A Usiminas tem caído bastante nos últimos tempos e, por isso, vários investidores começam a se perguntar se a ação não estaria “barata” e se não seria uma boa oportunidade para comprar USIM3 ou USIM5.
Porém, aqui na Capitalizo, não vemos a Usiminas como um bom investimento no momento.
E não é nada contra a empresa, ou contra quem trabalha ou investe nela. É apenas uma questão de metodologia.
Para ajudar você a tomar melhores decisões de investimento, hoje vamos mostrar 5 razões pelas quais não investimos na Usiminas! Acompanhe!
1 – Existem alternativas melhores no setor de siderurgia
Até a crise de 2008, as empresas de siderurgia estavam investindo para crescer indefinidamente. Porém, a crise de 2008 afetou muito o setor, com as receitas das empresas caindo pela metade de 2008 para 2009, sem recuperação total desde então.
Algumas dessas empresas conseguiram se adaptar melhor que outras para o futuro. O caso da Gerdau é um exemplo, pois hoje ela opera com mais opções, utilizando o mercado externo (especialmente os EUA) e investindo em setores como grafeno, materiais de construção e aços especiais.
A CSN e a Usiminas, por exemplo, ficaram para trás.
Infelizmente, a Usiminas apresenta uma combinação de fundamentos ruins no curto e no longo prazo.
Por isso, mesmo dentro desse setor, preferimos outros ativos, tanto pelos problemas internos da Usiminas quanto pela existência de opções mais atrativas no mercado.
2 – A Usiminas depende demais do mercado interno
A Usiminas depende muito do mercado interno brasileiro, algo que buscamos evitar ao máximo, conhecendo o Risco Brasil e os desafios constantes que nosso país enfrenta.
Para você ter uma ideia, apenas um quinto da receita da Usiminas vem de exportações, sendo a Argentina o principal destino delas, um país que também não possui uma economia confiável.
3 – A perspectiva futura do minério de ferro não é ideal
Embora o minério de ferro possa subir, dificilmente essa alta será como nos últimos 20 anos, quando o boom imobiliário chinês causou uma demanda gigantesca por essa commodity e injetou muito dinheiro no caixa das empresas do setor.
Além disso, a Usiminas trabalha com minério de qualidade inferior, o que torna seus preços mais baixos e a coloca fora das primeiras opções de fornecedores de muitos clientes.
4 – China pressiona o mercado
No momento em que escrevemos este artigo, a China tem uma sobreoferta de aço que está sendo colocada no mercado internacional.
Com um competidor deste tamanho vendendo mais de seu produto, é normal que isso pressione os resultados das empresas do setor. E é exatamente o que está acontecendo com a Usiminas.
A oferta de aço chinês está reduzindo a margem da siderúrgica brasileira – e essa situação deve persistir por mais algum tempo.
5 – Custos elevados e dólar alto
Se tudo isso não bastasse, a Usiminas ainda se mostra incapaz de reduzir seus custos, que continuam elevados.
A empresa tem falhado em orçamentos, como nas reformas dos alto-fornos, e o dólar alto tem aumentado os custos da companhia, prejudicando os resultados no curto e no longo prazo.
Mas e aí, no que investir?
Como você pode ver, a Usiminas está em uma situação difícil e, para justificar uma compra, a empresa precisaria melhorar bastante, mesmo nos preços atuais.
Nossa ideia para o setor de metalurgia, siderurgia e mineração é procurar empresas com maior capacidade de repassar preços e com melhor controle de custos.
Nossa principal recomendação para esse setor foi feita em março de 2021 e, de lá para cá, a Usiminas caiu 61%, enquanto a ação que recomendamos subiu 55%.
Em 2024, a Usiminas acumula uma queda de 33%, enquanto nossa recomendação está subindo quase 100%.
Essa empresa continua sendo muito mais interessante que a Usiminas, tanto pela valorização das ações quanto pelo pagamento de dividendos.
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