Na bolsa, o curto prazo não importa. Será mesmo?

carteira tiago prux

Uma das teorias mais “estranhas” que eu escuto dos investidores de ações de longo prazo é que o “curto prazo não importa“.

A maioria fala isso porque, efetivamente, não sabe no que está investindo ou o que está fazendo.

Dessa forma, dizer que ”não dá bola” para o que acontece no curto prazo é uma boa forma de não se incomodar em ter que estudar e jogar os possíveis problemas lá para frente, já que é um investimento para o longo prazo, “tudo se resolve no futuro”.

Você que está lendo esse artigo, nesse momento, diretamente da sua mesa de trabalho, acredita (de verdade) que o negócio em que você trabalha (seja administrando, seja como funcionário) se manteria caso ninguém pensasse no curto prazo?

Tenho certeza que não!

Será que a Coca-Cola se manteria no longo prazo se seus vendedores não agissem no curto prazo? Se eles não levantassem cedo para atender aos pedidos?

Tenho certeza que não!

Por que, então, a Bolsa de Valores seria o único lugar desse mundo onde não existiria a necessidade de monitorar o que acontece no curto prazo?

O CURTO PRAZO PODE DEFINIR O LONGO PRAZO

Não estou dizendo que o investidor de longo prazo deva ficar preocupado com toda e qualquer coisa que aconteça – até porque o que não faltam são ruídos desnecessários.

Mas, sim, que o investidor entenda que acontecimentos de curto prazo podem selar o destino das empresas, tanto para o ”bem”, quanto para o ”mal”. E isso pode afetar diretamente os investimentos.

Quantas empresas na sua cidade (lojas, bares e restaurantes) não quebraram na crise de 2020 quando os fechamentos, em função da pandemia de Covid-19, começaram?

Pois é, o curto prazo mudou o cenário de forma definitiva, mesmo para quem já estava há anos no mercado.

A Cielo (CIEL3), por exemplo, teve seu futuro praticamente definido em 2010 quando, após um estudo sobre a relação da Visa com a Visanet, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) entendeu que a exclusividade contratual usufruída pela adquirente no país infringia a ordem econômica.

Essa decisão levou a quebra da exclusividade no mercado de adquirência nacional.

Nesse caso da Cielo, quem não percebeu que esse movimento de curto prazo poderia mudar todo o ambiente de negócios do setor, simplesmente porque ”o curto prazo não importa”, amargou, anos mais tarde, enormes prejuízos.

Já o investidor que conhecia o negócio e estava atento, tinha duas opções:

1) vender as ações

ou

2) monitorar durante mais algum tempo a empresa, para entender se a competição poderia fazer com que Cielo fosse entregar resultados piores no futuro – e só depois vender as ações.

Tanto quem escolheu a opção 1 como quem escolheu a opção 2 conseguiu se livrar de uma grande cilada.

Vou ficar apenas nesse exemplo de Cielo, mas, se você puxar pela memória, vai lembrar de várias empresas que foram ”ejetadas” do mercado ou ”bombaram” com decisões tomadas no curto prazo.

MONITORAR É FUNDAMENTAL

Como costumo dizer, comprar uma ação é (muito) fácil. É preciso apenas ter dinheiro em uma corretora e apertar o botão ”comprar” no seu home broker.

Porém, dizer que o processo de escolha de uma ação é fácil e que o ”curto prazo não importa” pode fazer com que você perca muito dinheiro.

Ter ganhos consistentes envolve agir como um profissional. Isso vale para um médico, para um atleta ou para o investidor de longo prazo em ações. Por isso, acompanhar o que acontece é fundamental.

Conte com a gente nessa jornada.

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