IGP-M desacelera em julho, mas fica acima das expectativas

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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma variação de +0,61% em julho, abaixo da taxa de +0,81% registrada em junho, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com esse resultado, o IGP-M acumula uma alta de +1,71% no ano e de +3,82% nos últimos 12 meses.

Em julho de 2023, o índice havia registrado uma taxa de -0,72% no mês e uma queda acumulada de +7,72% em 12 meses. Apesar da desaceleração, o IGP-M de julho superou a expectativa dos analistas da LSEG, que projetavam uma inflação de +0,47% para o mês.

André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, destacou que os três componentes do IGP-M desaceleraram de junho para julho. Embora a desvalorização cambial e os reajustes de preços administrados, como gasolina e energia, tenham influenciado, os índices subiram menos neste período.

A nota também ressaltou a queda significativa nos preços dos alimentos in natura e a menor alta da mão de obra no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), fatores que contribuíram para a redução da inflação.

Petrobras (PETR4) apresenta crescimento na produção no segundo trimestre de 2024

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A Petrobras (PETR3, PETR4) reportou uma produção média de 2,69 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no segundo trimestre de 2024, um aumento de +2,4% em comparação com o mesmo período de 2023, conforme o relatório de produção divulgado nesta segunda-feira (29/07).

Apesar do crescimento anual, a produção caiu -2,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

Este é o primeiro resultado operacional sob a gestão de Magda Chambriard, que assumiu a liderança da estatal em 24 de maio. No acumulado do primeiro semestre, a produção alcançou 2,73 milhões de boed, representando um aumento de +3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os principais fatores que impulsionaram o aumento anual foram o ramp-up dos FPSOs (navios-plataforma) Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em operação de 12 novos poços, com 8 localizados na Bacia de Campos e 4 na Bacia de Santos.

A redução da produção no trimestre foi atribuída ao maior volume de paradas para manutenção, que a Petrobras classificou como “dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028+”, além do declínio natural em campos maduros.

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, uma alta de +1,9% em relação ao mesmo trimestre de 2023, mas uma queda de -3% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

Especificamente, a produção de petróleo foi de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre, representando um aumento de +2,6% em relação ao mesmo período de 2023, mas uma queda de -3,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.

A produção de gás natural foi de 508 mil boed, um aumento de +1,4% em relação ao ano anterior e um ligeiro aumento de +0,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

No pré-sal, a produção média foi de 1,81 milhão de boed entre abril e junho, registrando um aumento de +6,3% em relação ao segundo trimestre de 2023, mas uma queda de -2,3% em comparação ao primeiro trimestre do ano.

O pré-sal representou 69% da produção total da Petrobras no segundo trimestre de 2024, em comparação com 67% nos três meses anteriores e no mesmo período de 2023.

Relatório Focus do Banco Central mostra aumento nas projeções de Inflação e PIB

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As projeções dos analistas para a inflação e para o crescimento do PIB para 2024 e 2025 subiram novamente nesta semana, de acordo com o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (29/07).

A estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 subiu de +4,05% para +4,10%, marcando a segunda semana consecutiva de alta, e a previsão para a inflação de 2025 avançou de +3,90% para +3,96%. Para 2026 e 2027, as projeções do IPCA se mantiveram em +3,60% e +3,50%, respectivamente.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções para 2024 passou de +2,15% para +2,19%, enquanto para 2025 a previsão foi ajustada de +1,95% para +1,94%. As estimativas para 2026 e 2027 permaneceram estáveis em 2,0%.

Quanto à taxa básica de juros (Selic), as projeções mantiveram-se inalteradas, com a taxa esperada em 10,50% para 2024, 9,50% para 2025, e 9,0% para 2026 e 2027.

Inflação nos EUA: Núcleo do PCE acelera para +0,2% em junho

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O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos Estados Unidos acelerou para +0,2% em junho em relação a maio, após ter registrado +0,1% no mês anterior, conforme divulgado pelo Departamento de Comércio nesta sexta-feira (26/07).

A taxa anualizada do núcleo do PCE manteve-se em +2,6% até junho, mesma taxa observada em maio, alinhando-se com a expectativa dos analistas.

O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, é a medida de inflação preferida pelo Federal Reserve para suas decisões de política monetária.

O índice cheio, que inclui variações de preços de alimentos e energia, ficou em +0,1% na comparação mensal e +2,5% na leitura anual, ambos em linha com o consenso do mercado.

A renda pessoal nos EUA aumentou US$ 50,4 bilhões (+0,2%) em junho, enquanto a renda pessoal disponível cresceu US$ 37,7 bilhões (0,2%) e as despesas de consumo pessoal subiram US$ 57,6 bilhões (0,3%).

Vale (VALE3) registra lucro de US$ 2,76 bilhões no 2T24 e anuncia pagamento de JCP

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A Vale (VALE3) registrou um lucro líquido de US$ 2,76 bilhões no segundo trimestre de 2024, superando as expectativas da LSEG, que projetavam US$ 1,7 bilhão, e representando um crescimento de +210% em relação ao ano anterior.

Este aumento é parcialmente explicado pelos desinvestimentos realizados e pela redução dos impostos pagos pela empresa. A receita líquida da mineradora foi de US$ 9,9 bilhões, um aumento de +3% em relação ao ano anterior e em linha com o consenso do mercado.

O Ebitda ficou em US$ 3,9 bilhões, estável na comparação anual, mas ligeiramente abaixo da expectativa de US$ 4,06 bilhões.

A produção de minério de ferro atingiu 80,598 milhões de toneladas, alta de +2,4% no ano, e as vendas avançaram +7,3%, para 79,792 milhões de toneladas. O preço médio dos finos de minério de ferro subiu +1%, para US$ 98,2 por tonelada, enquanto o preço dos pelotas caiu -2%, para US$ 157,2.

A companhia também anunciou a distribuição de R$ 8,9 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP), equivalentes a um valor líquido de  R$ 1,77 por ação, com pagamento previsto para 4 de setembro de 2024 para ações negociadas na B3 e a partir de 11 de setembro para ADRs na NYSE.

As ações da Vale serão negociadas ex-remuneração a partir de 5 de agosto de 2024. O dividend yield, considerando a cotação de fechamento de R$ 60,57 em 25 de julho, é de 2,9%.

PIB dos EUA cresce +2,8% no segundo trimestre de 2024

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O Produto Interno Bruto (PIB) real dos Estados Unidos avançou +2,8% no segundo trimestre de 2024 em relação aos primeiros três meses do ano, conforme divulgado nesta quinta-feira (25/07) pelo Departamento do Comércio.

Esse crescimento superou a previsão de +2% dos analistas da LSEG. No primeiro trimestre, a economia americana havia crescido +1,4% ante o trimestre anterior. O aumento do PIB real foi impulsionado principalmente pelos gastos dos consumidores e pelos investimentos.

O PIB em dólares correntes subiu +5,2% a uma taxa anual, totalizando US$ 28,63 trilhões, um aumento de US$ 360 bilhões em comparação com o primeiro trimestre, quando o PIB cresceu +4,5%, equivalente a US$ 312,2 bilhões.

O índice de preços das compras internas brutas aumentou +2,3% no segundo trimestre, abaixo do aumento de +3,1% registrado no primeiro trimestre.

A inflação de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) aumentou +2,6% anualizados, em comparação com +3,4% anteriormente. Excluindo os preços de alimentos e energia, o núcleo do índice de preços PCE subiu +2,9%, desacelerando em relação ao aumento de +3,7% no trimestre anterior.

IPCA-15 aumenta +0,30% em julho, acima das expectativas do mercado

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu +0,30% em julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25/07).

Este aumento representa uma desaceleração em relação ao crescimento de +0,39% registrado em junho. No entanto, o resultado superou as expectativas do mercado, que previam uma variação de +0,23%.

Até julho, o IPCA-15 acumula uma alta de +2,82% no ano e de +4,45% nos últimos 12 meses.

No mês anterior, esses valores eram de +2,52% e +4,06%, respectivamente. O acumulado de 12 meses do índice se aproximou do teto da meta de inflação do Banco Central para 2024, que é de +3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Raízen (RAIZ4) registra aumento de +15,4% na moagem de cana no 1T25 e crescimento em vendas de etanol e açúcar

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A Raízen (RAIZ4) anunciou nesta terça-feira (23/07) sua prévia operacional para o primeiro trimestre da safra 2024/2025 (1T25), destacando um aumento de +15,4% na moagem de cana, totalizando 30,9 milhões de toneladas, impulsionado pelo início antecipado da colheita e clima mais seco.

A produção de etanol de segunda geração (E2G) cresceu 110,39%, passando de 7,7 mil m³ para 16,2 mil m³, devido ao desempenho consistente das Plantas Costa Pinto e Bonfim.

As vendas de açúcar aumentaram 26,09%, de 1,920 milhão para 2,42 milhões de toneladas, refletindo a sazonalidade e estratégia de comercialização, com preço médio entre R$ 2.500-2.600/tonelada, abaixo dos R$ 2.652/tonelada do 1T24.

As vendas de etanol também subiram 18,62%, atingindo 1,274 milhão de toneladas, com preço médio de R$ 2.650-2.800/tonelada, significativamente abaixo dos R$ 3.138 do mesmo período da safra anterior.

Santander Brasil (SANB11) registra lucro de R$ 3,3 bilhões no 2T24, alta de +44,3%

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O Santander Brasil (SANB11) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 3,3 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), marcando um aumento de +44,3% em relação ao ano anterior.

O valor superou as expectativas de consenso da LSEG, que estimavam R$ 3,19 bilhões, e o lucro societário foi de R$ 3,24 bilhões.

O banco, que foi o primeiro grande a divulgar seus resultados trimestrais, deu o tom para os próximos balanços dos rivais Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4). A receita líquida de juros (NII) subiu +10,6%, alcançando R$ 14,75 bilhões, e o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) atingiu 15,5%, um aumento de 4,3 pontos percentuais.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 5,89 bilhões, com uma redução de -2,4% em relação ao 1T24 e -1,4% comparado ao 2T23.

O banco fez uma provisão adicional de R$ 1,93 bilhão no trimestre, sem detalhes sobre o motivo.

A carteira de empréstimos consolidada aumentou +7,8%, totalizando R$ 665,59 bilhões. A margem financeira bruta chegou a R$ 14,751 bilhões, refletindo um crescimento de +10,6% em relação ao 2T23.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram R$ 5,18 bilhões, com um aumento anual de +17,5%, enquanto as despesas gerais foram de R$ 6,31 bilhões, com um avanço de +4,6% na comparação anual.

Hapvida (HAPV3) investe até R$ 600 milhões em novos hospitais no Sudeste

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A Hapvida (HAPV3) anunciou um acordo com a Riza Gestora de Recursos para financiar a construção de dois novos hospitais no Rio de Janeiro e em São Paulo, com um investimento total de até R$ 600 milhões.

Desse montante, R$ 300 milhões serão destinados à aquisição dos terrenos e a outra metade para as obras. Os hospitais serão construídos no modelo “build to suit”, onde as propriedades são feitas sob medida para atender às necessidades do locatário, neste caso, a própria Hapvida.

Este movimento faz parte da estratégia da empresa de ser “asset light”, otimizando a alocação de capital e reforçando sua presença na região Sudeste do Brasil.

O contrato de locação terá duração inicial de 20 anos, com possibilidade de renovação por mais 20 anos ou aquisição em condições pré-determinadas.

A operação deverá oferecer um cap rate de 9,5% ao ano até a conclusão das obras e 9% após a obtenção do habite-se, com reajustes anuais pelo IPCA. A finalização do acordo depende de condições precedentes, incluindo a due diligence dos ativos e aprovação pelo comitê de investimentos da Riza.

Esta expansão possibilitará à Hapvida acelerar outros projetos previstos em seu plano de investimentos para 2024 e 2025. A empresa encerrou o primeiro trimestre de 2024 com 801 unidades próprias, incluindo 86 hospitais.

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