O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um avanço de 0,80% em setembro em relação ao mês anterior, conforme dados dessazonalizados divulgados nesta quinta-feira (14/11).

Esse resultado superou as expectativas de mercado, que apontavam para um crescimento de 0,50%, e levou o índice a fechar o terceiro trimestre com crescimento de 1,1%.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve uma alta de 5,1%, e no acumulado dos últimos 12 meses, o índice registrou um crescimento de 3,0%, conforme os números observados.

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no 3T24, representando um crescimento de +8,3% em relação ao ano anterior.

A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 1,2 trilhão (+13%), com destaque para o segmento agro, que avançou +13,7%.

Contudo, as provisões subiram +34,2%, e a inadimplência aumentou para 3,3%, influenciada pelo setor agro.

O guidance para provisões foi revisado para cima, enquanto o retorno sobre o patrimônio caiu ligeiramente para 21,1%. Apesar da solidez, o crescimento nas provisões e inadimplência limitam o otimismo.

A Tupy (TUPY3) divulgou lucro líquido de R$ 50,3 milhões no 3T24, representando uma queda de -66,4% em comparação com o 3T23.

A receita líquida totalizou R$ 2,8 bilhões, com uma redução de -7%, impactada pelo pior desempenho no mercado externo, que registrou queda de -19,7%, refletindo uma menor demanda por veículos comerciais e um desempenho abaixo do esperado em aplicações off-road.

No mercado interno, houve crescimento de +19,8%. A MWM se destacou com crescimento de dois dígitos, ajudando a compensar a queda nas vendas físicas.

A taxa de câmbio favorável e iniciativas internas de redução de custos e ganhos de eficiência ajudaram a manter as margens operacionais.

O índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos registrou um aumento de +0,2% em outubro, mantendo a mesma variação observada em setembro, conforme os dados ajustados sazonalmente divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA nesta quarta-feira (13/11).

O resultado ficou em linha com as expectativas do mercado, que também previa uma alta de 0,2% na comparação mensal, segundo o consenso de analistas da LSEG. Em termos anuais, a inflação acumulada foi de 2,6%.

A Eneva (ENEV3) divulgou receita líquida de R$ 2,58 bilhões no 3T24, um crescimento de +8,4% em relação ao ano anterior.

O resultado positivo foi impulsionado pelo aumento do despacho em quase todos os seus ativos térmicos, atendendo tanto a exportações quanto ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e ao Sistema Isolado de Roraima.

O lucro líquido foi de R$ 102,7 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 86,9 milhões do 3T23. A empresa destacou ainda a geração de caixa operacional recorde de R$ 1,27 bilhão, um aumento de 36%.

A alavancagem foi reduzida para 3,53x, com perspectiva de queda no 4T24, em função da conclusão do Follow On e da aquisição dos ativos termelétricos do BTG.

A Raízen (RAIZ4) registrou uma receita líquida de R$ 72,9 bilhões no 2T25 (equivalente ao 3T24 do calendário convencional), representando um avanço de +23% em relação ao ano anterior.

O crescimento foi impulsionado pelos maiores volumes e preços de açúcar e etanol, além de um bom desempenho nos volumes e preços de combustíveis no segmento de Mobilidade. No açúcar, as vendas aumentaram com preços 6% mais altos e volumes 35% maiores.

No etanol, os volumes vendidos cresceram 7%, apesar de preços menos favoráveis. O etanol de segunda geração (E2G) teve um crescimento expressivo de +74%, alcançando 15 milhões de litros produzidos.

No entanto, a companhia registrou um prejuízo de R$ 96,7 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 181,3 milhões no mesmo período do ano anterior.

O prejuízo foi causado pelas margens reduzidas no segmento de Mobilidade e por uma maior despesa contábil com imposto de renda.

A Ferbasa (FESA4) reportou uma receita líquida de R$ 597,7 milhões no 3T24, um crescimento de 8,5% em relação ao ano anterior, impulsionada pela alta do dólar (+13,4%) e pelo aumento no volume de vendas (+3,4%), principalmente no mercado externo.

A produção de ferroligas totalizou 76,3 mil toneladas, com destaque para as ligas de silício (+16%), e a planta metalúrgica operou a 85,2% de sua capacidade instalada.

O lucro líquido foi de R$ 103,6 milhões, uma alta de 38,9%, apontando para um possível ponto de inflexão em um cenário mais favorável para a companhia.

As vendas no varejo brasileiro aumentaram 0,5% em setembro, após a queda de 0,2% registrada em agosto. No entanto, o resultado ficou abaixo da expectativa de 1,1% de alta, conforme pesquisa da Reuters.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas avançaram 2,1%, abaixo da projeção de 3,7%.

No acumulado do terceiro trimestre, o setor registrou um crescimento de 0,3% nas vendas, mostrando uma desaceleração em comparação aos 1,5% e 2,7% observados nos trimestres anteriores.