Sergio Neto

A Lojas Renner (LREN3) divulgou seus resultados do 4T24, registrando uma receita líquida no varejo de R$ 4,17 bilhões, com alta de +9,7% na comparação anual.

As vendas nas mesmas lojas (SSS) avançaram +8,9%. No digital, o GMV cresceu +17,7%, atingindo uma penetração de 13,7% das vendas.

Na linha de serviços financeiros, o desempenho também foi positivo, com um lucro de R$ 61,4 milhões, ante R$ 3,2 milhões no 4T23.

A carteira total permaneceu estável em relação ao ano anterior, mas com evolução significativa no perfil de risco. A carteira vencida reduziu 23,1%, com destaque para a faixa acima de 90 dias, que registrou queda significativa de 5,3 p.p., terminando com inadimplência de 14,2%.

No consolidado, o lucro líquido foi de R$ 487,2 milhões, com recuo de -7,5% na comparação anual.

A queda no lucro não está diretamente ligada ao desempenho operacional e foi consequência de um menor valor em Recuperação de Créditos Fiscais, maiores despesas com comissões devido ao melhor desempenho comercial e um impairment de R$ 133,5 milhões.

A Vale (VALE3) reportou uma receita líquida de US$ 10,12 bilhões no 4T24, queda de 22% em relação ao mesmo período de 2023, devido a menores preços do minério de ferro e redução no volume de vendas.

A companhia teve prejuízo de US$ 694 milhões, revertendo o lucro de US$ 2,41 bilhões do 4T23, impactada pelo menor EBITDA Proforma, perdas com hedge cambial e baixas contábeis de US$ 1,4 bilhão em operações de níquel e US$ 540 milhões no projeto de Voisey’s Bay.

No operacional, houve queda de 9% t/t e 10% a/a no custo caixa C1 de finos de minério de ferro, refletindo maior eficiência e estabilidade operacional. A companhia também reduziu o guidance de CAPEX para 2025 para aproximadamente US$ 5,9 bilhões (antes ~US$ 6,5 bilhões).

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seus resultados do 4T24, registrando um lucro líquido ajustado de R$ 9,6 bilhões, alta de 1,5% em relação ao 4T23, com um ROE de 20,8%.

A carteira de crédito do banco avançou 15,3%, com crescimento nos três segmentos de atuação e destaque para a carteira PJ, que subiu 9,2%. As provisões para devedores duvidosos (PDD) recuaram 7,2% na comparação anual.

Já a inadimplência acima de 90 dias alcançou 3,3%, aumento de 0,4 p.p. em relação ao 4T23, influenciada principalmente pelo segmento agro.

O banco encerrou 2024 com lucro líquido anual de R$ 37,9 bilhões, cumprindo todas as metas do guidance para o ano. Para 2025, projeta um crescimento mais moderado da carteira de crédito, entre 5,5% e 9,5%, e um lucro líquido anual entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos chegaram a 219 mil na semana passada, acima da projeção de 215 mil e do dado revisado anterior de 214 mil, segundo o Departamento de Trabalho.

As solicitações contínuas totalizaram 1,869 milhão, ligeiramente abaixo da expectativa de 1,870 milhão, mas superiores ao número revisado de 1,845 milhão. A taxa de desemprego segurado permaneceu em 1,2% na semana encerrada em 8 de fevereiro.

O Carrefour (CRFB3) reportou vendas líquidas de R$ 29,6 bilhões no 4T24, com alta de +5,7% em relação ao 4T23. O crescimento foi impulsionado pelo bom desempenho do Atacadão (+9,9% nas vendas) e do Sam’s Club (+12,7%).

A companhia registrou leve compressão nas margens operacionais (-0,2 p.p.), impactadas por menores margens no Banco Carrefour e no Sam’s Club, devido aos maiores investimentos na expansão da base de membros, que cresceu +14,1% ao longo do ano.

No Atacadão, as margens seguiram em evolução, com incremento de +0,2 p.p. O controle das despesas gerais e administrativas foi mantido, com aumento de +1,8%, resultando em uma redução de 1 p.p. no SG&A como percentual das vendas líquidas.

O lucro líquido ajustado foi de R$ 1,77 bilhão, um crescimento expressivo de +240,5% em relação ao 4T23.

O Iguatemi (IGTI11) registrou uma receita líquida de R$ 375,2 milhões no 4T24, com um crescimento de +13,5% em comparação ao 4T23.

O desempenho operacional foi positivo, com as vendas nas mesmas lojas (SSS) crescendo 9,5% e os aluguéis nas mesmas lojas (SSR) subindo 7,6%. A taxa de ocupação média atingiu 97,7%, um aumento de 3,2 pontos percentuais frente ao ano anterior.

O lucro líquido ajustado foi de R$ 164 milhões, com alta de +21,9%, enquanto o FFO somou R$ 219,1 milhões, crescimento de +23,3%.

Para 2025, a empresa prevê aceleração nas vendas dos lojistas, com estimativa de crescimento entre +7% e +11%.

A B3 (B3SA3) anunciou que, a partir de 10 de março de 2025, os horários de negociação serão reduzidos devido ao fim do horário de verão nos Estados Unidos e na Europa, revertendo a ampliação feita em novembro de 2024.

O mercado à vista e fracionário passará a operar das 10h às 16h55 (antes até 17h55), o after-market será mantido das 17h30 às 18h00, o mercado a termo funcionará das 10h às 17h25 (antes até 18h25), enquanto o mercado de opções terá o horário reduzido para das 10h às 16h55 (antes até 17h55).

Os futuros de Ibovespa e minicontratos de índice passarão a operar das 9h às 18h25 (antes até 18h30), e os futuros de dólar e minicontratos de câmbio funcionarão das 9h às 18h00 (antes até 18h30).

O Banco Bmg (BMGB4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 125 milhões no 4T24, praticamente estável em relação ao mesmo período de 2023. A margem financeira após o custo de crédito atingiu R$ 815 milhões, alta de 13,2% na comparação anual.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi de 12,2%, ante 13,3% no 4T23.

A carteira de crédito totalizou R$ 26,3 bilhões, com crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior, sendo 68% em “secured loans” (consignado e FGTS). A inadimplência acima de 90 dias subiu para 4,4%, contra 3,5% no 4T23. O índice de Basileia ficou em 13,2%, com Capital Nível 1 em 10,1%.

Em 2024, o lucro líquido recorrente do Bmg somou R$ 441 milhões, mais que o dobro dos R$ 205 milhões de 2023, com o ROAE avançando de 5,2% para 10,7%. Segundo o CEO Felix Cardamone, a gestão eficiente e a melhora na qualidade dos ativos garantiram a sustentabilidade dos resultados, apesar do menor spread do consignado em 15 anos.

O BB Seguridade (BBSE3) divulgou lucro líquido de R$ 2,17 bilhões no 4T24, alta de +5,8% em relação ao 4T23, impulsionado pelos negócios de risco (+1,2%), acumulação (+9,5%) e distribuição.

Na Brasilseg, houve crescimento dos prêmios ganhos e menor sinistralidade (-3,2 p.p.), com destaque para o segmento agrícola. Em contrapartida, a Brasilprev registrou queda de -27,2%, impactada por aumento do custo do passivo, marcação a mercado negativa e constituição da Provisão Complementar de Cobertura (PCC).

No segmento de distribuição, o avanço foi puxado pelo crescimento das receitas de corretagem em seguros e do resultado financeiro.

Para 2025, a empresa projeta crescimento de +3% a +8% no resultado operacional não decorrente de juros, abaixo dos +10,7% registrados em 2024.

A Raízen (RAIZ4) reportou prejuízo líquido de R$2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/25, revertendo o lucro de R$793,3 milhões no mesmo período do ciclo anterior.

O Ebitda ajustado somou R$3,12 bilhões, queda de 20,5% ano a ano e abaixo da expectativa de R$3,42 bilhões. A empresa atribuiu o desempenho ao menor resultado em operações de trading e à perda de moagem causada pelo clima e queimadas em agosto.

A receita líquida cresceu 14,3% na comparação anual, alcançando R$66,87 bilhões. A alavancagem subiu para 3 vezes, ante 1,9 vez no mesmo período da safra anterior.