2 Ações para ficar de olho com a Selic em alta

Capas Blog 6

O cenário atual de juros no Brasil muito se difere daquele encontrado no início de 2021.

Após a Selic atingir sua mínima histórica, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deu início a uma das maiores sequências de alta de nossa taxa básica de juros, justamente para segurar a forte alta inflacionária observada por aqui.

Desde agosto de 2022, nossa Selic encontra-se novamente estacionada nos patamares de 13,75% a.a.

Porém, como é muito cedo para falarmos em baixa dos juros, esperamos que a Selic se mantenha em patamares elevados ainda por um bom tempo – o que é bom para investimentos que se beneficiam de juros mais altos.

COMO OS JUROS REFLETEM NAS AÇÕES?

Tudo bem que juros baixos são melhores para a economia, uma vez que eles estimulam a tomada de crédito para que as empresas invistam em seus negócios.

Por outro lado, a alta exagerada dos juros costuma refletir negativamente em setores de construção civil, locadoras de veículos e, principalmente, varejo, pois tende a reduzir o consumo.

Porém, há alguns setores que se beneficiam bastante com a Selic em alta. Um deles é o setor bancário, já que os bancos trabalham bastante com aplicações indexadas à taxa de juros e inflação.

Outro setor que absorve ainda mais a alta dos juros é o de Seguros, pois:

📌 Já é, por si só, um setor de rentabilidade elevada. Isso acontece em função das estruturas enxutas das seguradoras, o que permite que elas tenham elevadas margens e ROEs;

📌 Na maioria das vezes, o poder de barganha não está na mão do cliente e sim da prestadora do seguro. Isso é importante à medida que as seguradoras não têm dificuldade em elevar seus preços;

📌 As seguradoras, normalmente, recebem primeiro e pagam depois, conseguindo aplicar o valor do prêmio no mercado financeiro durante o tempo do contrato.

Sendo assim, as seguradoras possuem um modelo de negócio bem sólido em que uma leve alta nos juros pode rentabilizar ainda mais suas aplicações financeiras, sem atrapalhar suas gerações de receita.

Ou seja, além de ganhar dinheiro com suas operações de venda de seguros, eles conseguem gerar ganhos financeiros. E, como na maioria das vezes, esse valor fica aplicado em títulos atrelados a Taxa Selic, quanto mais ela subir, mais as seguradoras ganham.

Como nos últimos anos a Selic caiu, os ganhos financeiros das seguradoras caíram também. Os resultados não foram piores, porque as seguradoras aumentaram as receitas com vendas. No cenário de elevação de juros, elas voltam a ter maiores ganhos financeiros.

Além disso, o cenário atual é bastante favorável para algumas empresas já consolidadas no ramo aqui do Brasil, onde a busca por fontes complementares de aposentadoria cresce a cada dia, por exemplo. Por isso, mesmo com os juros subindo, não esperamos queda na captação das maiores seguradoras.

Dessa forma, com muitas seguradoras já tendo apresentado boa recuperação de seus resultados nos últimos trimestres, esperamos números e dividendos ainda maiores em 2023. É hora de aproveitar.

Confira, abaixo, 2 empresas do setor consideradas barganhas da bolsa.

BB SEGURIDADE (BBSE3)

A BB Seguridade é uma empresa de participação pertencente ao Banco do Brasil. Ela opera na venda de seguros, previdência aberta, títulos de capitalização e planos de assistência odontológica. Tudo através dos canais do Banco do Brasil, o que facilita bastante a captação de clientes.

Logo, esta é uma empresa de cunho mais defensivo, para aquele investidor que busca ganhos mais lineares somados a bons proventos. BBSE3 é uma ação que, mesmo que seu preço tenha recuperado parte dos impactos gerados pela pandemia em 2021, ainda pode ser considerada como uma “barganha” em nossa visão.

Primeiro porque é uma empresa que possui participação relevante em todos os mercados que atua, é bem gerida e sempre vem pagando bons dividendos.

Em seguida, seus resultados nos últimos trimestres já voltaram a demostrar o forte efeito que os juros altos causam em sua lucratividade. E, quanto mais lucro, mais retorno ao acionista no longo prazo.

PORTO SEGURO (PSSA3)

Sendo, atualmente, a 3ª maior companhia seguradora do país, a Porto Seguro é líder no ramo de automóveis e residências. E, detalhe: é líder de longa data num mercado extremamente competitivo e influenciado por taxa de juros.

A empresa possui cerca de 35 mil corretores independentes que distribuem seus produtos de seguros residenciais e de veículos com exclusividade na rede de agências do Itaú. Banco esse que inclusive detém uma participação de cerca de 30% das ações da empresa.

Falando de preço, a empresa segue a mesma linha da outra citada acima: Mesmo recuperado parte os impactos recentes, ainda está descontada, visto sua maciça presença no mercado e seus resultados em franca ascensão.

AFINAL, ESSAS AÇÕES ESTÃO BARATAS?

Temos, hoje, um cenário de juros em alta, o que beneficia as seguradoras sem causar maiores danos em suas receitas.

São empresas bem consolidadas no mercado nacional, possuem uma excelente gestão, distribuem bons proventos e ainda estão mal precificadas. Ou seja, tudo o que um investidor de longo prazo almeja: comprar ações de qualidade e, ainda por cima, descontadas.

Sem esquecer, claro, do forte pagamento de dividendos que essas empresas deverão fazer.

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