Benjamin Graham, Warren Buffett e Peter Lynch: entenda as estratégias de cada um

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Quem deseja investir cada vez melhor com certeza se beneficia de conhecer a história de grandes investidores. Eles acumulam vasto conhecimento e experiência no mercado e, além disso, compartilham lições valiosas que podem ser aplicadas no dia a dia.

Nomes de grande destaque na bolsa de valores, como Benjamin Graham, Warren Buffett e Peter Lynch, construíram fortunas com investimentos em ações. Por isso, vale a pena explorar as técnicas que funcionaram tão bem para eles, não é?

A seguir, descubra mais sobre a história de cada um deles e conheça as estratégias que utilizam em suas carteiras. Continue lendo e confira!

As estratégias de Benjamin Graham

Para começar, vamos falar sobre o “pai do Value Investing” (ou investimento de valor), uma estratégia amplamente utilizada por outros grandes nomes que ainda serão citados neste artigo.

Quem foi Benjamin Graham

Graham era um jovem de origem judaica cuja família enfrentou dificuldades durante a guerra. Nesse contexto, ele buscou sustentar seus familiares e iniciou sua trajetória em Wall Street após se formar na faculdade.

Embora tenha começado em um cargo operacional, a capacidade analítica de Graham logo se destacou. Como resultado, ele foi promovido rapidamente, tornando-se sócio da empresa onde trabalhava aos 26 anos.

Além disso, Graham também lecionou e escreveu livros. Suas obras, Security Analysis e O Investidor Inteligente, são referências essenciais no mercado financeiro.

Sua carreira acadêmica se estendeu até os 62 anos, quando se aposentou da sala de aula. Por fim, Graham faleceu em 1976, aos 82 anos, por causas naturais.

Como Graham investia

Graham não apenas utilizava estratégias interessantes na bolsa — ele criou sua própria abordagem. Foi pioneiro do value investing, que consiste em identificar boas empresas a preços descontados.

Os resultados de seus investimentos foram notáveis, tanto em escolhas pessoais quanto na gestão de sua empresa, a Graham-Newman. Inclusive, um de seus princípios mais marcantes era o manejo de risco.

Ele sempre alertava que prever o mercado de ações é impossível. Dessa forma, via no value investing uma maneira de obter margem de segurança. Investir em empresas descontadas reduzia os riscos de desvalorização.

Além disso, Graham adotava uma postura conservadora, analisando empresas de qualidade para o longo prazo. A diversificação, segundo ele, era crucial para mitigar riscos na bolsa.

As estratégias de Warren Buffett

Após conhecer o mentor Benjamin Graham, explore agora a trajetória de Warren Buffett, considerado o maior investidor da bolsa de valores.

Quem é Warren Buffett

Warren Buffett, conhecido como o “Oráculo de Omaha”, é um dos investidores mais reconhecidos no mercado. Com efeito, ele acumulou resultados excepcionais ao longo de décadas, tornando-se uma lenda.

Desde jovem, Buffett aprendeu sobre investimentos com seu pai, operador da bolsa. Assim, sua primeira compra de ações ocorreu aos 11 anos.

Na faculdade, graduou-se em Economia e especializou-se com Benjamin Graham na Universidade de Columbia. Posteriormente, os dois trabalharam juntos por um período antes de Buffett fundar sua própria empresa.

Como Buffett investe 

Atualmente, Buffett continua investindo pela Berkshire Hathaway, empresa que gerencia. Seus relatórios de análise atraem enorme atenção no mercado. Assim como Graham, ele baseia sua estratégia no value investing.

Um diferencial de Buffett é a simplicidade de sua abordagem. Por exemplo, ele só investe em negócios que compreende, garantindo que sabe como a empresa gera receita antes de comprar suas ações.

Buffett também prioriza empresas que demonstram segurança na geração de fluxo de caixa, especialmente em períodos críticos da economia. Por outro lado, ele valoriza negócios com vantagens competitivas, garantindo sua sustentabilidade no longo prazo.

As estratégias de Peter Lynch

Por fim, Peter Lynch se destaca como um dos maiores gestores de fundos de todos os tempos. Confira os ensinamentos desse grande investidor.

Quem é Peter Lynch

Lynch, nascido em 1944, iniciou sua jornada no mercado financeiro ainda jovem, comprando ações e obtendo lucros interessantes. Mais tarde, especializou-se em História, Filosofia e Psicologia, além de concluir um MBA.

Em 1966, começou sua carreira em investimentos e, posteriormente, tornou-se gestor de um fundo de ações. Durante sua liderança, o Fidelity tornou-se um dos fundos mais rentáveis da história. Por isso, Lynch aposentou-se aos 46 anos para se dedicar à filantropia.

Como Lynch investe

A estratégia de Lynch, baseada no value investing, também inclui um diferencial: ele investia em empresas com alto potencial de crescimento.

Ele priorizava empresas menores, acreditando que poderiam oferecer retornos maiores. Além disso, buscava negócios que cuidassem bem do capital e valorizassem o retorno aos acionistas.

Outro ponto essencial em sua abordagem era a diversificação. Lynch provou que uma carteira diversificada pode oferecer grandes retornos.

O melhor de cada um 

Então, o que achou das estratégias de Benjamin Graham, Warren Buffett e Peter Lynch?

Na minha avaliação, combinar as características de cada um deles pode aumentar suas chances de sucesso no mercado.

Por exemplo, o conservadorismo e manejo de risco de Graham, a simplicidade de Buffett e o foco em diversificação de Lynch são princípios que sigo em nossas Estratégias de Investimentos.

Um abraço e ótimos investimentos!
Tiago

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Entenda a Estratégia da Carteira no vídeo abaixo:

 

A Lebre e a Tartaruga | Informativo da Carteira Tiago Prux

tartaruga e lebre

O maior jogador de basquete de todos os tempos, Michael Jordan, costuma dizer que “temos que ser fiéis aos nossos planos. Não existem atalhos.”

Jordan, mais do que ninguém, sabia que, para se alcançar bons resultados, era preciso estar preparado para isso. O próprio Jordan estreou na NBA na temporada 84-85 e foi ser campeão somente em 90-91.

Não que ele estivesse proibido de ser campeão logo no início, mas, mesmo o maior jogador da história, teve que esperar o seu tempo de maturação.

Ele não queria “queimar a largada” e sabia que, com trabalho e planejamento, as conquistas viriam.

No mundo dos investimentos, especialmente na Bolsa de Valores, muitos investidores acham que tudo é um “jogo de curto prazo”, onde ou se ganha dinheiro em pouco tempo, ou se deve logo desistir se os resultados não vierem.

Nessa linha, quero compartilhar um importante artigo em que falo sobre a importância da consistência e de se ter um plano para atingir seus objetivos: A Lebre e a Tartaruga.

Era uma vez… uma lebre e uma tartaruga. A lebre vivia caçoando da lerdeza da tartaruga. Certa vez, a tartaruga já muito cansada de ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida. A lebre, muito segura de si, aceitou prontamente.

Não perdendo tempo, a tartaruga colocou-se a caminhar, com seus passinhos lentos, porém, firmes.

Logo, a lebre ultrapassou a adversária, e vendo que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar. Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr. Já na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada, toda sorridente.

A Lebre e a Tartaruga é uma das Fábulas de Esopo, na qual, em uma improvável corrida, uma lenta tartaruga vence a veloz lebre. Talvez essa seja uma das fábulas que melhor definem os investidores, pois ela mostra, de maneira bem didática, que o que mais importa, é ter consciência e trabalhar persistentemente.

Não adianta ser mais rápido ou ter um talento natural, se essas qualidades não forem bem aproveitadas.

COMO ALCANÇAR BONS RESULTADOS?

Assim, normalmente, os investidores impacientes acreditam que o que vai fazer a diferença é acertar a ação que mais subiu, dando uma “tacada certeira” e depois “se aposentar”. Eles focam nos resultados e não na forma que irão alcançar eles.

Muitas vezes, essa tacada certeira realmente acontece. O investidor consegue comprar exatamente a ação que mais está subindo e que é a maior posição da sua carteira de ativos. Ou seja, o investidor acertou o alvo. No entanto, isso pode trazer a sensação para o investidor de que ele é imbatível.

Diversificar o seu portfólio e estudar não parecem mais fazer sentido para esse investidor.

Esse sentimento vai aumentando à medida que a ação continua subindo. Quanto mais ela sobe, mais certo ele está. No entanto, assim como no caso da lebre, que parou para cochilar, o investidor relaxa e, de uma hora para outra, as coisas começam a dar errado.

Aquela ação que era a “melhor do mundo” começa a desaparecer. No primeiro momento, o investidor tem certeza de que o mercado está errado, e que os “preços vão voltar”.

De forma alguma, ele vai confessar que errou em não fazer a diversificação da sua carteira de ativos e, agora, já é uma “questão de honra” manter aquela posição.

O tempo vai passando (semanas, meses) e, normalmente, o resultado é o mesmo: a tacada certeira, virou um mico que não sai do lugar. E, assim, como na fábula, ele viu todos aqueles investidores, que eram tolos e “lentos” e realizaram a diversificação das suas carteiras, passarem a sua frente.

Por melhor que seja uma empresa, ela pode virar um negócio ruim ou enfrentar problemas durante bastante tempo. Caso um desses cenários aconteça, é possível que seu preço fique longos períodos sem subir ou mesmo caindo. Logo, a diversificação é a chave.

Se você, investidor, realizar uma pesquisa rápida nas cotações de várias empresas, vai se surpreender que, muitas delas, que são ótimos negócios, já chegaram a ficar 5, 10 ou 15 anos, sem subir ou caindo.

VALE A PENA FOCAR NA “TACADA CERTEIRA”?

Nós, da Capitalizo, acreditamos que não. Não existem atalhos.

Para se ganhar dinheiro de forma consistente, ao longo do tempo, é preciso ter uma boa estratégia e uma carteira equilibrada/diversificada. É mais importante ter vários bons ganhos do que acertar uma ou duas vezes nas maiores vencedoras.

Vários gestores, por exemplo, acertaram a grande alta das ações de Magazine Luiza (MGLU3), mas erraram tanto em outras posições, que acabaram, literalmente, entregando todos os ganhos.

Não estamos dizendo que somos invencíveis ou que não erramos, mas até hoje não deixamos nenhuma tragédia acontecer.

Entendemos que é preferível ser a “lenta tartaruga”, que é focada e persistente e que vai passar a vida no mercado financeiro, do que a “veloz lebre” que, apressada e arrogante, poderá largar na frente, mas perderá a corrida.

Um abraço e ótimos investimentos!
Tiago Prux

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