Sergio Neto

A Automob (AMOB3) comunicou a aprovação em Assembleia Geral Extraordinária do grupamento de suas ações na proporção de 50 para 1, abrangendo a totalidade das ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, sem alterar o capital social da companhia.

Acionistas terão 30 dias, entre 28 de abril e 28 de maio de 2025, para ajustar suas posições em lotes múltiplos de 50 ações.

A consumação do grupamento ocorrerá em 29 de maio, primeiro pregão após o prazo de ajustes, e os papéis passarão a ser negociados apenas de forma grupada. Eventuais frações serão reunidas e vendidas em leilão na B3.

O Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (28/04) mostrou revisão para baixo na projeção da inflação de 2025, passando de 5,57% para 5,55%.

As expectativas para o câmbio e para o PIB permaneceram inalteradas, com dólar a R$ 5,90 e crescimento econômico de 2,00%.

A mediana da taxa Selic segue estável em 15% há 16 semanas.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu +0,43% em abril, abaixo da alta de +0,64% observada no mês anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado de 2025, o índice avançou +2,43%, enquanto no período de 12 meses o crescimento foi de +5,49%, em linha com as expectativas do mercado.

Os resultados foram principalmente impulsionados pelos grupos de Alimentação e bebidas (+1,14%) e Saúde e cuidados pessoais (+0,96%), que juntos responderam por 88% do índice do mês. Apenas o grupo Transportes apresentou variação negativa (-0,44%), impactando o índice em -0,09 p.p.

A Vale (VAL3)  divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025, com receita líquida de US$ 8,11 bilhões, uma redução de 4% em relação ao mesmo período de 2024.

A queda foi impulsionada pela diminuição de 10% nos preços do minério de ferro, embora tenha sido parcialmente compensada pelo aumento de 4% nas vendas de minério de ferro e pelo câmbio favorável. As vendas de cobre e níquel também apresentaram crescimento, com alta de 7%.

Um dos principais destaques foi a melhoria operacional da companhia, que reduziu custos significativamente. O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, caiu 11% em relação ao ano passado, totalizando US$ 21,0/t, mantendo a tendência de queda.

O lucro líquido ajustado da Vale foi de US$ 1,47 bilhão, uma diminuição de 13% frente ao 1T24.

A Alphabet (GOGL34), controladora do Google, divulgou seus resultados para o primeiro trimestre de 2025, com uma receita líquida de US$ 90,2 bilhões, marcando um crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2024.

Esse desempenho foi impulsionado pelo aumento de 10% nas receitas de publicidade, principalmente nas plataformas de Pesquisa e YouTube.

Além disso, as receitas de cloud continuaram em forte expansão, com um aumento de 28%, somando US$ 12,3 bilhões.

O lucro operacional cresceu 20,1%, e o lucro líquido teve um avanço de 46%, alcançando US$ 34,54 bilhões, refletindo uma performance sólida da companhia.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA subiram em 6.000 na semana encerrada em 19 de abril, totalizando 222.000 solicitações, segundo o Departamento do Trabalho.

O número veio em linha com as expectativas dos economistas consultados pela Reuters. Apesar de fatores sazonais, como a Páscoa e férias de primavera, que podem causar volatilidade, os dados continuam apontando para um mercado de trabalho resiliente.

O Livro Bege do Fed indicou que empresas estão cautelosas quanto a novas contratações, diante de incertezas econômicas e políticas comerciais.

Mesmo com cortes no setor público e demissões pontuais ligadas à agenda de redução de gastos do governo Trump, não há sinais de impacto generalizado no emprego até o momento.

A Usiminas (USIM5) registrou lucro líquido de R$ 337 milhões no 1T25, avanço de 845% em relação ao mesmo período de 2024.

A receita líquida cresceu 10%, somando R$ 6,85 bilhões, impulsionada por aumentos de 5% no volume de vendas de aço e de 13% em minério.

A margem operacional avançou 4 p.p., refletindo redução de custos na área de siderurgia. Para o 2T25, a companhia projeta estabilidade nos volumes e ganhos pontuais de eficiência.

A Hypera (HYPE3) reportou prejuízo de R$ 138,8 milhões no 1T25, revertendo o lucro de R$ 391,5 milhões do mesmo período de 2024.

A receita líquida da companhia caiu 40,8%, para R$ 1,08 bilhão. Apesar disso, o sell-out total da Hypera cresceu 6,9%, puxado pelo avanço de 6,0% no varejo farmacêutico, em linha com o mercado, e alta de 20,6% no mercado institucional.

A Tesla (TSLA34) reportou receita de US$ 19,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025, queda de 9% em relação ao 1T24, puxada por um recuo de 20% nas receitas com automóveis, reflexo de menores entregas do Model Y e redução no preço médio de venda.

Em contrapartida, os segmentos de armazenamento de energia e serviços avançaram 67% e 15%, respectivamente. A margem operacional recuou 3,4 p.p., pressionada pela menor performance comercial e pelo aumento das despesas com projetos de IA e P&D.

O lucro líquido ajustado somou US$ 934 milhões, uma retração de 39% na base anual.

A Embraer (EMBR3) encerrou o primeiro trimestre de 2025 com uma carteira de pedidos de US$ 26,4 bilhões, alta de 25% na comparação anual e novo recorde histórico, superando o valor do final de 2024.

No entanto, o segmento de aviação comercial registrou retração de 10% em relação ao 1T24, totalizando US$ 10 bilhões, afetado por atrasos nas entregas devido a desafios na cadeia de suprimentos.

Por outro lado, a divisão de aviação executiva alcançou US$ 7,6 bilhões em pedidos, alta anual de 66%. Já os segmentos de Defesa & Segurança e Serviços & Suporte também apresentaram crescimento expressivo, com carteiras de US$ 4,2 bilhões (+73%) e US$ 4,6 bilhões (+49%), respectivamente.

No trimestre, a Embraer entregou 30 aeronaves, frente a 25 no mesmo período do ano passado. As entregas representam 13% da meta anual, que varia entre 220 e 240 jatos.