Um dos principais erros dos investidores de longo prazo é se agarrar em posições perdedoras.
Posição perdedora não significa, necessariamente, uma ação que esteja caindo, mas sim um ativo de uma empresa que não tem mais boas perspectivas para o longo prazo.
Em muito casos, entendemos que seja um pouco complexo, o investidor identificar essas ações/empresas, pois isso pode exigir um conhecimento profundo das companhias e seus mercados de atuação.
Porém, na maioria das vezes, existem mais chances do negócio não prosperar, do que continuar crescendo.
Exemplo não faltam: Oi (OIBR3), a Cielo (CIEL3) de 2017, as ações do setor educacional sem um FIES robusto, entre outros casos.
Sabendo isso, por que a maior parte dos investidores não ”estanca a sangria”?
O LADO EMOCIONAL
O grande problema é que a maior parte dos investidores não gosta de reconhecer que errou.
Além disso, mesmo reconhecendo o erro, o investidor tende a ”travar” e acaba não se livrando das empresas ruins.
Por isso, é importante deixar o ”coração” de lado e sempre agir da maneira mais racional possível.
Quando “bate no emocional”, os prejuízos costumam ser grandes.
NÃO DEU CERTO, MAS TODOS VÃO ERRAR
Assim como o maior investidor do mundo, Warren Buffett, se você errou em comprar alguma ação que não deveria, venda e parta para outra.
Inclusive, recentemente Buffett vendeu uma posição em companhias aéreas com prejuízo e reconheceu o seu erro.
Errar faz parte de qualquer atividade e, por melhor que sejamos, vamos errar. Isso vale para relacionamentos, no nosso trabalho e claro, para o mercado de ações.
Na Carteira Tiago Prux, por exemplo, já tivemos algumas empresas que foram retiradas justamente por perderem seus fundamentos. Essas retiradas ajudaram bastante no excelente retorno que a Carteira apresenta até hoje.
O investidor que se der ao luxo de não tirar as maças podres da carteira, pode em pouco tempo ter uma cesta cheia de maças podres. Se não deu certo, parta para outra.
O meu bolso e o seu agradecem.
CONHEÇA A CARTEIRA TIAGO PRUX
A Carteira Tiago Prux foi pensada e estruturada para você que segue a filosofia do Buy and Holde que quer se tornar um investidor global.
Com essa estratégia, bastam 10 minutos por mês para você manter sua carteira 100% atualizada e “à prova” de crises.
O que todo investidor de longo prazo mais deseja é manter suas ações em carteira durante vários anos. Porém, você já parou para pensar que, mesmo esse tipo de investidor pode, em algum momento, ter que vender suas ações?
Isso mesmo, ter que vender alguma ação também faz parte da vida do investidor de longo prazo. Não queremos dizer que é necessário ficar “girando a sua carteira”, pelo contrário. Mas em, alguns momentos, vender alguma ação será até importante para a proteção da sua carteira.
Em que situações a venda é necessária?
A característica mais importante do investidor de longo prazo é, além de escolher boas empresas, fazer o acompanhamento das mesmas e saber que, caso elas percam sua atratividade, talvez não faça mais sentido tê-las em carteira.
E não se engane, em algum momento isso vai acontecer. Mesmo os melhores investidores vão errar ou não escolher ativos não tão atrativos. A diferença entre um investidor profissional e um amador não é não errar, mas sim corrigir o erro.
Num primeiro momento, identificar a hora certa de vender suas ações pode parecer de difícil compreensão para quem apenas investe e não acompanha o mercado. Mas, para os profissionais que acompanham o dia a dia do mercado, essa se torna uma tarefa um pouco mais fácil.
A seguir, destacamos 3 motivos que podem deixar as ações menos atrativas, alguns exemplos de recomendações de venda que demos e o quanto conseguimos proteger os nossos clientes.
Perda de fundamentos
Você compraria ações de uma empresa que fabricasse máquinas de fax ou de escrever? Acreditamos que não.
Muitas vezes, os negócios das empresas perdem seus fundamentos, seja em função de mudanças políticas, econômicas ou mesmo de mercado. Nesses casos, qual o sentido de ter uma ação de uma empresa que perdeu seus fundamentos?
Perda de previsibilidade
É fato que não conseguimos adivinhar o que vai acontecer com um setor em específico e, muito menos, com o mercado em geral. Mas, quando acompanhamos as empresas que fazem parte da nossa carteira, é possível ter uma certa previsibilidade dos resultados que elas vão entregar.
Alguns fatores podem contribuir, como: um setor previsível, excelentes planos de negócio da empresa ou até um rápido crescimento do mercado que ela está inserida.
Por isso, a partir do momento em que essa previsibilidade deixa de existir, é importante manter o alerta ligado, pois empresas menores podem perder os fundamentos rapidamente. Nesses casos, a venda é quase que uma obrigação.
Mudanças estruturais no setor
O mercado está sempre mudando, isso é um fato.
Os setores estão sempre dando sinais de melhora e de mudanças, mas, quando um setor tem mudanças estruturais muito fortes e as empresas não estão preparadas para isso, é fácil perder a previsibilidade de resultados.
Por isso, é importante sempre ficar de olho em suas posições para ver se alguma empresa teve mudanças no setor e não está dando sinais de que vai acompanhar essas mudanças.
Alguns exemplos de venda
Para facilitar o entendimento, vamos comentar sobre a recomendação de venda em IRB (IRBR3), usando os conceitos acima.
Vale frisar que, olhando hoje, parecem casos óbvios de venda, porém, a maior parte dos investidores que estava no mercado nessas épocas não vendeu suas ações por não entender as mudanças nos cenários.
IRBR3 | IRB Brasil: ”A mentira tem pernas curtas”
Com certeza, o caso do IRB foi um dos mais emblemáticos casos que acompanhamos durante esses anos de mercado. Considerando que a empresa era um bom e lucrativo negócio, talvez tenha sido um dos casos bizarros da história da Bolsa de Valores.
Estávamos posicionados em IRB desde a época do seu IPO. Na verdade, IRBR3 foi um dos poucos IPOs no qual recomendamos entrada. Na época, o preço ajustado de reserva foi a R$ 7,27, e as ações estrearam no dia 31 de julho de 2017, com uma alta de 7,5% e o quarto maior volume da B3. A oferta movimentou em torno de R$ 2 bilhões, mas a demanda foi quase o dobro. A procura foi muito grande em função do potencial de crescimento da empresa e sua posição de liderança – com mais de 50% do mercado de resseguros aqui no Brasil.
Essa posição de liderança era uma das heranças da época que o IRB era uma estatal e, por mais de 70 anos, deteve o monopólio do mercado de seguros, que foi quebrado somente em 2007. Além disso, a empresa também atuava forte fora do Brasil, o que deixava o negócio ainda mais interessante.
Já sabíamos que resseguradoras não tinham margens tão elevadas quando comparávamos a algumas seguradoras, por exemplo. Porém, como a empresa era muito enxuta (tinha menos de 400 funcionários) e entendíamos que iriam realizar a venda de alguns ativos, como posições em shopping centers, por alguns anos, a empresa teria bons lucros, impulsionados por itens não recorrentes. Ou seja, ainda receberíamos bons dividendos.
Tínhamos um negócio simples de entender, e uma empresa bastante solícita aos nossos contatos, o que facilitaria o nosso acompanhamento futuro.
Os nossos problemas com IRB começaram no final de 2019, quando a nossa comunicação com a empresa começou a ficar bastante prejudicada – a companhia, que sempre foi muito solícita em nos atender, passou a raramente responder aos nossos contatos. Questionamentos sobre alguns contratos no exterior e a rentabilidade dos mesmo também não foram retornados.
Em fevereiro de 2020, após o episódio da Carta da Gestora Squadra, a comunicação simplesmente acabou. Para quem não se lembra desse episódio, a gestora redigiu um documento questionando o IRB em diversos pontos. Muitos desses pontos não foram surpresa para nós (como a questão do lucro ser turbinado pela venda de ativos), mas a forma com que a empresa tratou o caso aumentou ainda mais a nossa desconfiança.
A gota d’água foi o fático dia 4 de março de 2020, em que os gestores da empresa mentiram sobre a suposta posição que Warren Buffett (através da Berkshire Hathaway) teria no IRB. Apesar de não termos nada diretamente ligado aos resultados da empresa, era clara a perda de previsibilidade, pois os gestores do IRB estavam simplesmente mentindo.
Você seria sócio de uma empresa em que o CEO mentisse? Pois é, nós também não. Além disso, se eles estavam mentindo sobre isso, possivelmente poderiam ter mentido sobre várias outras coisas. Inclusive, nesse dia 4 de março, fizemos mais uma recomendação de venda das ações, alertando que qualquer previsão, projeção ou números apresentados pela empresa, infelizmente, estariam comprometidos e que não eram confiáveis.
Posteriormente, a empresa teve que republicar seus balanços e fazer uma série de mudanças, incluindo toda sua administração. No caso do IRB, a falta de previsibilidade acabou virando falta de fundamentos.
A nossa recomendação de venda das ações IRBR3 foi em R$ 34,43. Considerando a posição desde o IPO, nosso ganho total foi de 373%. Além disso, IRBR3 também fazia parte da nossa Carteira Dividendos+.
Considerando o preço atual (R$ 2,14), protegemos nossos clientes de uma queda de mais de 93%.
Como saber quais ações devo compra e vender no longo prazo?
Atualmente, temos 5 carteiras de ações com foco no Longo Prazo, utilizando a estratégia fundamentalista Buy & Hold: Carteira Dividendos +, Micro e Small Caps, Top Crescimento, Internacional (criada em 2020) e Tiago Prux. Em todas elas, o nosso investidor é avisado de qualquer passo que precisa ser dado e os momentos de compra e de venda de das ações. Abaixo, trago o desempenho das três mais procuradas pelos nossos clientes: Tiago Prux, Dividendos+ e Micro e Small Caps:
Importante: todas as Carteiras são de baixo giro, ou seja, com apenas 10 minutos por mês você conseguirá acompanhá-las e mantê-las atualizadas. Dessa forma, também são ideais para investidores que compram ações periodicamente.
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