O P/L é uma fórmula que estima o tempo que as ações levarão para “devolver” ao investidor o valor pago por ela, levando em conta que a empresa mantenha os seus lucros.
Portanto, serão necessários cinco anos para ter o retorno do investimento.
O P/L é um indicador amplamente utilizado, em função da facilidade do cálculo e pela possibilidade de comparação com outras empresas.
Quanto mais elevado ele for, maior será a disposição do mercado em pagar pelos lucros da companhia. E pode indicar também que o mercado tem expectativas altas para o papel.
Por outro lado, um P/L baixo pode mostrar que o mercado não está tão confiante em relação às ações da empresa.
Porém, pode indicar também que aquela ação pode ser uma boa oportunidade que ainda não foi percebida pelo mercado.
Além disso, é importante ressaltar que alguns analistas e investidores trabalham com o conceito do P/L esperado, no qual incluem a previsão de lucro dos 12 meses seguintes.
Antes de tudo, é importante frisar que o indicador Preço Lucro não deve ser analisado de forma isolada. O ideal é sempre utilizá-lo em conjunto de outros indicadores.
Além disso, não recomendamos utilizá-lo fazendo comparações com ações de diferentes setores.
Por fim, vale a pena comentar que o indicador P/L pode ser um bom termômetro sobre a confiança dos investidores.
Porém, não necessariamente é um indicador preciso na avaliação da saúde financeira das companhias.
A Cyrela foi fundada na cidade de São Paulo em 1962. Até hoje, a companhia mantém uma posição de liderança na indústria de construção civil.
Ela atua em todas as etapas do negócio imobiliário, por meio de um modelo integrado e verticalizado que compreende as atividades de incorporação, construção, vendas e serviços.
A Cyrela é a marca que assina os empreendimentos residenciais de alto padrão e luxo, em diferentes regiões do Brasil, atuando de forma autônoma ou por meio de parcerias.
Além da Cyrela, também há outras duas marcas.
A Living, presente no grupo desde 2007, tem suas atividades direcionadas para a incorporação de edifícios residenciais de médio padrão em todo o Brasil.
Por fim, há a Vivaz, que atua no segmento econômico, em parceria com o Programa Casa Verde Amarela.
Quanto ao setor de construção como um todo, este vem sofrendo bastante nos últimos meses, em função dos aumentos dos custos (consequência da inflação) e dos juros mais elevados.
As ações de CYRE3 acumulam alta de 18% nos últimos doze meses. Portanto, o P/L da companhia só não está mais reduzido que os 7,9x atuais, justamente porque houve essa boa valorização.
MARFRIG (MRFG3)
A Marfrig é a segunda maior produtora de proteína no mundo, com foco exclusivo em carne bovina e ovina.
Para termos melhor noção de sua representatividade global, cerca de 70% de suas receitas vêm das operações na América do Norte.
E dos 30% restantes, grande parte se distribui à América do Sul como um todo, não somente Brasil.
A empresa tem capacidade para mais de 33 mil abates por dia, com pouco menos da metade vindo do Brasil (16 mil cabeças) e outros 40% vindo dos Estados Unidos (13 mil).
Quanto aos resultados, a Marfrig vem surfando uma boa onda atravessada pelo setor de proteína animal, impulsionado por uma maior demanda vinda especialmente de países asiáticos, e melhores preços.
Esta é uma das razões do baixo nível de P/L obtido, na casa de 1,1x, dado os bons números de lucro gerado.
Além disso, também há efeito do preço das ações, que vem acumulando queda de quase 51% nos últimos doze meses.
TAURUS (TASA4)
Sediada em São Leopoldo/RS, a Taurus é uma empresa estratégica de defesa com presença consolidada nos mercados de armas no Brasil e, especialmente, nos EUA.
A companhia conta com diversos modelos de pistolas e armas táticas, empregando mais de 2,1 mil funcionários e com exportação para mais de 100 países.
A companhia vem se aproveitando do forte mercado norte americano nos últimos anos, para potencializar suas vendas e geração de lucro.
Fato é que, por mais que haja um número expressivo de vendas no Brasil, mais de 70% das receitas da Taurus advêm dos EUA.
Além disso, cabe destacar a mudança completa realizada no modelo de gestão da companhia.
Ele vem se mostrando muito eficiente, com redução considerável das dívidas, aumento de eficiência de produção, gestão de custos e despesas, e principalmente um foco direto na melhoria da qualidade dos produtos.
Os bons resultados recentes e a queda no preço das ações de TASA4 também atestam o baixo nível de P/L para a companhia. Os papéis acumulam queda de 30% em 12 meses.
PETROBRAS (PETR4)
A Petrobras é uma empresa estatal brasileira, sendo considerada como uma das maiores do mundo, estando presente em cerca de 19 países de cinco continentes.
Atualmente a companhia é líder mundial no desenvolvimento de tecnologia avançada para a exploração petrolífera em águas profundas e ultra profundas.
Com o preço do petróleo nas alturas, portanto, a companhia vem atravessando um dos melhores períodos de sua história, no tocante a resultados.
Com isso, não somente houve boa valorização de seus papéis, como também o pagamento de dividendos nos últimos meses, que foi, digamos, muito bem “turbinado”.
Os altíssimos níveis de lucro, portanto, explicam o porquê ainda assim o P/L se encontra tão baixo (1,6), já que o retorno acumulado total de PETR4 beira o 23% nos últimos doze meses.
O grande problema de Petrobras, no entanto, está nos maiores riscos de ingerência, já que há grande probabilidade de interferências governamentais, ainda mais em período de alta inflacionária.
METALÚRGICA GERDAU (GOAU4)
A Metalúrgica Gerdau é a Holding que controla a Gerdau S.A, à qual iniciou suas operações em 1901 ainda como uma fábrica de pregos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Entre a fundação e o final da década de sessenta, as atividades foram expandidas para diversos serviços e produtos de aço.
Atualmente, a empresa atua com produção e comercialização de produtos de aço, com usinas localizadas na Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, México, dentre outros.
Além disso é uma das maiores recicladoras de sucata em aço da América Latina.
Assim, a Gerdau é outro exemplo de empresa que vem atravessando um dos melhores momentos de sua rica história, se beneficiando com o preço do aço nas alturas.
Com isso, mesmo que o preço das ações se mantenha mais estabilizados no acumulado dos últimos doze meses, o P/L segue em 3,0x, dada a boa geração de lucro no período.
CONCLUSÃO
Em suma, podemos utilizar o P/L como um bom indicador na busca por barganhas na bolsa.
Porém, como sempre ressaltamos, nunca se deve utilizar apenas indicadores em uma análise para investimentos, tampouco utilizar somente um.
Além disso, pode haver distorções no P/L dado um possível bom momento vivido pelas empresas, sendo algo que pode não se repetir no futuro próximo.
Portanto, novamente, cuidado!
Nas nossas recomendações de longo prazo, tanto o P/L como a projeção do indicador são bastante utilizados. Atualmente, a nossa Carteira de Micro e Small Caps é a que possui mais ações recomendadas com P/Ls atrativos.
NOSSAS RECOMENDAÇÕES
Acompanhar e recomendar ações de Micro e Small Caps está no DNA da Capitalizo. Ou seja, além dessas ações fazerem parte de outras Carteiras, temos um portfólio criado especialmente para essas classes de ações, a Carteira de Micro e Small Caps.
CONHEÇA A CARTEIRA DE MICRO E SMALL CAPS DA CAPITALIZO
Com a nossa Carteira de Micro e Small Caps, você terá em mãos uma lista de “pequenas empresas” com forte potencial de crescimento de receitas e lucros.
Esse crescimento pode fazer com que tenhamos grandes valorizações das ações dessas companhias.
E bastam apenas 10 minutos por mês para você manter sua carteira 100% atualizada.
Conheça a Estratégia da Carteira no vídeo abaixo: