Projeções de inflação, PIB e câmbio para 2024 voltam a subir, diz Relatório Focus

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As projeções dos analistas para a inflação, evolução do PIB e taxa de câmbio em 2024 voltaram a subir nesta semana, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (22/07) pelo Relatório Focus do Banco Central.

A estimativa do IPCA para este ano avançou de +4,0% para +4,05%, após interromper uma sequência de nove semanas de alta. A previsão para a inflação de 2025 permaneceu em +3,90%, enquanto as projeções para 2026 e 2027 se mantiveram em +3,60% e +3,50%, respectivamente.

As expectativas para os preços administrados dentro do IPCA subiram de +4,11% para +4,59% para 2024, enquanto as previsões para 2025 e 2026 permaneceram em +3,90% e +3,50%, respectivamente. A projeção para 2027 continuou em +3,50%.

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções para 2024 subiu de +2,11% para +2,15%, enquanto a previsão para 2025 caiu de +1,97% para +1,93%. As estimativas para 2026 e 2027 permaneceram em +2,0%.

A projeção para a taxa básica de juros (Selic) se manteve em 10,50% para 2024, com as previsões para 2025, 2026 e 2027 continuando em 9,50%, 9,0% e 9,0%, respectivamente.

Suzano (SUZB3) inicia operação do Projeto Cerrado em MS

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A Suzano (SUZB3) anunciou o início da operação do Projeto Cerrado, que possui uma capacidade de produção anual de 2,55 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto. A nova fábrica está localizada em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul.

As estimativas de produção permanecem as mesmas: aproximadamente 900 mil toneladas em 2024, atingindo 2 milhões de toneladas ao final de 12 meses de operação.

A empresa prevê um prazo de cerca de 9 meses para a conclusão da curva de aprendizado.

“A nova fábrica, agora já em operação, representa um importante marco de evolução da competitividade estrutural e de crescimento da companhia, no âmbito de suas avenidas estratégicas ‘Ser best-in-class na visão do custo total de celulose’ e ‘Manter a relevância em celulose via bons projetos’,” afirmou a Suzano.

Falhas em sistemas afetam ações da CrowdStrike (CRWD, C2RWD34) e causam interrupções globais

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Nesta sexta-feira (19/07), as ações da CrowdStrike (CRWD, C2RW34), uma empresa global de segurança cibernética, despencavam cerca de -13% no pré-market da Bolsa de Nova York, negociadas a US$ 299,04, devido a falhas no sistema que impactaram diversas operações globais.

O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, declarou que a empresa identificou e corrigiu a atualização que travou os sistemas Windows, negando qualquer incidente de segurança ou ataque cibernético.

O software “Falcon Sensor” da empresa foi responsável pelo problema, causando a tela azul da morte no Windows. A CrowdStrike emitiu um alerta aos seus clientes com uma solução manual para o problema.

Companhias aéreas como American Airlines, Delta Airlines, United Airlines e Allegiant Air suspenderam seus voos devido a problemas de comunicação, enquanto o setor de viagens, incluindo aeroportos em Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários na Espanha, relataram atrasos.

Internacionalmente, a Ryanair alertou sobre problemas em sistemas de reserva, e no Reino Unido, sistemas médicos e a emissora Sky News também foram afetados. Bancos e instituições financeiras em países como Austrália, Índia e África do Sul enfrentaram falhas, e o LSEG Group relatou interrupções em sua plataforma de dados e notícias Workspace.

Os ativos da CrowdStrike caíam -12,83% às 8h (horário de Brasília).

Embraer (EMBR3) registra crescimento de +88% nas entregas no segundo trimestre de 2024

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A Embraer (EMBR3) anunciou nesta quinta-feira (18/07) que entregou 47 aeronaves no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de +88% em comparação com o trimestre anterior, quando foram entregues 25 jatos.

A carteira de pedidos firmes (backlog) da empresa atingiu um valor recorde de US$ 21,1 bilhões, uma alta de +20% na comparação anual.

O destaque do trimestre foi a Aviação Comercial, com 19 entregas, um aumento de cerca de +170% em relação ao primeiro trimestre do ano, que contabilizou 7 aeronaves entregues.

Além disso, a Aviação Executiva manteve uma performance sólida com 27 jatos entregues, em comparação com 18 no primeiro trimestre de 2024. A Defesa entregou uma aeronave multimissão C-390 Millennium.

Os dados foram divulgados na noite desta quinta-feira, 18. A carteira de pedidos da Embraer alcançou US$ 21,1 bilhões no segundo trimestre de 2024, superando em mais de +20% o valor do mesmo período do ano anterior e levemente acima do primeiro trimestre de 2024.

O maior aumento foi registrado na Aviação Comercial (+US$ 227 milhões), enquanto a maior queda foi observada em Defesa e Segurança (-US$ 251 milhões). As outras duas unidades de negócios apresentaram um aumento marginal no backlog (+US$ 45 milhões).

BCE decide manter taxas de juros na zona do euro

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Hoje (18/07) o Banco Central Europeu (BCE) optou por manter as taxas de juros inalteradas para a região. A taxa de refinanciamento principal permaneceu em 4,25%, enquanto a taxa de depósito foi mantida em 3,75% e a taxa de empréstimos marginais ficou em 4,50%.

Embora tenha sido observado que a maioria das medidas de inflação na zona do euro se estabilizou ou diminuiu em junho, o Comitê do BCE destacou que as pressões internas sobre os preços ainda estão elevadas. A inflação nos serviços permanece elevada e é esperado que a inflação global continue acima da meta até o próximo ano.

Em sua reunião anterior, em junho, o BCE havia reduzido as taxas em 0,25 ponto percentual, indicando uma moderação na política monetária após nove meses de taxas estáveis.

Apesar da falta de uma orientação mais assertiva sobre decisões futuras, analistas agora projetam que o BCE possa adotar outro corte de 25 pontos-base em setembro, após “pular” a reunião de julho.

Ontem, dados do Eurostat revelaram que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) na zona do euro desacelerou ligeiramente para 2,5% em junho, ante 2,6% em maio.

Produção nas fábricas dos EUA aumenta mais que o esperado em junho

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A produção nas fábricas dos Estados Unidos subiu +0,4% em junho, superando as expectativas de economistas que previam um aumento de +0,2%, informou o Federal Reserve nesta quarta-feira (17/07).

Esse crescimento contribuiu para uma sólida recuperação no segundo trimestre, apesar dos custos mais altos de empréstimos que ainda limitam o setor industrial.

Em maio, a produção das fábricas foi revisada para cima, mostrando um aumento de +1,0%, acima do relatório inicial de+ 0,9%.

Anualmente, a produção fabril aumentou +1,1% em junho. No segundo trimestre, a produção das fábricas subiu a uma taxa anualizada de +3,4%, recuperando-se da queda de -1,3% no primeiro trimestre.

O setor de manufatura, responsável por 10,4% da economia dos EUA, enfrenta desafios devido às altas taxas de juros, que restringem a demanda por bens e dificultam o investimento em capital. Contudo, há otimismo de que a atividade fabril possa se recuperar, com a expectativa de que o Federal Reserve comece a afrouxar sua política monetária em setembro, diante da queda da inflação.

A produção de mineração aumentou +0,3% em junho, após uma queda de -0,7% em maio. Já a produção de serviços públicos subiu +2,8%, depois de um aumento de +1,9% no mês anterior. A produção industrial geral avançou +0,6% em junho, após um aumento de +0,9% em maio.

Vale (VALE3) produz 80,5 milhões de toneladas de minério de ferro no 2T24, alta de +2,4% no ano

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A Vale (VALE3) produziu 80,5 milhões de toneladas métricas (Mt) de minério de ferro no segundo trimestre de 2024, um aumento de +2,4% em relação ao ano anterior e de 13,8% em relação ao trimestre anterior, conforme relatório operacional divulgado nesta terça-feira (16/07).

A empresa destaca as minas S11D, no Pará, e Vargem Grande, em Minas Gerais, como impulsionadoras deste crescimento, com a S11D atingindo um recorde de 19,5 Mt para um segundo trimestre.

No Complexo de Paraopeba, o desempenho da planta de Viga também foi significativo, apesar da manutenção realizada no segundo trimestre de 2023.

Apesar da queda do preço do minério de ferro, as vendas da commodity aumentaram +7,3% no ano e +25% no trimestre, apoiadas por fortes embarques.

O preço médio do minério caiu US$ 2,5, para US$ 98, devido a preços mais baixos e menores prêmios de qualidade. O preço médio da pelota de ferro também caiu para US$ 157, uma redução de US$ 14,7 em comparação com os três primeiros meses do ano.

Os contratos futuros do minério de ferro em Dalian, na China, caíram -22% desde o início do ano, refletindo a fraqueza econômica do país asiático, que registrou um crescimento de +4,7% entre abril e junho, o menor desde o primeiro trimestre de 2023.

No setor de cobre, a produção caiu -4% no trimestre e -0,3% no ano, principalmente devido ao incêndio que danificou a correia transportadora da mina de Salobo 3, com previsão de retomada da planta em agosto.

No Canadá, a produção foi afetada pela manutenção bianual programada do smelter e refinaria. A produção de níquel também registrou uma queda significativa de -24,4% no ano e -29,4% no trimestre, devido a manutenções em minas, como em Onça Puma.

Eneva (ENEV3) adquire participações em ativos termelétricos do BTG e realiza oferta de ações de até R$ 4,2 bilhões

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A Eneva (ENEV3) anunciou nesta terça-feira (16/07) a compra das participações do BTG Pactual em quatro ativos de geração de energia termelétrica.

Os ativos adquiridos incluem Tevisa Termelétrica Viana, Povoação Energia, Geradora de Energia do Maranhão (Gera Maranhão) e Linhares Geradora. A operação, que envolve pagamentos em dinheiro e emissão de ações, tem o objetivo de expandir o portfólio da Eneva e aproveitar sinergias operacionais.

Para financiar a aquisição, a Eneva pretende realizar uma oferta de ações que pode movimentar até R$ 4,2 bilhões.

A Partners Alpha, veículo de investimento associado ao BTG Pactual, já se comprometeu a investir pelo menos R$ 3,2 bilhões na oferta. O preço por ação na oferta foi definido em R$ 14,00, representando um prêmio de 10,70% sobre a média das cotações dos últimos 60 dias na B3.

Além das aquisições, os recursos captados serão utilizados para acelerar o plano de negócios da Eneva e reforçar sua estrutura de capital.

Os ativos adquiridos são operacionais e contratados em leilões de geração da Aneel, garantindo receita fixa durante a vigência dos contratos e minimizando obrigações financeiras significativas de investimentos adicionais (capex).

A transação contou com assessoria financeira do Rothschild, responsável por apresentar uma avaliação (fairness opinion) ao conselho de administração da Eneva.

A conclusão da operação está sujeita ao cumprimento de condições usuais para esse tipo de transação e ajustes finais acordados entre as partes.

Esta movimentação estratégica reforça a posição da Eneva no setor de energia, ampliando sua capacidade de geração e consolidando sua presença no mercado brasileiro.

Smart Fit (SMFT3) anuncia compra da rede de academias Velocity por até R$ 183 milhões

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A Smart Fit (SMFT3) anunciou nesta terça-feira (16/07) que assinou um acordo para a compra de 100% do capital social da rede de academias Velocity por um valor que pode chegar a R$ 183 milhões, dependendo do cumprimento de determinadas condições.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Smart Fit informou que pagará R$ 163 milhões aos atuais acionistas da Velocity na data do fechamento da transação, mais R$ 10 milhões a partir do terceiro aniversário do fechamento do negócio até o sexto aniversário, e outros R$ 10 milhões sujeitos ao cumprimento de metas estabelecidas em contrato.

Esses dois últimos valores serão reajustados pelo CDI desde a data do fechamento da venda até o pagamento.

“O fechamento da transação estará sujeito ao cumprimento das condições precedentes usuais para esse tipo de operação no mercado. Além disso, o valor da transação ainda está sujeito a ajustes usuais para esse tipo de transação, a serem determinados e acordados entre as partes”, informou a Smart Fit.

“A aquisição da Velocity aumenta a complementariedade do portfólio de modalidades do segmento de Studios da companhia. Adicionalmente, a aquisição da Velocity reforça o posicionamento da companhia nas diferentes verticais de atuação dentro do setor fitness”, afirmou a Smart Fit.

Relatório Focus: Projeção da inflação cai e estimativa do PIB sobe

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A projeção dos analistas para a inflação em 2024 caiu após nove semanas seguidas de alta, enquanto a estimativa da evolução do PIB para este ano voltou a subir nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (15/07) pelo Relatório Focus do Banco Central.

A estimativa do IPCA para este ano passou de +4,02% para +4,0%, interrompendo 9 semanas seguidas de aumento, enquanto a previsão para a inflação de 2025 avançou de +3,88% para +3,90% (na 11ª subida consecutiva).

A projeção para 2026 foi mantida em +3,60%. Para 2027, a projeção continua em +3,50% há 54 semanas.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA subiram nesta semana, de +3,96% para +4,11%, provavelmente motivadas pela alta recente da gasolina pela Petrobras.

As projeções para 2025 permaneceram em +3,90%. Para 2026, a estimativa se manteve em +3,50%, mesmo patamar observado há 22 semanas, e a de 2027 permanece em +3,50% há 41 semanas.

Para o IGP-M, as projeções subiram em 2024, avançando de +3,40% para +3,42%, enquanto a estimativa para 2025 continuou em +3,90%. Para 2026, a projeção de inflação subiu de +3,80% para +3,84% e a de 2027 avançou de +3,68% para +3,70%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 passou de +2,10% para +2,11%. A previsão para 2025 permaneceu em +1,97% nesta semana, enquanto a estimativa para 2026 continua nos mesmos +2,0% há 49 semanas. A projeção também está em +2,0% para 2027, há 51 semanas.

A projeção para a taxa básica de juros (Selic) se manteve em 10,50% em 2024, enquanto a estimativa para 2025 continuou em 9,50%. Para 2026, está mantida nos mesmos 9,0%, e a taxa esperada para 2027 também permaneceu em 9,0%.

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