Bolsa japonesa se recupera com forte alta

Indice de acoes Nikkei alcanca maxima recorde

A bolsa japonesa se recuperou com força nesta terça-feira (06/08), após despencar no pregão anterior em meio a temores sobre uma possível recessão nos EUA que derrubaram os mercados acionários globais.

Outras bolsas asiáticas também se recuperaram parcialmente, mas de forma mais moderada, aparentemente se estabilizando após a violenta onda de volatilidade que teve início no fim da semana passada.

O índice japonês Nikkei saltou +10,23% em Tóquio, a 34.675,46 pontos, assegurando o maior ganho diário desde outubro de 2008, após o tombo de -12,4% de ontem deflagrar busca por ações baratas e o iene devolver parte dos recentes ganhos que acumulou ante o dólar.

Ações de eletrônicos e da indústria pesada se destacaram no Japão: Tokyo Electron e Hitachi dispararam quase +17%.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou +3,30% em Seul, a 2.552,15 pontos, e o Taiex subiu +3,38% em Taiwan, a 20.501,02 pontos.

Na China continental, que foi menos afetada pelo tumulto global dos últimos dias, os ganhos foram mais modestos. O Xangai Composto subiu +0,23%, a 2.867,28 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou +1,18%, a 1.567,03 pontos. Na contramão, o Hang Seng caiu -0,31% em Hong Kong, a 16.647,34 pontos.

Em pregões recentes, os mercados asiáticos e de outras partes do mundo ficaram pressionados após dados econômicos fracos dos EUA gerarem temores de que a economia americana pudesse estar rumando para uma recessão.

Assustou particularmente o último relatório de emprego dos EUA, que foi divulgado na sexta-feira (02/08) e veio bem pior do que o esperado. Ontem, porém, um indicador positivo do setor de serviços ajudou a amenizar as preocupações sobre a saúde econômica dos EUA.

Bolsas asiáticas caem com forte impacto após dados desanimadores dos EUA

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As bolsas asiáticas caíram nesta segunda-feira, prolongando as acentuadas perdas do pregão anterior, depois que os últimos dados do mercado de trabalho dos EUA intensificaram as preocupações sobre a saúde da maior economia do mundo.

Liderando as perdas na Ásia, o índice japonês Nikkei despencou 12,4% em Tóquio, fechando a 31.458,42 pontos. Este foi o maior tombo diário desde outubro de 1987, durante a chamada “Black Monday”.

Como resultado, o Nikkei apagou todos os ganhos conquistados em 2024 e entrou em território baixista, acumulando uma queda de 25% desde a máxima histórica atingida em julho.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 8,77% em Seul, fechando a 2.441,55 pontos, e o Taiex recuou 8,35% em Taiwan, fechando a 19.830,88 pontos.

Na sexta-feira (02/08), o relatório de emprego dos EUA, conhecido como payroll, veio muito pior do que o esperado, reforçando os temores de que a economia americana possa estar se encaminhando para uma recessão e levando as bolsas de Nova York a registrar quedas acentuadas pelo segundo dia consecutivo.

Os mercados da China continental e de Hong Kong tiveram perdas relativamente menores hoje, após dados mostrarem que o setor de serviços chinês se expandiu em ritmo mais forte em julho.

O índice Xangai Composto caiu 1,54%, fechando a 2.860,70 pontos, e o Shenzhen Composto recuou 2,08%, fechando a 1.548,83 pontos. O Hang Seng teve baixa de 1,46% em Hong Kong, fechando a 16.698,36 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana sofreu a maior queda diária desde maio de 2020, com o S&P/ASX 200 caindo 3,70% em Sydney, fechando a 7.649,60 pontos.

Marcopolo (POMO4) registra lucro líquido de R$ 250,9 milhões no 2T24, com crescimento de +78,6%

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A Marcopolo (POMO4), fabricante de carrocerias de ônibus, reportou um lucro líquido de R$ 250,9 milhões no segundo trimestre de 2024, marcando um aumento de +78,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A empresa atribui esse resultado às melhorias na eficiência operacional e ao aumento na capacidade produtiva.

O EBITDA ajustado da Marcopolo foi de R$ 382,3 milhões no 2T24, um crescimento de +142% em comparação com o 2T23.

A margem EBITDA ajustada alcançou 19,5%, representando um aumento de +8 pontos percentuais. Esse avanço é atribuído à maior alavancagem operacional, decorrente do aumento nos volumes produzidos e vendidos, além de um controle mais eficaz dos custos operacionais.

A receita líquida da Marcopolo totalizou R$ 1,9 bilhão no trimestre, um aumento de +43,4% em relação ao ano anterior. O mercado interno contribuiu com R$ 1,2 bilhão, enquanto as operações internacionais adicionaram R$ 495,9 milhões.

A empresa registrou um lucro bruto de R$ 509,9 milhões, com uma margem bruta de 26,1%. A melhoria na margem bruta, de +5,8 pontos percentuais, foi alcançada por meio da otimização das linhas de produção e da redução de desperdícios, que maximizaram os retornos sobre as vendas.

O resultado financeiro líquido da Marcopolo no 2T24 foi negativo em R$ 23,9 milhões, contrastando com um resultado positivo de R$ 57,0 milhões no 2T23. Esta variação negativa é atribuída principalmente à desvalorização do Real frente ao Dólar, que impactou negativamente a carteira de pedidos em dólares da empresa.

A empresa está otimista com as perspectivas para o segundo semestre de 2024, com a expectativa de que as estratégias implementadas continuem a fortalecer sua posição no mercado.

As ações da companhia operam hoje em alta de +4%, nesta sexta-feira (02/08).

Dólar sobe forte e se aproxima de R$ 5,80 após dados de emprego dos EUA

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O dólar opera com forte alta frente ao real nesta sexta-feira, chegando próximo da marca de R$ 5,80, após a divulgação de dados de emprego (payroll) dos Estados Unidos bem abaixo das expectativas.

Os Estados Unidos criaram 114 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em julho, menos do que o esperado pelos analistas, que projetavam a criação de 175 mil vagas. A taxa de desemprego ficou em +4,3%, acima dos +4,1% do mês anterior e das expectativas de estabilidade em 4,1%.

Às 9h35 (horário de Brasília), o dólar à vista subia +0,93%, cotado a R$ 5,788 na compra e R$ 5,789 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) tinha alta de +0,65%, a R$ 5,808.

Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,736 na venda, em alta de +1,43%, atingindo a maior cotação de fechamento desde 21 de dezembro de 2021.

O Banco Central realizará nesta sessão leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1 de outubro de 2024.

 

Pedidos de auxílio desemprego nos EUA atingem máxima em 11 meses

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O número de novos pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos subiu para 249.000 na semana encerrada em 27 de julho, o maior nível em 11 meses.

O aumento de 14.000 pedidos em relação à semana anterior, segundo dados ajustados sazonalmente do Departamento do Trabalho divulgados nesta quinta-feira (01/08), sugere um possível afrouxamento no mercado de trabalho.

Economistas consultados pela Reuters previam 236.000 pedidos para a semana, indicando que o número real superou as expectativas.

A alta nos pedidos tem mostrado uma tendência desde junho, com parte do aumento atribuída a paralisações temporárias nas montadoras de veículos e interrupções causadas pelo furacão Beryl no Texas.

Embora os pedidos tenham ultrapassado a faixa de 194.000 a 245.000 para este ano, as demissões continuam baixas. A desaceleração no mercado de trabalho é impulsionada pela baixa contratação, refletindo os impactos dos aumentos nas taxas de juros pelo Federal Reserve em 2022 e 2023, que reduziram a demanda.

Arezzo (ARZZ3) conclui incorporação do Grupo Soma e renomeia companhia para Azzas 2154 (AZZA3)

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A Arezzo (ARZZ3) anunciou na última quarta-feira (31/07) a conclusão da incorporação do Grupo Soma. A partir desta quinta-feira (01/08), a nova companhia será chamada Azzas 2154 e terá o código de negociação AZZA3 na B3.

Com a incorporação, houve um aumento de capital de aproximadamente R$ 579 milhões, com a emissão de 95.500.607 novas ações ordinárias. O saldo remanescente do Grupo Soma, no valor de R$ 5,210 bilhões, foi alocado na conta de reserva de capital da Azzas 2154.

Após a incorporação, o capital social da Azzas 2154 totaliza R$ 2,317 bilhões, distribuído em 206.489.813 ações ordinárias. O Grupo Soma foi extinto, e todas suas obrigações e direitos foram transferidos para a nova companhia sem interrupção de continuidade.

A nova Azzas 2154 projeta alcançar um faturamento próximo de R$ 12 bilhões, oferecendo calçados, bolsas, itens de moda masculina, feminina e infantil, além de roupas e acessórios por meio de suas 34 marcas e mais de 2.000 lojas, incluindo franquias.

Esses R$ 12 bilhões estimados referem-se aos faturamentos brutos dos últimos 12 meses (LTM) conforme informativos trimestrais do terceiro trimestre de 2023.

Gerdau (GGBR4) reporta lucro líquido de R$ 945 milhões no 2T24, redução de -55,9%

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A Gerdau (GGBR4) anunciou um lucro líquido de R$ 945 milhões para o segundo trimestre de 2024, apresentando uma redução de -55,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa atribui a diminuição à pressão sobre preços e volumes de venda.

O Ebitda ajustado foi de R$ 2,624 bilhões, uma queda de -30,8% em comparação ao 2T23, com a margem Ebitda ajustada em -15,8%, redução de cinco pontos percentuais.

A queda foi atribuída aos menores preços e volumes de vendas, à competição com o aço chinês, ao aumento nos custos de matérias-primas e às despesas com a hibernação de plantas para ajuste de capacidade produtiva.

A receita líquida totalizou R$ 16,616 bilhões, uma diminuição de -9% em relação ao 2T23, também devido a menores preços e volumes. As despesas com vendas, gerais e administrativas caíram -5,6% no ano, para R$ 531 milhões, em parte devido aos menores volumes vendidos.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 597 milhões, um aumento nas perdas de -25,6% em relação ao 1T24 e de -41,2% comparado ao 2T23.

O agravamento foi causado pela desvalorização do real frente ao dólar e ajustes por inflação nas controladas na Argentina.

O endividamento da Gerdau no 2T24, com a dívida líquida sobre Ebitda ajustado, foi de 0,53x. A dívida bruta chegou a R$ 12,581 bilhões, um aumento de 14% em relação ao trimestre anterior, devido à emissão de debêntures e variação cambial.

A administração da Gerdau reiterou a estratégia de otimização dos ativos no Brasil e destacou a aprovação de dividendos e um novo programa de recompra de ações como sinais de confiança na gestão financeira da empresa.

A empresa também afirmou que está ajustando sua estrutura para enfrentar o cenário global desafiador do setor de aço, com foco na segurança das operações e no desenvolvimento sustentável.

Copom mantém taxa Selic em 10,50% ao ano em decisão unânime

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, como esperado, manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (31/07). Todos os nove membros do Copom votaram unanimemente pela manutenção da taxa, repetindo a decisão de junho.

O Copom justificou a decisão afirmando que as condições econômicas, tanto domésticas quanto internacionais, exigem cautela na condução da política monetária.

O comitê destacou a necessidade de vigilância em relação aos impactos inflacionários que podem surgir dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, especialmente se esses fatores se mostrarem persistentes.

No comunicado, o Copom mencionou que o atual estágio do processo desinflacionário tende a ser mais lento, acompanhado por uma ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador. Isso demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.

Federal Reserve mantém taxa de juros inalterada e indica possível corte em setembro

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O Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (31/07) manter, por unanimidade, os juros básicos da economia americana em seu atual patamar. A taxa permanece dentro de uma banda entre 5,25% e 5,50% ao ano, mantida desde julho do ano passado.

Como esperado, o Fed suavizou sua mensagem sobre o aquecimento da atividade econômica e a tendência da inflação, sugerindo a possibilidade de um corte de juros já na próxima reunião de política monetária, marcada para setembro.

No comunicado, o FOMC afirmou que os indicadores recentes mostram que a atividade econômica continuou a crescer a um ritmo sólido, mas destacou que os ganhos de emprego diminuíram e a taxa de desemprego aumentou, embora ainda se mantenha em níveis baixos.

“A inflação diminuiu no ano passado, mas permanece um pouco elevada. Nos últimos meses, houve progresso em direção à meta de inflação de 2% do Comitê”, afirma o texto.

O comitê também mencionou que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão mais equilibrados. “As perspectivas econômicas são incertas, e o Comitê está atento aos riscos para ambas as partes de seu duplo mandato.”

O FOMC destacou que não espera ser apropriado reduzir a meta de juros até ter maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta.

Além disso, informou que continuará a reduzir suas participações em títulos do Tesouro e em dívidas e títulos lastreados em hipotecas.

WEG (WEGE3) registra lucro de R$ 1,44 bilhão no 2º trimestre

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A fabricante de motores elétricos WEG (WEGE3) alcançou um lucro líquido de R$ 1,44 bilhão no segundo trimestre de 2024, marcando um crescimento de +5,4% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo aumento na receita e pelo retorno sobre o capital investido.

O balanço foi divulgado no dia seguinte à aprovação, pelo conselho de administração da empresa, de dividendos intermediários no valor de R$ 786,9 milhões, referentes aos resultados do primeiro semestre.

Com produtos que vão de veículos e fábricas a geradores de energia eólica, a multinacional brasileira reportou um lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 2,12 bilhões, representando uma alta de +15,7% em comparação anual.

A receita líquida da WEG no segundo trimestre atingiu R$ 9,27 bilhões, um aumento de 13,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Este crescimento foi impulsionado pelo bom desempenho dos equipamentos de ciclo longo, especialmente na área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD), com destaque para projetos de transmissão e distribuição (T&D) e geração de energia eólica.

A empresa observou que a demanda por equipamentos de ciclo curto, menores e mais padronizados, continua saudável, especialmente para redutores, automação e motores comerciais e ‘appliance’. No entanto, a receita de geração solar distribuída apresentou uma redução em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O retorno sobre o capital investido atingiu 37,4%, com um crescimento de três pontos percentuais, mas uma leve redução de 1,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano.

As ações da WEG (WEGE3) iniciaram o pregão com alta de mais de 8%, alcançando R$ 49,93.

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