Como identificar ações baratas na Bolsa de Valores

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Pai da filosofia de Investimentos em Valor (ou Value Investing), Benjamin Graham é considerado o mentor do maior investidor de todos os tempos, Warren Buffett.

Graham ficou famoso pela frase:

“Comprar uma nota de US$ 1 com uma moeda de US$ 0,50.”

O pai do Value Investing acreditava que, para ter sucesso investindo em ações, era essencial investir com uma margem de segurança.

De tempos em tempos, o mercado financeiro cria distorções entre o preço e o valor justo de uma ação, gerando oportunidades para comprar empresas baratas, as chamadas barganhas.

É importante destacar que ação barata não é sinônimo de ação com preço baixo (como R$ 5 ou R$ 10 por ação). O termo “barato” se refere ao desconto em relação ao valor intrínseco da empresa.

Quando essa estratégia é aplicada corretamente, o investidor consegue maximizar retornos e reduzir os riscos de sofrer grandes oscilações negativas.

COMO IDENTIFICAR AÇÕES BARATAS

Uma das formas mais conhecidas de identificar se uma ação está barata é observar o indicador P/VPA (Preço da ação / Valor patrimonial por ação).

Esse indicador mostra quanto os investidores estão pagando por cada real dos ativos da empresa, avaliados por métricas validadas e auditadas pelo mercado.

Exemplo:

Imagine que a empresa XYZ tem ações negociadas a R$ 10,00 e um valor patrimonial por ação de R$ 12,00.

Nesse caso, o P/VPA seria 0,83 (10/12), indicando que as ações estão sendo negociadas com 17% de desconto em relação ao valor de seu patrimônio.

Em geral, ações são negociadas acima do valor patrimonial, já que o preço embute expectativas de crescimento futuro.

No entanto, em momentos de distorção, surgem ótimas oportunidades para investidores de longo prazo.

Mesmo empresas sólidas podem cair e ser negociadas abaixo do seu valor patrimonial, e isso representa uma verdadeira barganha.

CUIDADOS AO INVESTIR

Não recomendamos o uso do P/VPA ou de qualquer outro indicador de forma isolada.

É fundamental analisar diversos fatores quantitativos e qualitativos antes de tomar qualquer decisão de investimento.

O simples fato de uma ação estar abaixo do valor patrimonial não garante que ela está barata.

Muitas vezes, o múltiplo é baixo porque a empresa tem resultados ruins ou perspectivas negativas.

Esses casos são conhecidos como “armadilhas de valor”, nas quais o investidor compra uma ação de fundamentos frágeis e acaba tendo prejuízos significativos.

RANKING DE AÇÕES COM P/VPA ABAIXO DE 1

Realizamos um levantamento com empresas listadas na B3 que estão sendo negociadas abaixo do seu valor patrimonial.

Este ranking não representa recomendação de compra ou venda, servindo apenas para fins educativos:

NOME

CÓDIGO

P/VPA

Casas Bahia

BHIA3

0,21

Automob

AMOB3

0,22

Americanas

AMER3

0,23

HBR

HBRE3

0,24

Viveo

VVEO3

0,24

Fonte: Capitalizo Fundamentos

ONDE ESTÃO AS MAIORES BARGANHAS DA BOLSA?

Atualmente, as ações mais baratas da B3 estão concentradas entre as Micro e Small Caps — empresas de menor valor de mercado, mas com alto potencial de crescimento.

Com análise e estudo aprofundados, é possível encontrar companhias sólidas, lucrativas e com décadas de atuação, que ainda negociam com grande desconto em relação ao seu valor real.

Um bom exemplo é a Celesc (CLSC4) — Centrais Elétricas de Santa Catarina.

A empresa tem receita anual de cerca de R$ 11 bilhões, forte atuação em geração e distribuição de energia, e valor de mercado de apenas R$ 2,2 bilhões, sendo classificada como uma Small Cap.

Esse tipo de ação costuma unir potencial de valorização no longo prazo com pagamento consistente de dividendos — um perfil muito procurado por investidores que buscam equilíbrio entre crescimento e renda.

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Abaixo, você confere o gráfico de desempenho histórico e um vídeo explicativo sobre como essa carteira funciona na prática:

 

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Ranking de Preço Lucro (P/L) | Ações baratas da Bolsa

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Este artigo traz um ranking de Preço/Lucro (P/L) das ações mais baratas em relação ao seu lucro, identificadas após um estudo que realizamos com a B3.

O P/L é uma fórmula que estima o tempo que as ações levarão para “devolver” ao investidor o valor pago por elas, levando em conta que a empresa mantenha seus lucros.

Cálculo:
P/L = Cotação da Ação / Lucro Por Ação

Exemplo: Ação cotada a R$ 20,00 e lucro líquido anual por ação de R$ 4,00.  20 / 4 = 5 → serão necessários cinco anos para o retorno do investimento.

COMO FUNCIONA O INDICADOR PREÇO LUCRO

O P/L é amplamente utilizado pela facilidade de cálculo e por permitir comparações.

Quanto mais elevado ele for, maior a disposição do mercado em pagar pelos lucros da companhia. Pode indicar também que o mercado tem expectativas altas para o papel.

Por outro lado, um P/L baixo pode mostrar desconfiança em relação às ações da empresa — ou revelar boas oportunidades ainda não percebidas pelo mercado.

Além disso, alguns analistas utilizam o P/L esperado, que considera a previsão de lucro dos 12 meses seguintes.

CUIDADOS AO USAR O INDICADOR

Esse indicador não deve ser analisado isoladamente. O ideal é combiná-lo a outros múltiplos e compará-lo apenas entre empresas do mesmo setor.

Ainda assim, ele funciona como um bom termômetro da confiança do mercado, mesmo não sendo um retrato completo da saúde financeira de uma companhia.

ENFIM, O RANKING

Abaixo, separamos 5 ativos que, atualmente, estão com P/L bastante atrativos:

NOME

CÓDIGO

P/L

PRIO

PRIO3

3,2x

JHSF

JHSF3

3,3x

BANCO DA AMAZÔNIA

BAZA3

3,3x

VIBRA ENERGIA

VBBR3

4,6x

SANEPAR

SAPR11

4,5x

Confira detalhes sobre cada uma dessas empresas:

PRIO (PRIO3)

A PRIO é a maior petroleira independente do Brasil, com estratégia focada na revitalização de campos maduros e na busca por eficiência operacional.

Um dos grandes diferenciais da companhia está no baixo custo de extração por barril, resultado de ganhos de escala, tecnologia e otimização de processos.

Esse fator garante maior resiliência em momentos de queda no preço do petróleo, já que a empresa consegue manter margens robustas mesmo em cenários menos favoráveis para a commodity.

A PRIO apresenta forte geração de caixa e margens elevadas, e o forte aumento dos resultados nos últimos anos foi determinante para que a companhia alcance um P/L baixo, em torno de 3,2x, mantendo-se entre as ações mais descontadas da Bolsa.

Além disso, a empresa vem consolidando aquisições estratégicas que ampliam sua produção e aumentam a vida útil de seus campos, reforçando suas perspectivas de crescimento sustentável e sua resiliência operacional.

JHSF (JHSF3)

A JHSF é uma incorporadora e administradora de ativos voltados ao público de alta renda, com atuação em shoppings, hotéis, restaurantes, empreendimentos residenciais de luxo e no Aeroporto Executivo Catarina.

A companhia se beneficia de receitas recorrentes e diversificadas, além de operar no nicho de alta renda, que é menos afetado por crises econômicas, o que sustenta margens elevadas e resiliência operacional.

Ainda assim, suas ações estão sendo negociadas a um P/L de aproximadamente 3,3x, nível considerado bastante baixo.

Esse múltiplo reflete o forte crescimento do lucro líquido nos últimos anos, impulsionado pela expansão dos seus negócios.

Como o indicador é resultado da relação entre preço da ação e lucro, a disparada dos resultados sem um movimento proporcional da cotação acabou comprimindo o P/L.

BANCO AMAZÔNIA (BAZA3)

O Banco da Amazônia é uma instituição financeira pública federal com forte presença na Região Norte do Brasil.

A instituição desempenha papel estratégico no fomento ao desenvolvimento regional e no financiamento do agronegócio por meio de linhas de crédito subsidiadas e recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

A instituição combina resultados robustos, com boa rentabilidade e distribuição de dividendos robusta, apresentando nos últimos anos um dividend yield bastante elevado.

Apesar dessa atratividade, suas ações negociam a um P/L de cerca de 3,3x, reflexo da percepção de risco associada ao controle estatal, fator que leva parte do mercado a aplicar um desconto em relação a bancos privados.

O múltiplo baixo, portanto, decorre menos do operacional da companhia e mais de uma precificação cautelosa dos investidores diante do controle estatal.

VIBRA ENERGIA (VBBR3)

A Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, passou por um processo de transformação, reposicionando-se como uma empresa de energia com foco em fontes limpas e renováveis.

A companhia opera mais de oito mil postos licenciados com a marca Petrobras, mantém lojas de conveniência BR Mania, centros automotivos Lubrax+ e atende cerca de 18 mil clientes corporativos em diversos setores, incluindo indústria, transporte, agricultura e aviação.

Com uma ampla estrutura logística, presente em todas as unidades federativas do país, a Vibra conta com 92 unidades operacionais, depósitos de lubrificantes e operadores logísticos, garantindo eficiência no atendimento em todo o Brasil.

Nos últimos anos, a companhia tem avançado em sua estratégia de diversificação, o que aumenta sua resiliência diante da transição energética.

A geração de caixa permanece robusta e os resultados operacionais têm mostrado consistência, mesmo em cenários de volatilidade.

Ainda assim, as ações negociam a um P/L em torno de 4,6x, múltiplo bastante atrativo, o que pode abrir espaço para valorização conforme a Vibra avance em sua transformação estratégica e capture novas oportunidades.

SANEPAR (SAPR11)

A Sanepar é a principal empresa de saneamento do Paraná e atua em um segmento essencial e de elevada estabilidade, com receitas recorrentes e margens historicamente sólidas.

A companhia tem mantido um desempenho operacional consistente, com expansão da base de clientes e investimentos em modernização da infraestrutura, o que reforça sua capacidade de crescimento de longo prazo.

Além disso, sua política de dividendos contribui para torná-la uma opção atrativa dentro do setor de utilidades, em especial para investidores que buscam previsibilidade e retorno em fluxo de caixa.

Apesar dessa solidez, as units SAPR11 ainda são negociadas a um P/L em torno de 4,5x, múltiplo considerado descontado frente ao perfil defensivo e ao potencial de valorização da companhia.

Esse cenário sugere que o mercado precifica com excesso de conservadorismo riscos regulatórios e políticos, deixando espaço para reavaliação positiva à medida que a empresa continue entregando resultados consistentes.

CONCLUSÃO

O P/L pode ser um ótimo ponto de partida na busca por barganhas na Bolsa. Mas, como sempre reforçamos, ele não deve ser o único critério de análise, já que pode refletir distorções momentâneas nos resultados das empresas.

Nas nossas recomendações de longo prazo, tanto o P/L quanto sua projeção futura são amplamente utilizados.

Hoje, a Carteira de Micro e Small Caps é a que concentra mais ações com P/L atrativos — reunindo empresas menores, mas com forte potencial de crescimento.

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A Bolsa brasileira está BARATA?

bolsa esta barata

Estamos recebendo várias perguntas para saber se no momento a Bolsa brasileira está barata.

Afinal, ela está barata?

Veja, quando falamos em “Bolsa”, estamos querendo dizer o “Ibovespa”, que é o principal índice do nosso mercado de ações.

Ele nada mais é do que uma carteira teórica das ações mais líquidas da bolsa…

Abaixo temos as principais empresas que compõem o Ibovespa e a participação de cada uma delas no Ibovespa:

VALE3 (14,1%), ITUB4 (6,6%), PETR4 (6,5%), B3SA3 (3,8%), BBDC4 (3,8%), ABEV3 (3,4%), ELET3 (3,3%), BBAS3 (3,3%), WEGE3 (2,8%), ITSA4 (2,4%), RENT3 (2,4%), EQTL3 (1,7%), RADL3 (1,7%).

Ou seja, se elas sobem, o Ibovespa deve subir. Se elas caem, naturalmente, o Ibovespa tende a cair também.

Já para entender se esse Índice de Ações está barato ou não, vamos utilizar um indicador bastante conhecido no mercado, o chamado Preço/Lucro ou P/L.

Para que fique mais claro, veja este gráfico abaixo. Ele representa o P/L (Preço/Lucro) histórico das ações que fazem parte do Ibovespa:

20240115

Lembrando que, esse indicador mostra, em teoria, em quantos anos o nosso investimento feito no ativo seria recuperado.

Hoje, o P/L do Ibovespa gira em torno de 7 x ou seja, em 7 anos teríamos o retorno do nosso investimento.

Se você reparar bem, verá que estamos num patamar  próximo do fundo da crise de 2020 e também da crise de 2008!

Isso significa que a nossa Bolsa está, sim, muito barata! 

Indo ainda mais longe, o momento atual pode ser considerado como raro na história da bolsa brasileira. 

Importante: não recomendamos ninguém utilizar esse indicador de maneira isolada, mas, atualmente, ele é um ótimo indicativo do quão barata a nossa Bolsa está.

NÃO CONFUNDA CARTEIRA DE AÇÕES COM IBOVESPA

Como foi possível ver acima, quando se fala em “bolsa barata” estamos apenas nos referindo ao Ibovespa, um índice que é formado levando em conta critérios de liquidez e não de qualidade das empresas.

Dessa forma, é possível ter uma boa Carteira de Ações que tenha um bom desempenho mesmo que o Índice caia.

O MOMENTO É PARA APROVEITAR AS AÇÕES BARATAS

“A Bolsa pode ficar ainda mais barata?”

Sim, pode!

Porém, levando em conta as Ações que acompanhamos ou recomendamos, enxergamos que a maioria das empresas continuará divulgando resultados positivos nos próximos trimestres – mesmo que a economia nacional passe por momentos ruins. 

Além disso, ainda existe uma série de boas oportunidades em Ações Internacionais e em diversas Small Caps brasileiras que sequer fazem parte do Ibovespa – e estão fora do radar da maioria dos investidores.

A hora é de filtrar essas Ações e aproveitar para comprar bons ativos em promoção. 

NOSSAS ESTRATÉGIAS, CARTEIRAS E RESULTADOS

Atualmente, temos 5 carteiras de ações com foco no Longo Prazo, utilizando a estratégia fundamentalista Buy & Hold:

Carteira Tiago Prux, Dividendos +, Micro e Small Caps, Top Crescimento e Internacional (criada em 2020). 

Apesar das carteiras terem algumas características diferentes, um ponto é semelhante entre todas é o “pensar globalmente”.

Essa é uma das formas mais importantes de trazer equilíbrio para as carteiras de ações. 

Por isso, em todas as nossas carteiras recomendadas, há alocação em ativos internacionais ou em empresas brasileiras que tenham atuação global.

A Capitalizo é a Casa de Análise precursora nesse conceito do Investidor Global. Isso tem ajudado não somente a baixar a volatilidade das Carteiras, mas também a trazer mais retorno ao longo do tempo. 

Abaixo, mostramos o desempenho de três das nossas Carteiras de Longo Prazo mais procuradas:

Carteiras Micro e Small Caps, Dividendos + e Tiago Prux, de julho de 2017 até hoje.

Como é possível perceber, todas as nossas carteiras também batem (de longe) o Ibovespa e outros benchmarks.

Isso mostra como uma carteira bem equilibrada é fundamental para um desempenho acima da média do mercado, mesmo em momentos turbulentos do mercado.

Compare e comprove! Os melhores retornos são da Capitalizo: