No pregão desta quinta-feira, as principais bolsas fecharam em baixa.
No Brasil, o Ibovespa caiu -0,56%, aos 136.236 pontos. Já nos Estados Unidos, o S&P500 apresentou uma baixa de -0,53%, fechando o dia em 5.939 pontos.
Dentre os destaques do pregão da B3, as ações da Suzano (SUZB3) dispararam +6,3%.
A forte alta veio após o anúncio da criação de uma joint venture (JV) com a Kimberly-Clark avaliada em US$ 3,4 bilhões, assumindo 51% da nova empresa por US$ 1,73 bilhão. A empresa poderá comprar os 49% restantes em até três anos.
A JV inclui 22 fábricas em 15 países e marcas como Kleenex e Scott, com licença de uso por 30 anos.
O negócio marca a entrada mais relevante da Suzano em produtos de maior valor agregado, reduzindo sua dependência da celulose – e já era um movimento esperado, em função dos últimos anúncios da empresa.
Ressalta-se que essa operação não deverá trazer impactos relevantes nos atuais níveis de alavancagem da companhia.
O mercado não entende a Suzano (SUZB3)
Suzano é outro exemplo de empresa/ação mal compreendida pelo mercado e pela “Faria Lima”.
Se, por um lado, a companhia apresenta um nível de alavancagem elevado, o que pouca gente entende é que o setor se encontra no melhor momento da sua história, com forte demanda e (incríveis) perspectivas fundamentadas por alguns fatores:
- Crescimento da classe média da China e da Índia, demandando uma quantidade gigantesca de celulose;
- Substituição do uso do plástico por papel – na França, por exemplo, alguns alimentos não podem ser embalados com plástico;
- Crescente aumento do e-commerce pelo “mundo afora” – você já deve ter percebido a quantidade de papel que é usado nos seus pedidos na Amazon ou no Ifood, né?
Ou seja, Suzano decidiu alavancar para crescer, pois não tem o menor problema em vender o que produz.
Quantas empresas poderiam “dizer” a mesma coisa? Pouquíssimas.
Além disso, a produtividade brasileira é imbatível. O segundo país mais produtivo em celulose, o Chile, possui 40% da produtividade em pinus.
Esqueça minério de ferro (VALE3), soja, milho ou algodão: a celulose é a melhor commodity “tupiniquim”. Suzano terá, nos próximos anos, um crescimento ainda maior na receita, geração de caixa e dividendos.
Você realmente vai ficar de fora disso tudo? Nós, com certeza, não!
Um abraço e bons investimentos
Tiago