Você sabia que não é preciso manter todos os seus investimentos expostos apenas ao mercado brasileiro?
É possível investir no exterior incluindo na sua carteira empresas ou ativos com lastro internacional.
Assim, torna-se viável participar dos lucros de grandes companhias que não têm sede no Brasil — ou até mesmo de brasileiras que, por algum motivo, optaram por abrir capital no exterior.
Existem diversas alternativas para quem deseja diversificar em outros países sem sair do Brasil.
Então, que tal saber um pouco mais sobre o assunto?
Neste conteúdo, você verá os motivos pelos quais pode ser interessante fazer escolhas internacionais e também conhecerá algumas maneiras de colocar esta estratégia em prática e diversificar seu portfólio. Confira!
Por que vale a pena investir em ações internacionais?
Existem algumas razões significativas para pensar em adquirir ações internacionais. Uma delas é a possibilidade de diversificar e diluir ainda mais os riscos da sua carteira.
O ideal é que eles sejam diversificados ainda no mercado nacional – e que as ações internacionais sejam um complemento dessa estratégia.
Por exemplo, investindo em empresas de setores diferentes na bolsa brasileira você evita se expor apenas ao risco de uma mesma companhia ou setor de atuação.
Entretanto, a diversificação fica limitada se o investidor opta por ter apenas ativos brasileiros.
Afinal, a carteira que está ligada a um só país e acaba ficando vulnerável às oscilações causadas por acontecimentos que impactam ambiente interno.
A diversificação em ações internacionais permite encontrar maior equilíbrio, pois alguns investimentos não estão diretamente relacionados ao Brasil.
Além disso, realizar investimentos estrangeiros pode ser interessante para obter maiores resultados — como no caso de investir em grandes empresas internacionais.
Muitos países têm economias e bolsas de valores mais dinâmicas do que a nossa.
Vale destacar, ainda, que países com economias mais estruturada e forte costumam apresentar maior resiliência em crises e se recuperam mais rapidamente.
Logo, uma carteira internacional também lhe favorece nesse ponto. Por exemplo, veja o gráfico abaixo:
Ele ilustra, justamente, esse ponto. De setembro de 2020 a dezembro de 2024, o índice americano rendeu 93,18% contra a valorização de 27,80% do Ibovespa.
Ou seja, enquanto aqui no Brasil ainda estávamos passando por uma crise, o mercado americano (representado pelo S&P500) já estava se recuperando.
Essa é a importância de ter investimentos fora do país.
Como investir em empresas estrangeiras no Brasil?
Você ainda não sabia que é possível investir em ações internacionais no Brasil? Na verdade, existem várias opções.
Uma alternativa para fazer investimentos diretamente nas bolsas internacionais é abrir uma conta em instituições do exterior.
Contudo, ela pode não ser a melhor opção, já que envolve extensa burocracia e custos.
Abrir uma conta no exterior significa que você precisa seguir as regras de dois países.
Afinal, é preciso cumprir a lei brasileira e também conhecer as normas do outro local. Também há questões tributárias próprias — além de eventuais dificuldades em relação ao idioma e ao câmbio.
A boa notícia é que existem opções melhores aqui mesmo, no mercado brasileiro.
Na própria B3 você pode ter acesso a investimentos com lastro internacional e consegue participar dos resultados de empresas estrangeiras. Confira como fazer isso!
ETFs expostos a índices do exterior
O ETF ou Exchange-traded fund é um tipo de fundo de investimento que visa replicar determinados índices econômicos.
Um exemplo bastante popular entre brasileiros é o fundo que replica o Índice Ibovespa — indicador central da bolsa de valores do Brasil.
Entretanto, não são apenas os índices brasileiros que figuram como protagonistas dos ETFs.
Também existem fundos de índices que focam em replicar indicadores internacionais. É o caso do ETF que tem como objeto o S&P 500 — índice que reúne 500 das maiores empresas listadas nos EUA.
Assim, ao adquirir cotas de um ETF desse tipo – como o SPXI11 – você se expõe ao mercado norte-americano e associa sua carteira de investimentos ao maior ambiente de renda variável do mundo.
Ou seja, os ETFs criam a possibilidade de se expor ao mercado internacional sem muitas burocracias, podendo investir diretamente pela B3.
Mas, também vale lembrar que dada a administração passiva desse tipo de fundo, no longo prazo eles tendem a ter uma rentabilidade menor.
Fundos de investimento com exposição internacional
Os fundos de investimentos, especialmente os de ações e os multimercados, também podem apresentar exposição a ações internacionais no seu portfólio.
Ainda que mantenham parte significativa de seus ativos no Brasil, uma porcentagem pode estar ligada a outros países.
Então, eles representam mais uma forma de você ter lastro em ativos internacionais sem sair do Brasil e sem precisar enfrentar a burocracia de abrir uma conta no exterior. Basta adquirir as cotas dos fundos de sua preferência.
Cada fundo de investimento tem uma lâmina com as informações básicas.
A partir dela, o investidor consegue saber qual é a estratégia utilizada pela gestão e como se dá a exposição a outros mercados. Também é possível avaliar qual é o nível de risco do fundo.
BDRs e Stocks
Uma alternativa válida para diversificar sua carteira em ações internacionais é por meio dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts).
Eles são certificados de ações que têm lastro em ativos de companhias estrangeiras — ou brasileiras que abriram capital no exterior.
Originalmente, as ações são negociadas em bolsas de valores de outros países (como as bolsas norte-americanas).
Então, instituições financeiras do Brasil adquirem os papéis internacionais e vendem na bolsa brasileira os certificados lastreados neles.
Para servir de exemplo, confira o retorno das BDRs da Apple (AAPL34) que, nos últimos 5 anos, acumularam ganhos de 454,62% contra apenas 27,80% do Ibovespa.
Já as Stocks são as ações das empresas americanas listadas nas próprias bolsas dos Estados Unidos.
Basicamente, elas funcionam da mesma forma que aqui no Brasil. A grande diferença é a enorme liquidez que abrange todo o mercado americano, que não seria diferente no mercado acionário.
Ou seja, para investir diretamente nas Stocks, você precisa abrir uma conta numa corretora dos EUA e fazer o câmbio do seus aportes para dólar sempre que for comprar alguma Stock.
Vale lembrar que ter dinheiro fora do país envolve fazer a declaração do IR tanto aqui no Brasil como lá nos Estados Unidos.
Conclusão
Neste post, você conheceu as quatro principais formas de se expor a ações internacionais sem sair da bolsa de valores brasileira.
Investir por meio dessas alternativas é prático e reduz riscos, pois não é necessário lidar com as complexidades de instituições estrangeiras.
No entanto, lembre-se de que essas opções fazem parte da renda variável, sendo mais adequadas para investidores de perfil moderado ou arrojado.
Entender os riscos de cada alternativa é fundamental antes de tomar qualquer decisão.
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