total somou R$ 8,8 bilhões, avanço de 37% no comparativo anual. O desempenho foi sustentado pelo forte crescimento das franquias de clientes, com Corporate Lending, Sales & Trading, Asset Management e Wealth Management registrando receitas recordes.

O banco também alcançou seu melhor índice de eficiência, de 34,1%, refletindo maior alavancagem operacional. O ROAE ajustado chegou a 28,1%, enquanto a captação líquida atingiu R$ 83 bilhões no trimestre. O Índice de Basileia terminou em 15,5%.

A Itaúsa (ITSA4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 4,1 bilhões no 3T25, alta de 6% na comparação anual, com ROE recorrente de 18,1%.

O resultado foi novamente sustentado pelo Itaú Unibanco, que contribuiu com R$ 4,1 bilhões (+7,1%) para o desempenho da holding. No portfólio não financeiro, houve avanço agregado de 4,4%, com destaques para Alpargatas (+152%), Aegea (+160%) e Motiva (+22%).

A Dexco foi o ponto negativo, revertendo o lucro do 3T24 e impactando em R$ 17 milhões devido ao cenário mais fraco em cerâmicas e à parada da LD Celulose.

A holding também reduziu a dívida líquida em 26%, para R$ 697 milhões, após executar uma gestão de passivos eficiente.

A Raízen (RAIZ4) anunciou a venda da usina Continental para o Grupo Colorado por R$ 750 milhões. A unidade, localizada em Colômbia (SP), possui capacidade instalada de cerca de 2 milhões de toneladas por safra e inclui a transferência da cana própria e dos contratos com fornecedores ligados à operação.

O valor negociado contempla os ativos da usina e os investimentos de manutenção de entressafra que serão assumidos pelo comprador. O pagamento será feito à vista na conclusão da operação, sujeito a ajustes usuais.

Segundo a Raízen, a venda faz parte de sua estratégia de otimização do portfólio, simplificação das operações e busca por maior rentabilidade. Com a transação, a companhia passará a operar 24 usinas, totalizando capacidade instalada de moagem de aproximadamente 73 milhões de toneladas por safra.

A conclusão da operação depende da aprovação do Cade.

A Guararapes (GUAR3) comunicou que sua subsidiária Lojas Riachuelo enviou ao CADE, na sexta-feira (07/11), a proposta de análise de uma potencial venda de 100% das quotas das empresas Midway Shopping Center e Midwest Estacionamento para a Capitânia Capital.

A companhia destacou que, apesar do envio para avaliação, ainda não há qualquer documento vinculante ou definitivo firmado entre as partes até o momento.

As estimativas de mercado para a inflação (IPCA) em 2025 permanecem em 4,55%, segundo o boletim Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (10/11) pelo Banco Central do Brasil.

A previsão para o dólar ficou em R$ 5,41 para o fim do ano. A projeção para o PIB (PIB) em 2025 também se manteve em 2,16%.

Por fim, a expectativa para a taxa básica de juros (Selic) em 2025 continua em 15% pela 20ª semana seguida.

O Magazine Luiza (MGLU3) divulgou resultados do 3T25, em meio a um cenário ainda desafiador para o varejo.

A Receita Líquida consolidada ficou praticamente estável em R$ 9,03 bilhões, leve alta de 0,3% em relação ao 3T24. O desempenho foi prejudicado pela queda de 5,8% nas vendas do e-commerce, parcialmente compensada pelo avanço de 5,2% nas lojas físicas.

O EBITDA ajustado recuou 0,9%, para R$ 711,4 milhões, mantendo margem de 7,9%. Já o Lucro Líquido Ajustado caiu 69,8%, para R$ 21,2 milhões, refletindo o foco em rentabilidade e geração de caixa, mas com pressão sobre a lucratividade.

A Suzano (SUZB3) registrou lucro líquido de R$ 1,96 bilhão no 3T25, queda de 39% em relação ao 3T24, refletindo a pressão contínua nos preços da celulose.

A receita líquida recuou 1%, para R$ 12,15 bilhões, impactada pela queda de 22% no preço da celulose no mercado externo, para US$ 524 por tonelada.

O EBITDA ajustado caiu 20%, para R$ 5,2 bilhões, com margem de 43%, redução de 10 pontos percentuais. O custo caixa da celulose, excluindo paradas, recuou 7% (R$ 801/t), mas a melhora operacional não compensou o cenário de preços mais fraco.

A Petrobras (PETR4) reportou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no 3T25, alta de 0,5% em relação ao 3T24, sustentando a rentabilidade mesmo com a queda de 13,9% no preço do Brent.

O EBITDA ajustado ficou em R$ 63,9 bilhões (+0,4%), enquanto a receita de vendas recuou 1,3%, para R$ 127,9 bilhões.

O desempenho foi apoiado por recordes operacionais, com produção total de 3,14 milhões de boed e exportações de petróleo de 814 mil barris por dia. Por outro lado, a dívida líquida em dólares subiu 33,5% na comparação anual, elevando a alavancagem de 0,95x para 1,53x.