Se preferir assistir, veja abaixo o vídeo completo com a análise desta semana.
A semana começa com um ambiente global mais estável, após o novo corte de juros pelo Federal Reserve e a sinalização de que mais uma redução pode ocorrer ainda em 2025.
Nos Estados Unidos, a inflação segue em trajetória de queda e o mercado de trabalho mostra perda gradual de fôlego, o que abre espaço para um ciclo monetário mais brando.
Na China, a reaproximação comercial com os EUA — incluindo o possível fim de parte das tarifas e a retomada das compras de soja — ajuda a reduzir o risco de novas tensões e tende a sustentar o comércio internacional nas próximas semanas.
No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic em 15%, mas o tom do comunicado do Copom será determinante para calibrar apostas de cortes a partir de 2025.
O IPCA-15 mais fraco e o IGP-M em deflação reforçam a percepção de que há espaço para flexibilização monetária, mesmo que de forma gradual.
A agenda corporativa segue intensa, com resultados de companhias relevantes como Copasa, Klabin, Prio, Aura, TIM e Itaú.
MARCOPOLO (POMO4)
A Marcopolo apresentou resultados sólidos, com crescimento de 8,2% na receita em relação ao mesmo período de 2024, alcançando R$ 2,5 bilhões.
As exportações subiram 43% e as operações internacionais avançaram 51%, compensando a retração do mercado interno.
Apesar disso, a ação sofreu forte realização após a divulgação, movimento que consideramos exagerado frente à boa execução operacional.
TRONOX (CRPG5)
As ações da Tronox dispararam 87% na semana após a aprovação da tarifa antidumping sobre o dióxido de titânio chinês por cinco anos.
O movimento reflete alívio competitivo e otimismo com a recuperação da rentabilidade.
Ainda assim, trata-se de um papel que vinha de forte estresse e segue sujeito a oscilações.
A valorização foi acima do razoável para o curto prazo, e o caso deve ser acompanhado com cautela.
KEPLER (KEPL3)
A Kepler reportou números fracos, mas dentro das expectativas para um ciclo adverso no agronegócio, marcado por restrição de crédito e menor volume de investimentos.
A receita recuou 4% e o lucro líquido caiu 14%, mas o balanço mostrou solidez financeira e controle de custos.
Mesmo em um cenário setorial difícil, a empresa segue bem posicionada para capturar a retomada futura.
CATERPILLAR (CAT / CATP34)
A Caterpillar reforçou seu histórico de excelência operacional, registrando receita recorde e o maior fluxo de caixa livre da história da companhia.
A empresa mostrou força nos segmentos de Construção, Energia e Recursos Naturais, mantendo margens elevadas mesmo com custos pressionados.
O destaque continua sendo a capacidade de repasse de preços, que sustenta rentabilidade e dividendos consistentes há mais de 25 anos.
FERBASA (FESA4)
A Ferbasa aprovou novo pagamento de proventos, com yield próximo de 6%, e o mercado reagiu positivamente.
A companhia segue com posição de caixa robusta e exposição a produtos ligados ao aço inoxidável, um nicho com perspectivas mais favoráveis que o minério de ferro.
Para nós, trata-se de uma ação barata frente ao potencial de normalização dos preços e à manutenção de bons dividendos.
VALE (VALE3)
A Vale apresentou forte desempenho operacional, com destaque para cobre e níquel, cujos volumes cresceram 20% e 6%, respectivamente.
A empresa também reportou redução expressiva de custos e lucro líquido de US$ 2,7 bilhões, alta de 78% em relação ao ano anterior.
Apesar do bom momento, mantemos a visão de que o minério de ferro tende a perder protagonismo em relação a outras commodities mais alinhadas a ciclos de crescimento estrutural, como aço inoxidável e celulose.
BRADESCO (BBDC4 / BBDC3)
O Bradesco entregou um trimestre superior ao anterior, com receitas totais crescendo 13% e o segmento de seguros avançando 13%.
Ainda assim, os retornos seguem abaixo dos principais concorrentes, e os desafios com custos e provisões continuam.
O ROE segue distante do patamar de 20%, considerado o mínimo para um grande banco eficiente, o que reforça nossa preferência por alternativas mais rentáveis dentro do setor financeiro.
PERSPECTIVA DA SEMANA
Em um ambiente global mais calmo e com a temporada de balanços em curso, o foco do investidor deve permanecer na qualidade e previsibilidade dos lucros.
Seguimos atentos às empresas que vêm entregando resultados consistentes mesmo em cenários desafiadores — como Ferbasa, Kepler e Caterpillar — e alertas para movimentos especulativos de curto prazo, como o observado em CRPG5.
O momento é de equilíbrio entre cautela e seletividade, privilegiando companhias com fundamentos sólidos, geração de caixa estável e exposição a setores menos dependentes de estímulos monetários.
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