Fundos Imobiliários e Taxa Selic: qual a relação?

Fundos Imobiliários e a Taxa Selic

Na última semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia, a Taxa Selic, de 13,75% para 13,25%. A Selic estava no patamar de 13,75% desde agosto de 2022 e foi o primeiro corte desde o início do aperto monetário em março de 2021

 E como isso irá afetar a classe Fundos Imobiliários (FII)? Vão subir ou vão cair?

É exatamente isso que veremos no artigo de hoje. Confira! 

TAXA SELIC X FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Historicamente, existe uma forte correlação entre a taxa de juros e os FII. Essa correlação é conhecida no mercado como negativa, ou seja, quando um sobe o outro tende a cair.

Olhando para o gráfico de histórico da correlação entre os dois, podemos perceber claramente enquanto a Selic sobe, a rentabilidade dos fundos imobiliários tende e diminuir, e vice-versa.

Os dados do gráfico são de 2012, período que em temos dados mais robustos e confiáveis para fazer a comparação. Utilizamos também o índice de referência de desempenho da classe de fundos imobiliários, IFIX, para a análise.

 

PRECIFICAÇÃO DOS ATIVOS

Como os FII investem imóveis que são investimentos de longo prazo, ao qual estão sujeitos à variação de inflação e juros que impactam diretamente o setor de construção civil, os efeitos da correlação dos preços das cotas dos fundos imobiliários ficam ainda mais evidentes com as variações dos juros de prazos mais longos (juros futuros).

Por mais que exista uma correlação entre a Taxa Selic e os FII, o que precifica de forma mais assertiva os preços das cotas são os juros futuros. Em relação a esses últimos, a percepção de risco em relação ao que pode acontecer no futuro é que norteia a tomada de decisão dos investidores.

São estes juros os utilizados nos modelos de precificação dos ativos, inclusive, das ações.

Em relação à precificação dos FII e das ações, um dos modelos mais utilizados é o de fluxo de caixa descontado (DCF, imagem abaixo), no qual se projeta o fluxo o caixa do fundo imobiliário (ou da empresa), e traz esses fluxos à valor presente utilizando uma taxa de desconto. Dentro dessa taxa estão inclusos os juros futuros.

Analisando a fórmula, é fácil perceber que quanto maiores os juros, maior será a taxa de desconto e, consequentemente, menor será o valor presente dos fluxos, o que tende a corrigir os preços dos FIIs para baixo. Da mesma forma, se a taxa de desconto for menor, o valor presente dos fluxos será maior.

Por mais que haja maior correlação com os juros futuros, a Taxa Selic também influencia a precificação dos fundos imobiliários, visto que a taxa básica influencia os juros futuros. 

RENDIMENTOS

Da mesma forma, é possível fazer uma relação entre os FII e a Selic considerando o custo de oportunidade. Custo de oportunidade é o quanto você abre mão de ganhar ao tomar uma decisão de investimento.

A imensa maioria dos fundos pagam rendimentos mensais a seus cotistas. Esta renda é proveniente dos aluguéis e venda de imóveis investidos pelo fundo e eles são obrigados a distribuir no mínimo 95% de seu lucro, considerando o regime de caixa no semestre.

Quando a Selic está em um patamar relativamente baixo, a maioria dos investidores estão alocados em renda variável, pois os ativos de renda fixa acabam não entregando retornos atrativos. Nesses momento, ao analisarmos a rentabilidade dos fundos imobiliários, na maioria deles, apenas os rendimentos distribuídos superam com certa facilidade a rentabilidade de aplicações mais conservadoras.

Como exemplo, o gráfico abaixo apresenta a distribuição de rendimentos nos últimos doze meses do fundo imobiliário Kinea Renda Imobiliária, de código KNRI11.

A análise do gráfico acima nos permite concluir que o fundo KNRI11 distribuiu aproximadamente R$ 11,81 reais por cota aos seus cotistas nos últimos doze meses. Se consideramos o valor da cota de R$ 161,25, no fechamento do dia 31/07/23, temos um Dividend Yield anualizado de 7,32%. 

De forma geral, os investidores não gostam de assumir riscos. E, por isso, os fundos imobiliários são uma das melhores opções da renda variável para quem não tem apetite ao risco ou para quem está dando seus primeiros passos na Bolsa de Valores.

Os rendimentos garantem uma boa previsibilidade, enquanto a variação do preço das cotas tem uma volatilidade, em média, três vezes menor.

E a gente pode perceber isso olhando para a evolução do número de investidores em fundos imobiliários nos últimos anos. Mesmo diante de um cenário bastante desafiados com a pandemia, guerra da Rússia X Ucrânia, eleições e juros nas máximas, o número de investidores mais do que dobrou no período. 

Fonte: B3

Nesse momento, somos mais de 2,2 milhões de brasileiros investindo em FII, mais de 1% do total população brasileira (203 milhões).

CONCLUSÃO

O investimento em Fundos Imobiliários é uma das formas mais inteligentes de se investir em imóveis e ganhar uma renda mensal constante e crescente no longo prazo.

O brasileiro possui um histórico cultural com o investimento em imóveis. Como os fundos imobiliários possuem uma estrutura muito simples de operação, estudar e aprender sobre eles torna-se uma tarefa muito mais fácil para qualquer pessoa investir o seu dinheiro “suado” neles.

Além dos rendimentos mensais serem isentos de Imposto de Renda, é possível investir nos principais empreendimentos do Brasil em diversos setores (logísticos, corporativos, shoppings, entre outros).

Aliado a essas vantagens, os FII possuem menor volatilidade do que as ações e por isso são melhores opções também para quem quer começar sua jornada de investimentos na Bolsa de Valores.

DESEMPENHO DA CARTEIRA DE FIIS E REITS DA CAPITALIZO

Abaixo, segue o desempenho Carteira Capitalizo de FIIs e REITs desde Outubro de 2017 até hoje. Perceba que, nesse período, o nosso retorno é muito superior ao apresentado pelo IFIX:

Como escolher os melhores fundos para investir?

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Os fundos de investimentos podem ser alternativas interessantes para muitas carteiras. Entre suas vantagens estão a diversificação de ativos e a possibilidade de contar com gestão profissional especializada na administração do portfólio.

Contudo, é muito comum que os investidores fiquem em dúvida na hora de escolher os melhores fundos para investir. Faz todo o sentido. Afinal, existem muitos tipos e opções diferentes para conhecer e avaliar, certo?

A leitura deste artigo ajudará você a tomar decisões mais acertadas. Continue conosco e saiba quais são os critérios essenciais para avaliar ao investir em fundos e escolher as melhores oportunidades para a sua carteira!

Saber o que é e como funciona um fundo de investimento

O primeiro passo para escolher os melhores fundos de investimento do mercado não poderia ser diferente. É preciso saber o que é e como funciona este veículo de investimento.

Vale a pena, portanto, contextualizar brevemente o que são os fundos de investimentos, para que você possa entender o funcionamento deles e estar mais preparado para analisá-los.

De forma simples, o fundo é uma modalidade coletiva de investimento. É comum que ele seja comparado a um condomínio: formado por diversos investidores (chamados de cotistas), que contam com um gestor para investir e gerir o capital do grupo.

Os fundos diferem de acordo com seu tipo — os quais você conhecerá ainda neste conteúdo — e, ainda, com os métodos e estratégias da gestão. Por causa disso, eles podem apresentar particularidades em relação aos portfólios, à liquidez, aos prazos, aportes mínimos etc.

O funcionamento de cada fundo é explicado em um documento essencial — o regulamento. Ele traz as regras de gestão e as possíveis taxas cobradas, assim como a estratégia de investimentos adotada e os direitos e deveres dos cotistas.

Identificar seu perfil de investidor

Ficou claro para você o que é um fundo de investimentos? Ótimo! O segundo passo para ser capaz de escolher os melhores é identificar o seu perfil de investidor. Isso porque os fundos são muito variados entre si.

Dependendo da forma de gestão e da estratégia adotada, eles podem ser mais conservadores, moderados ou arrojados. Portanto, o investidor precisa avaliar seu próprio perfil antes de fazer suas escolhas.

Afinal, não é indicado que alguém conservador invista em fundos arrojados. Em uma situação assim, o capital aportado no fundo estaria exposto a maiores riscos e as oscilações poderiam causar insatisfação no investidor.

De outro lado, pessoas que tenham como foco a busca por melhores rentabilidades dificilmente terão interesse em aportar em fundos de caráter mais conservador – exceto, talvez, para alocar a reserva emergencial. Logo, comparar o seu perfil com o perfil do investimento é fundamental para fazer boas escolhas.

Guiar-se por objetivos

Além da abertura a correr riscos, outros elementos que estão relacionados ao perfil de investidor são os objetivos. É preciso considerá-los também na hora de avaliar os fundos de investimentos – especialmente em relação a prazos para resgates de cotas.

Alguns fundos apresentam liquidez maior, com possibilidade até mesmo de negociar as cotas diretamente na bolsa de valores (como é o caso dos fundos imobiliários). Em outros, o capital deve ficar investido até uma data de vencimento.

Há, ainda, aqueles que apresentam a possibilidade de resgates, mas que têm um período definido até que o dinheiro seja creditado na sua conta — podendo variar de alguns dias a alguns meses, por exemplo.

Considerando tais especificidades, é importante que o investidor tenha em mente que escolher os melhores fundos de investimentos significa optar por aqueles que se adéquam bem aos objetivos que se tem para o dinheiro investido.

Avaliar cada tipo de fundo

Os fundos de investimentos são organizados em diferentes tipos, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Então, a tarefa de escolher os melhores para o seu portfólio passa por compreender as especificidades de cada um.

Como você viu até aqui, as características dos fundos variam de acordo com o tipo de fundo. De modo geral, esta classificação ajuda o investidor a identificar em quais ativos o portfólio do fundo mantem um foco maior.

Veja mais informações sobre os principais tipos de fundo de investimentos do mercado:

Fundos de Renda Fixa

Como o nome sugere, os fundos desse tipo têm a maior parte do portfólio alocado em produtos de renda fixa — como títulos do Tesouro, Certificados de Depósito Bancário, Letras de Crédito, Debêntures etc.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Os FIIs procuram obter lucro no mercado de imóveis — seja com negociação de terrenos, construção, compra e venda de imóveis, aluguel de prédios comerciais etc. Além do investimento em imóveis físicos, os fundos também podem investir em títulos de renda fixa ligados ao setor e cotas de outros FIIs.

Fundos de Ações

Investir diretamente em ações única opção para quem deseja buscar por melhores resultados financeiros na bolsa de valores. Os fundos de ações compõem o seu portfólio, principalmente, com papéis de empresas de capital aberto no mercado financeiro.

Algo importante a se falar sobre eles é que podem ter estratégias variadas, já que a bolsa é dinâmica. Então, existem fundos com gestão passiva, que buscam manter as ações por mais tempo no portfólio, e aqueles com gestão ativa — que podem utilizar operações diversas para rentabilizar, como o long e short.

Fundos Cambiais

Quem deseja ter investimentos em moedas pode conseguir por meio de fundos cambiais.

Normalmente, o câmbio é uma das alternativas utilizadas com objetivo de proteção. Assim, estes fundos podem ser interessantes para quem busca proteger a carteira das oscilações cambiais – e da desvalorização do real frente a moedas estrangeiras.

Fundos Multimercados

Por fim, outro dos principais tipos de fundos de investimentos não apresenta uma estratégia fixa em relação ao seu portfólio. Os multimercados podem assumir decisões mistas em relação aos outros fundos.

Logo, como o nome indica, não há regras específicas para os multimercados em relação ao percentual mantido em determinados ativos. Ou seja, há maior flexibilidade neste tipo de fundo de investimento para composição da carteira.

Desta forma, é preciso avaliar o regulamento de cada fundo multimercado para entender melhor a estratégia utilizada pela gestão.

Conhecer os fundos disponíveis no mercado

O último passo para escolher os melhores fundos para sua carteira de investimentos é saber quais as opções disponíveis no mercado. Alguns fundos, por exemplo, são de capital aberto e estão constantemente recebendo novos aportes.

Outros são de capital fechado e abrem apenas em momentos específicos para novos aportes. Então, saber quais são os mais indicados para os seus objetivos depende também da etapa de identificar os fundos que estão disponíveis.

Uma maneira de identificar os fundos de investimentos abertos para aportes e avaliar quais as melhores opções para você é contar com suporte e análise profissional.

O Top Fundos de Investimentos, da Capitalizo, por exemplo, oferece a você as melhores análises e recomendações de Fundos de Investimentos. Seja seu foco o mercado imobiliário, de ações ou multimercado, você pode montar sua carteira com o suporte da Capitalizo e começar a alcançar os seus objetivos!

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Analistas Responsáveis

Danillo Sinigaglia Xavier Fratta, CNPI-T EM-1795

Daniel Karpouzas Barcellos, CNPI EM-1855

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