Localiza&Co (RENT3) registra prejuízo de R$ 570 milhões no 2T24 e ações caem -14,7%

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No segundo trimestre de 2024, a Localiza&Co (RENT3) enfrentou um trimestre desafiador, com ações caindo cerca de -15% após a divulgação dos resultados.

A companhia registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 570 milhões, mais de seis vezes o prejuízo de R$ 89 milhões do mesmo período do ano anterior.

As ações da empresa, após mais de 20 minutos em leilão, estavam com forte queda de 14,76%, cotadas a R$ 41,00 às 10h23 (horário de Brasília) na terça-feira (13/08).

Entre os principais fatores negativos, a Localiza&Co destacou um aumento de R$ 936 milhões na depreciação de carros e outros ativos, decorrente da revisão das estimativas de valor líquido de venda.

Adicionalmente, a tragédia no Rio Grande do Sul teve um impacto de R$ 103 milhões, afetando cerca de 2,6 mil carros, oito agências de aluguel e duas lojas de seminovos devido às enchentes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) consolidado foi de R$ 2,349 bilhões, mantendo-se estável em relação ao ano anterior, ajustado pelos efeitos da revisão de valor recuperável dos ativos e das enchentes. A margem Ebitda consolidada caiu para 54,3%, comparada a 70,1% no mesmo período do ano passado.

A receita líquida consolidada da Localiza avançou 32,2% em relação ao ano passado, totalizando R$ 9,049 bilhões.

Na divisão Aluguel de Carros, a receita líquida alcançou R$ 2,2 bilhões, um aumento de 16,1% devido ao crescimento de 3% no número de diárias e no valor médio das diárias.

A receita de Seminovos atingiu R$ 4,719 bilhões, com um aumento de 43,7%, impulsionada pelo maior volume e preço de venda. A empresa estima um impacto de cerca de R$ 9 milhões em perda de receita devido às enchentes no Rio Grande do Sul.

Índice de preços ao produtor dos EUA cresce +0,1% em julho, abaixo das expectativas

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O índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos subiu +0,1% em julho em relação ao mês anterior, após uma alta de 0,2% em junho, conforme divulgado nesta terça-feira (13/08) pelo Departamento do Trabalho.

Na comparação anual, o índice desacelerou para +2,2%, frente aos +2,7% registrados em junho.

O aumento mensal ficou abaixo das expectativas do consenso LSEG, que previa um crescimento de +0,2%, e também abaixo da previsão para o indicador anual, que era de +2,3%.

O núcleo da inflação, que exclui as variações de energia, alimentos e comércio, subiu +0,3% em julho, comparado a uma alta de +0,1% em junho. Em termos anuais, o núcleo da inflação registrou um aumento de +3,3%, ligeiramente acima dos +3,2% observados no mês anterior.

Taesa (TAEE11) reporta lucros em alta e anuncia dividendos intercalares de R$ 223 milhões

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A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (TAEE11) encerrou o segundo trimestre de 2024 com um lucro líquido IFRS consolidado de R$ 403,1 milhões, um aumento de 81,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O lucro líquido regulatório foi de R$ 294,0 milhões, representando um crescimento de 22,9% no ano. No acumulado de janeiro a junho, o lucro líquido IFRS da companhia somou R$ 777,8 milhões, um avanço de 28,6%, enquanto o lucro regulatório foi de R$ 483,5 milhões, alta de 8,1%.

O EBITDA IFRS alcançou R$ 520,0 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 31,0% ano a ano, enquanto o EBITDA regulatório foi de R$ 485,2 milhões, com uma redução anual de 7,8%.

A margem EBITDA regulatória foi de 83,7% no trimestre, uma leve diminuição de 0,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2023. No semestre, o EBITDA IFRS totalizou R$ 1,640 bilhão (+19,6%), e o EBITDA regulatório foi de R$ 962,0 milhões (-7,5%).

A receita líquida IFRS do segundo trimestre foi de R$ 911,1 milhões, um aumento de 33,5%, enquanto a receita regulatória caiu 7,2%, totalizando R$ 579,7 milhões. No semestre, a receita líquida IFRS subiu 19,6% para R$ 1,640 bilhão, e a receita regulatória caiu 4,8% para R$ 1,155 bilhão.

A despesa financeira líquida IFRS foi de R$ 202,9 milhões no trimestre, 17,6% menor que no mesmo período do ano anterior, e R$ 504,9 milhões no acumulado até junho, uma redução de 4,9%.

A dívida líquida consolidada ao final de junho era de R$ 9,124 bilhões, um aumento de 3,6% em relação ao trimestre anterior. A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre EBITDA foi de 4,0 vezes, um aumento de 0,2 ponto percentual.

O conselho de administração aprovou a distribuição de proventos no valor total de R$ 223 milhões, que inclui dividendos intercalares e juros sobre capital próprio (JCP). O valor total liquido dos proventos é de R$0,59, com um yield aproximado de 1,68%.

O pagamento será realizado no dia 27 de novembro de 2024, com base na posição acionária de 15 de agosto de 2024. A partir de 16 de agosto, as ações e units serão negociadas “ex-proventos” na B3.

Projeções para inflação em 2024 sobem novamente, segundo Relatório Focus

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As estimativas para a inflação em 2024 aumentaram novamente nesta semana, conforme divulgado no Relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira (12/08).

A previsão do IPCA para este ano subiu de +4,12% para +4,20%, marcando a quarta semana consecutiva de alta. Em contraste, as projeções para a inflação de 2025 diminuíram ligeiramente, passando de +3,98% para +3,97%. As estimativas para a inflação de 2026 e 2027 permanecem inalteradas, em +3,60% e +3,50%, respectivamente.

As previsões para o crescimento do produto interno bruto (PIB) também se mantiveram estáveis. Para 2024, a mediana das projeções continua em +2,20%, a mesma da semana anterior. A estimativa para 2025 foi mantida em +1,92%, enquanto a previsão para 2026 e 2027 continua em +2,0%, como há várias semanas.

No que diz respeito à taxa básica de juros (Selic), a projeção para 2024 permanece em 10,50%, e para 2025 está em 9,75%, após a elevação observada na semana passada. As previsões para 2026 e 2027 permanecem estáveis em 9,0%.

Azul (AZUL4) registra prejuízo de R$ 744,4 milhões no 2º trimestre e revisa projeções para 2024

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A Azul (AZUL4) encerrou o segundo trimestre com um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões, uma alta de 31,3% em relação à perda do mesmo período do ano passado. O resultado operacional foi impactado negativamente pela variação cambial, conforme divulgado pela companhia aérea nesta segunda-feira (12/08).

A empresa também revisou para baixo suas projeções de desempenho para este ano. A expectativa de crescimento da oferta foi ajustada de 11% para 7%, e a previsão para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi reduzida de cerca de R$ 6,5 bilhões para acima de R$ 6 bilhões. A estimativa para a alavancagem aumentou de aproximadamente 3 vezes para cerca de 4,2 vezes.

O impacto negativo da variação cambial no trimestre alcançou cerca de R$ 3,1 bilhões, em contraste com um desempenho positivo de R$ 1 bilhão no mesmo período de 2023. Além disso, as enchentes no Rio Grande do Sul provocaram um impacto estimado de pelo menos R$ 200 milhões no balanço da companhia.

O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, destacou que a empresa encerrou o trimestre com uma posição de liquidez de R$ 2,5 bilhões, o que representa 13% da receita dos últimos doze meses. Incluindo investimentos, recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas, a liquidez total da Azul ao final de junho era de R$ 6,4 bilhões.

Rodgerson expressou otimismo quanto ao futuro, afirmando que, com a chegada de mais aeronaves de nova geração e o início do período sazonalmente mais forte de primavera e verão no Brasil, a empresa espera uma aceleração nas vendas.

Eternit (ETER3) encerra recuperação judicial e reorienta foco para novos produtos e expansão

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A fabricante de telhas Eternit (ETER3) teve seu processo de recuperação judicial encerrado na última sexta-feira (09/08), conforme decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A empresa havia iniciado o processo em 2018, após a proibição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da venda de crisotila (amianto) no Brasil. O mineral, anteriormente utilizado em suas telhas, provém de uma mina da companhia em Goiás, a qual atualmente só pode ser explorada para exportação.

De acordo com o diretor-financeiro Vitor Mallmann, a Eternit enfrentou um período desafiador para adaptar seu parque fabril à nova realidade. Desde então, a empresa substituiu o amianto por fibras de polipropileno em suas telhas de fibrocimento.

A companhia começou a recuperação judicial com uma dívida de R$ 250 milhões e a encerrou com um saldo de R$ 37,3 milhões.

O presidente Paulo Roberto Andrade revelou que a Eternit buscou incluir no plano de recuperação um acordo para se proteger de possíveis processos trabalhistas futuros. A empresa está exposta a riscos relacionados ao amianto, e créditos decorrentes de ações anteriores a 2018 serão pagos conforme as condições da recuperação judicial.

Mallmann afirma que a empresa saiu da recuperação judicial “mais robusta”. Durante o período, a Eternit vendeu imóveis e sua divisão de louças sanitárias, adquiriu uma fabricante de telhas de fibrocimento, construiu uma nova fábrica no Ceará e ampliou outra em Manaus.

Com o objetivo de rentabilizar seus ativos, a empresa atualmente vende 60% de sua capacidade de produção e planeja diversificar seus produtos com pisos e itens para construção industrializada, além de telhas com células fotovoltaicas. A Eternit já está comercializando essas telhas em uma planta-piloto.

Caixa Seguridade (CXSE3) registra queda no lucro líquido no 2T24

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A Caixa Seguridade (CXSE3) divulgou seus resultados para o segundo trimestre de 2024, com uma queda de 6,4% no lucro líquido recorrente, totalizando R$ 770 milhões.

O lucro antes de impostos e participações foi de R$ 896,7 milhões, representando uma queda de 4,4% em relação ao ano anterior. As receitas operacionais somaram R$ 1,076 bilhão, uma leve redução de 0,9% na comparação anual. As despesas administrativas aumentaram 8,7%, alcançando R$ 32,2 milhões no 2T24.

O retorno sobre patrimônio líquido recorrente (ROE) subiu para 61,6%, um crescimento de 6,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023 e de 3,2 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024.

A sinistralidade foi impactada por eventos extraordinários, como as enchentes no Rio Grande do Sul e sinistros de prestamista não previamente notificados. Normalizando esses efeitos, a sinistralidade do trimestre seria de 24,2%.

No acumulado do primeiro semestre de 2024, as receitas operacionais totalizaram R$ 2,3 bilhões, com um crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, houve uma redução de 0,9% em comparação com o segundo trimestre do ano passado, refletindo os impactos dos sinistros relacionados às enchentes.

Petrobras (PETR4): Receita sobe 7,4% no 2T24 com alta do brent, mas efeitos não recorrentes pesam

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A Petrobras (PETR3, PETR4) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) nesta quinta-feira (08/08), apresentando números que surpreenderam negativamente e ficaram abaixo do consenso esperado.

Esse foi o primeiro prejuízo trimestral da empresa desde o terceiro trimestre de 2020.

A petroleira registrou um prejuízo líquido de R$ 2,605 bilhões, revertendo o lucro de R$ 28,7 bilhões de um ano antes. Em termos recorrentes, a empresa reportou um lucro de R$ 15,728 bilhões, uma queda de 46,5% em relação ao lucro de R$ 29,4 bilhões no mesmo período do ano passado.

Segundo a Petrobras, o prejuízo atribuído aos acionistas se deve, principalmente, aos efeitos da adesão a um acordo com o governo para encerrar uma disputa tributária e ao acordo de trabalho de 2023, além da variação cambial durante o período.

A receita total de vendas da Petrobras foi de R$ 122,258 bilhões, um aumento de 7,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Dessa receita total, R$ 36,529 bilhões vieram do mercado externo, representando um aumento de 54,3%, com as exportações crescendo 59,7%.

No mercado interno, a receita totalizou R$ 85,729 bilhões, uma queda de 4,9%. As receitas de diesel subiram 3,7%, enquanto as de gasolina recuaram 14,4%.

O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 49,740 bilhões, uma queda de 12,3%. Em termos recorrentes, o EBITDA foi de R$ 62,332 bilhões, uma alta de 5,5%. A projeção do consenso LSEG era de um lucro líquido de R$ 22,3 bilhões, EBITDA de R$ 63,26 bilhões, e receita de R$ 129,23 bilhões.

A linha do balanço mais impactada negativamente, que levou a companhia ao prejuízo, foi o resultado financeiro. As perdas financeiras líquidas somaram R$ 36,396 bilhões, em comparação com R$ 269 milhões negativos no ano anterior.

“Esse resultado financeiro foi impactado principalmente pela perda com a variação cambial do real frente ao dólar sobre a exposição passiva”, explicou a empresa.

A Petrobras destacou que o real se desvalorizou 11,2% no 2T24, em comparação com a desvalorização de 3,2% no 1T24. A taxa de câmbio, do final do primeiro trimestre (31/03/24), foi de R$ 5,00 por dólar, aumentando para R$ 5,56 no encerramento do segundo trimestre (30/06/24).

Além disso, a companhia informou o reconhecimento de despesas financeiras “atreladas à adesão à Transação Tributária, refletindo os encargos e as atualizações financeiras.”

Grupo Casas Bahia (BHIA3) surpreende com melhora na rentabilidade e reverte prejuízo anterior

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Analistas ficaram positivamente surpresos com os resultados do Grupo Casas Bahia (BHIA3) no segundo trimestre de 2024.

A empresa conseguiu melhorar sua rentabilidade durante o processo de reestruturação, o que gerou uma reação favorável do mercado. Às 10h26 (horário de Brasília) desta quinta-feira (08/08), as ações da BHIA3 subiram +16,16%, alcançando R$ 4,96.

A empresa registrou um lucro líquido de R$ 37 milhões no 2T24, revertendo um prejuízo de R$ 492 milhões no mesmo período de 2023. Isso ocorreu após um ano do lançamento de seu plano de reestruturação.

O lucro operacional, medido pelo Ebitda ajustado, caiu -3,5% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 452 milhões. Contudo, a margem Ebitda ajustada aumentou +0,7 ponto percentual, chegando a 7%.

Renato Franklin, presidente-executivo da companhia, destacou que o terceiro trimestre será marcado por crescimento: “O segundo trimestre foi o ponto de inflexão, agora vamos ter um crescimento marginal”, afirmou.

Após doze meses de reestruturação focada na redução de estoques, a empresa agora planeja “investimentos seletivos” em categorias-chave como eletrodomésticos, móveis e eletrônicos, segundo o CEO.

A Casas Bahia reduziu seus estoques para 82 dias, em comparação com 97 dias no 2T23, uma diminuição de R$ 1,4 bilhão. Além disso, concluiu a migração de 23 subcategorias de produtos para o marketplace, com um crescimento de 5,1% no volume bruto de mercadorias (GMV) em comparação com o primeiro semestre do ano passado.

Franklin mencionou um crescimento em julho nas vendas mesmas lojas e espera que agosto seja ainda melhor. Ele também projeta que o quarto trimestre terá um crescimento mais substancial: “Ainda estamos em preparação, mas o terceiro trimestre já será melhor que o segundo.”

No 2T24, a receita líquida caiu -13,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 6,5 bilhões. Entretanto, a margem bruta subiu +1,6 ponto percentual, chegando a 30,7%.

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) diminuíram -9,1% comparado ao mesmo período de 2023. Nos primeiros seis meses do ano, a Casas Bahia cortou sua força de trabalho em 20%, reduzindo mais de 10 mil funcionários e 40% da liderança, o que resultou em uma diminuição de 9,5% nas despesas com pessoal, liberando R$ 141 milhões.

Franklin também anunciou planos para expandir o sistema de crediário: “Vamos realizar captações no Fidc para expandir o crediário e gerar mais valor para a companhia.”

A Casas Bahia reportou um fluxo de caixa positivo de R$ 92 milhões no trimestre encerrado em junho, embora ainda registre um consumo de R$ 82 milhões nos primeiros seis meses do ano. Esse número é menor que a queima de R$ 307 milhões no primeiro semestre de 2023.

 

Pedidos de auxílio desemprego nos EUA caem para 233 mil

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Na semana encerrada em 3 de agosto, o número de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos caiu para 233 mil, uma redução de 17 mil em relação à semana anterior, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (08/08) pelo Departamento do Trabalho.

O número ficou abaixo da expectativa de 240 mil pedidos do consenso LSEG.

A revisão para a semana anterior elevou o número de pedidos de 249.000 para 250.000. A média móvel de 4 semanas foi de 240.750, alta de 2.500 em relação à média revisada da semana anterior, que passou de 238.000 para 238.250.

A taxa de desemprego segurado ajustada permaneceu estável em 1,2% na semana encerrada em 27 de julho. O número de pedidos continuados subiu para 1,875 milhão, o maior nível desde novembro de 2021, com um aumento de 6 mil na semana encerrada em 27 de julho.