No pregão desta terça, os principais mercados globais fecharam em alta.
No Brasil, o Ibovespa subiu +0,56%, aos 137.546 pontos. Já nos Estados Unidos, o S&P500 subiu +0,58%, batendo 5.970 pontos.
Dentre os destaques do pregão, as ações da Petrobras (PETR4), caíram -0,27%, fechando o dia em R$ 30,18.
Ao contrário de outras petroleiras que tiveram boas altas, puxadas pela alta do petróleo, a Petrobras caiu, impactada pelo anúncio de redução em -5,6% nos preços da gasolina.
O valor cairá R$ 0,17, passando de R$ 3,02 para R$ 2,85 por litro. Com a mistura obrigatória de etanol anidro, a participação da Petrobras no preço da gasolina C ao consumidor será de R$ 2,08, uma redução de R$ 0,12 por litro.
Esta é a primeira alteração no preço da gasolina em 2025 e a primeira desde julho de 2024.
Já o diesel teve três reduções este ano, sendo a mais recente em 5 de maio, com um corte de -4,66% (R$ 0,16 por litro).
A presidente da estatal, Magda Chambriard, já havia sinalizado possíveis quedas nos preços caso o petróleo continuasse em baixa.
Redução de preços é boa para os acionistas de Petrobras?
Ontem, eu fiz um vídeo comentando do Grande Risco de Investir em Ações. Nele mostrei que o principal desafio para o investidor é ter uma Carteira que consegue se proteger dos danosos efeitos da inflação.
Uma das técnicas mostradas é a compra de ações de empresas que conseguem repassar o aumento dos custos, através da elevação dos preços. Isso garante a manutenção das margens e dos resultados das companhias.
Quanto maior o poder de barganha das empresas e maior o repasse dos custos, melhor para o investidor que não sofrerá com a redução do pagamento de dividendos.
Esse anúncio da Petrobras vem diretamente ao encontro do tema central do vídeo e traz à tona uma velha questão: será que é bom para o acionista de Petrobras uma redução de preços, sem que necessariamente os custos da empresa tenham diminuído?
Sabemos que é uma pergunta retórica, pois a Estatal não tem o lucro como principal objetivo.
Dessa forma, quem tem ações da Petrobras está literalmente aceitando que a empresa diminua as margens e, consequentemente, o pagamento de dividendos. Você realmente acha que isso faz sentido?
Nós temos certeza que não.
Um abraço e bons investimentos
Tiago