Ranking: Os Fundos Imobiliários mais Pagadores de Dividendos

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Em busca de renda passiva na Bolsa de Valores? No artigo especial de hoje, trazemos a lista dos 10 Fundos Imobiliários que mais pagaram proventos nos últimos 12 meses.

Além disso, explicamos os cuidados que todo investidor deve ter ao avaliar o indicador DY (Dividend Yield) e por que alguns desses rendimentos apresentados não devem se repetir nos próximos trimestres.

Confira!

DIVIDEND YIELD: COMO FUNCIONA?

O Dividend Yield é um indicador muito utilizado para mostrar o retorno com o recebimento de proventos. No caso dos Fundos Imobiliários, esses proventos podem ser provenientes de aluguéis ou recebimento de juros de títulos de renda fixa, por exemplo.

Abaixo, segue a fórmula de cálculo do Dividend Yield:

calculo dividend yield

Dessa forma, temos o retorno percentual de proventos (dividendos e/ou juros sobre o capital próprio) que o Fundo pagou nos últimos 12 meses.

Por exemplo, se um Fundo Imobiliário estivesse custando, hoje, R$ 100 na Bolsa e se tivesse pagado R$ 10 nos últimos 12 meses em dividendos, o Dividend Yield seria de 10%.

O RANKING

Realizamos um estudo com o rendimento dos Fundos Imobiliários presentes no IFIX. Na lista, consta o retorno de cada um, considerando a distribuição de proventos e a valorização das cotas negociadas na Bolsa.

Os fundos estão ordenados de forma decrescente de acordo com o rendimento apresentado na distribuição de dividendos nos últimos 12 meses em relação ao preço de mercado, com fechamento em 06 de março de 2023:

Nome

Código

Dividend Yield

HECTARE CE

HCTR11

19,38%

NCH BRASIL RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS

NCHB11

19,18%

RIZA AKIN

RZAK11

18,49%

URCA PRIME RENDA

URPR11

17,96%

CRI INTEGRAL BREI

IBCR11

17,76%

DEVANT RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS

DEVA11

17,06%

RIO BRAVO CRÉDITO IMOBILIÁRIO HIGH GRADE

RBHG11

17,01%

VERSALHES RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS

VSLH11

16,98%

POLO CRÉDITO IMOBILIÁRIO

PORD11

16,83%

CARTESIA RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS

CACR11

16,78%

Fonte: Dados dos Fundos

CUIDADOS AO USAR O INDICADOR

É muito importante ressaltar que o desempenho passado não é garantia de ganhos futuros. Ou seja, os ganhos tanto de dividendos, quanto de valorização das cotas podem não se repetir. E essa tabela, inclusive, reflete muito bem essas citações.

Todos os FIIs presentes na tabela pertencem ao segmento de recebíveis imobiliários. Ou seja, esses fundos investem seus recursos em certificados de recebíveis imobiliários, os chamados CRIs.

Boa parte desses FIIs possuem, em seus portfólio, muitos CRIs cujas rentabilidades são atreladas a índices de preços (IPCA, IGP-M, etc.). Portanto, esses fundos acabaram se beneficiando muito do momento de alta inflacionária atual, já que isso potencializou a geração de rendimentos de seus papeis e, consequentemente, a distribuição de rendimentos dos fundos.

Entretanto, essa disparada inflacionária não deve se repetir tão breve, uma vez que se trata dos muitos desdobramentos gerados pela pandemia. Ainda existe outro fator essencial: O Banco Central não vem medindo esforços para amenizar essa disparada de preços, tendo realizado várias rodadas de aumento da Selic ao longo dos últimos dois anos.

Portanto, esse é um exemplo clássico de que, muito provavelmente, esses ótimos dividendos promovidos por esses CRIs – e, consequentemente, pelos FIIs que os detêm – podem não se repetir. Pelo menos, não tão cedo.

Ainda, podemos citar vários outros exemplos que podem acabar distorcendo o valor do Dividend Yield. Há casos em que ocorre a venda de um ou mais imóveis de um fundo, e a equipe de gestão, portanto, decide por potencializar a distribuição de proventos com o possível lucro gerado no negócio.

Isso acaba elevando o patamar do yield de forma isolada e pode implicar em análise errada por parte do investidor, que acaba não percebendo que se tratou de um caso extraordinário e não recorrente.

CONCLUSÃO

Os exemplos acima ilustram a importância de não utilizar indicadores como o Dividend Yield de maneira isolada. Afinal, olhando o Yield dos FIIs citados é possível ter a impressão de que é uma boa oportunidade – o que, na nossa avaliação, pode não ser verdade.

Antes de recomendarmos um Fundo Imobiliário, fazemos uma ampla pesquisa e análise que leva em conta diversos fatores, tais como: qualidade e transparência da gestão, localização dos imóveis, histórico do fundo, vacância, contratos de locação e diversos outros itens.

Além disso, sempre recomendamos que o investidor tenha uma carteira diversificada, o que minimiza riscos e pode maximizar os ganhos em longo prazo.

POR QUE INVESTIR EM FUNDOS IMOBILIÁRIOS?

O investimento em Fundos Imobiliários é uma das formas mais inteligentes de investir em imóveis. Além dos rendimentos mensais serem isentos de Imposto de Renda, é possível investir nos principais empreendimentos (logísticos, corporativos, shoppings, entre outros) e títulos de renda fixa, atrelados ao mercado imobiliário, do Brasil e do mundo, através do REITs americanos.

Desempenho da Carteira Capitalizo de FIIs e REITs

Abaixo, segue o desempenho Carteira Capitalizo de FIIs e REITs desde Outubro de 2017 até hoje. Perceba que, nesse período, o nosso retorno é muito superior ao apresentado pelo IFIX:

 

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