Investir nas melhores pagadoras de dividendos da B3 para obter bons resultados é um dos principais objetivos da maioria dos investidores.
Afinal, receber uma renda extra “gorda” todo mês é bastante atrativo e importante para o sucesso na jornada de investimentos.
E para identificar essas empresas e avaliar o pagamento de dividendos das suas ações, o Dividend Yield (DY) aparece como um indicador muito útil para mostrar esse retorno financeiro.
Antes de demonstrar esse indicador, vale ressaltar que quando mencionamos dividendos, esses podem ser os dividendos e/ou juros sobre o capital próprio (JCP).
Abaixo, segue a fórmula de cálculo do DY:
Naturalmente, ao realizarmos essa divisão, teremos o retorno percentual de dividendos que o ativo nos pagou nos últimos 12 meses.
Por exemplo: considerando que uma ação da empresa ABCD3 custa hoje R$ 100 na Bolsa e ela tiver pago R$ 10 em dividendos ou JCP nos últimos 12 meses, o Dividend Yield seria de 10%.
Como o recebimento de dividendos é uma estratégia muito procurada pela maioria dos investidores, trouxemos para você as melhores pagadoras de dividendos da Bolsa de Valores nos últimos 12 meses.
Esse estudo leva em conta o Dividend Yield com data base de julho de 2023:
MELHORES PAGADORAS DE DIVIDENDOS NOS ÚLTIMOS 12 MESES
COMO AVALIAR O INDICADOR?
Apesar de ser amplamente utilizado, o Dividend Yield não deve ser analisado de forma isolada. Na verdade, nenhum indicador, seja ele qual for, deve ser utilizado de forma isolada.
Uma análise mais aprofundada do balanço e das demonstrações de resultados da empresa é algo fundamental.
É importante buscar entender se o pagamento de dividendos foi em virtude das atividades operacionais da empresa, ou se foi motivado por eventos não recorrentes que geraram lucros extraordinários.
Esses lucros extraordinários provavelmente não irão se repetir no futuro. E se você não fizer o estudo prévio para identificar esse tipo de situação, pode acabar tendo prejuízos.
Além disso, é importante entender se a empresa apresenta condições de sustentar ou aumentar seus lucros futuros. Isso evidencia que a empresa tem uma resiliência operacional e apresenta vantagens competitivas que mantém suas operações sólidas.
Por outro lado, utilizar o indicador de DY é fundamental para você selecionar os melhores ativos que podem te gerar uma renda passiva. E com boa previsibilidade e estabilidade em relação ao fluxo de pagamento de dividendos.
EFEITO DOS DIVIDENDOS NO LONGO PRAZO
A estratégia de investimentos em dividendos é extremamente poderosa no longo prazo, mas muitos investidores não conseguem enxergar esse potencial.
Acontece que a combinação do efeito da valorização da ação somada ao pagamento de dividendos é a maior potencialização dos juros compostos que você pode ter.
Abaixo, temos o exemplo da Itaúsa (ITSA4), holding de negócios, que tem como principal posição as ações do Banco Itaú (ITUB3, ITUB4).
Além disso, a holding conta com participações em Alpargatas (ALPA3, ALPA4), Dexco (DXCO3), XP Inc. (XP), Grupo CCR (CCRO3), NTS, Copa Energia e Aegea Saneamento
Itaúsa é conhecida no mercado como uma das melhores pagadoras de dividendos, fazendo isso por meio do pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP).
A diferença do pagamento de JCP em relação ao pagamento de dividendos reside no efeito fiscal, que acaba impactando positivamente o resultado da holding, criando valor para o acionista.
De 2000 até julho de 2023, para cada 1.000 ações de ITSA4, o valor que teríamos recebido em proventos foi de R$ 8.818,50. Lembrando que, nessa época, o valor nominal de cada ação ITSA4 era de cerca de R$ 0,23, ou seja, era possível comprar 1.000 ações por R$ 230,00.
Ou seja, uma aplicação de de apenas R$ 230,00 em 2000, teria rendido para você R$ 8.818,50 somente em dividendos.
Olhando para a valorização da ação nesse mesmo período, a mesma teve um retorno de mais de 3.965%, enquanto o Ibovespa subiu pouco mais de 570%.
Considerando o rendimento total da Itausa, ou seja, valorização mais o ajuste dos dividendos, o retorno ultrapassa os 20.000%, como podemos ver na imagem abaixo.
COMO MONTAR UMA BOA CARTEIRA
Para você montar uma boa carteira de dividendos vencedora no longo prazo, ela deve conter tanto ativos que já possuem um DY elevado e sustentável, quanto empresas que têm o potencial de aumentar o pagamento de dividendos ao longo do tempo por meio da expansão dos seus negócios.
A dica é buscar investir em empresas que apresentem lucros crescentes. Afinal, além de poderem pagar dividendos generosos, elas também podem se beneficiar com uma forte valorização das ações na Bolsa.
AS MELHORES PAGADORAS DE DIVIDENDOS DA CARTEIRA CAPITALIZO
Destaques da Economia e do Mercado Hoje – 27/07/2023
Olá, tudo bem?
Seguem as principais notícias dessa quinta-feira:
Dados nos EUA
Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego apresentaram uma queda significativa de 7 mil na semana encerrada em 22 de julho, totalizando 221 mil solicitações.
Esse resultado ficou abaixo das previsões dos analistas, que esperavam cerca de 235 mil pedidos, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho.
A taxa de desemprego também apresentou uma diminuição, caindo de 1,2% para 1,1% na semana encerrada em 15 de julho.
Apesar desse ser mais um dado que demonstra a resiliência da economia norte-americana, continuamos acreditando que teremos uma acomodação do crescimento econômico nos EUA, assim como dos números relativos à inflação.
Dessa forma, entendemos que, ainda em 2023, o BC americano sinalizará cortes na taxa de juros.
Resumo do Mercado
Nos Estados Unidos, o S&P500 fechou o dia em baixa de -0,64%. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, caiu -2,10%.
Na coluna “Giro do Mercado”, o nosso analista Roberto Martins comenta a respeito dos resultados trimestrais da Meta Platforms (M1TA34, META), dona do Facebook, Instagram e WhatsApp.
Além disso, ele fala sobre a nova aquisição da WEG (WEGE3).
A Isa Cteep (TRPL4) Será Vendida?
No vídeo especial de hoje, nosso CEO Tiago Prux fala sobre a possibilidade da empresa ser vendida e de outros negócios que podem sair, em função do atual momento da bolsa brasileira:
💰 Confira as ações que pagarão proventos nos próximos dias. Os valores levam em conta Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio (JCP):
↪️Giro do Mercado: a análise e notícias das principais empresas da bolsa
📌 A WEG (WEGE3) anunciou a compra da BirminD, empresa de tecnologia especializada em inteligência artificial para processos industriais.
A empresa já possuía 51% de participação na BirminD e agora adquiriu todas as ações restantes.
Essa aquisição faz parte da estratégia de crescimento dos negócios digitais da WEG, que utiliza a tecnologia da BirminD em suas soluções desde 2020.
Com essa movimentação, a companhia busca desenvolver novos produtos e serviços para otimizar a gestão dos ativos, energia e operações de seus clientes.
Notícia positiva.
📌 A Meta Platforms (M1TA34, META) divulgou seus resultados referentes ao 2T23.
A companhia, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, registrou uma receita líquida de US$ 31,9 bilhões, apresentando um crescimento de +11% em comparação com o 2T22.
Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento de usuários ativos e pelo aumento de impressões de anúncios, que cresceram +34% em relação ao mesmo período do ano passado.
O lucro líquido atingiu US$ 7,78 bilhões, com um aumento de +16% na comparação anual.
Para o 3T23, a companhia projeta uma receita líquida entre US$ 32 e US$ 34,5 bilhões.
Resultado Positivo.
Um abraço e bons investimentos Roberto
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A Carteira Recomendada de Swing Trade da Capitalizo é uma das mais procuradas por investidores que contratam a assinatura FULL TRADER e desejam fazer operações de curto prazo na Bolsa de Valores.
A grande vantagem desse tipo de operação é que ela nos permite buscar ganhos rápidos na bolsa (de 2 a 10 dias). E desde 2017 temos entregado resultados bastante positivos com ela:
Em nossa estratégia enviamos tanto operações de compra, para ganharmos com a alta das ações, quanto a chamada ”venda alugada de ações”, onde temos o objetivo de ganhar com a baixa dos preços.
Dessa forma, independente dos movimentos de mercado temos a oportunidade de ganhar dinheiro.
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Lembrando que você receberá novas recomendações todas as semanas.
No artigo de hoje, separamos alguns tópicos importantes para esclarecer melhor como funciona o Swing Trade, assim como as nossas recomendações nesse tipo de operação:
💰 Objetividade e Simplicidade | Informativo da Carteira Tiago Prux
Aqui, na Capitalizo, usamos como um “mantra” mantermos as coisas simples, assim como sermos objetivos, ou seja, objetividade e simplicidade estão entre as prioridades no compromisso com os nossos clientes.
No artigo de hoje, você vai entender como manter as coisas simples e objetivas vai te ajudar a investir melhor e ganhar mais dinheiro no mercado com seus investimentos:
Confira também os resultados da Carteira Tiago Prux atualizados desde 2017, em relação ao Ibovespa e S&P:
Um abraço e ótimos investimentos Tiago
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Destaques da Economia e do Mercado Hoje – 05/05/2023
Olá, tudo bem?
Seguem as principais notícias dessa sexta-feira:
Mercado de trabalho desacelera nos EUA
Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho anunciou que houve um aumento de 13 mil pedidos iniciais de seguro-desemprego, na semana encerrada em 29 de abril.
Com isso, o total foi de 242 mil solicitações, acima dos 240 mil pedidos esperados pelo mercado (Refinitiv).
Esse é mais um indicador que mostra a tendência de acomodação do mercado de trabalho nos EUA e abre mais espaço para o Banco Central americano sinalizar cortes nos juros ainda em 2023.
Resumo do Mercado
O indicador americano S&P500 fechou o dia em alta de +1,85%. Considerando o acumulado da semana, o S&P caiu -0,80%.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, apresentou uma alta de +2,91%. Nessa semana, o Ibov subiu +0,69%.
Braskem Dispara
Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, a Estatal dos Emirados Áreabes Adnoc e a Gestora Apollo preparam uma oferta de até R$37,5 bilhões pela Braskem (BRKM5).
A proposta teria sido apresentada aos bancos credores da Novonor, antiga Odebrecht, que possuem ações da Braskem como garantia.
O valor por ação oferecido seria de R$ 47, ou seja, +145% acima do fechamento de quinta (04/05). Somente no pregão de hoje, as ações BRKM5 subiram +23,62%.
A Braskem ainda não se manifestou sobre a notícia.
Na coluna “Giro do Mercado”, o nosso analista Roberto Martins comenta sobre os resultados de Alpargatas (ALPA4) e do Banco Bradesco (BBDC3, BBDC4).
No “Vídeo Especial” de hoje, o nosso CEO, Tiago Prux fala a respeito do atual momento e perspectivas da Isa Cteep (TRPL3, TRPL4):
🔴 07/05 às 20:00 – LIVE | AÇÕES PARA FICAR DE OLHO
Assista a live, descubra as ações que estamos de olho essa semana e entenda porque esses ativos podem ter uma movimentação diferenciada nos próximos dias!
💰 Confira as ações que pagarão proventos nos próximos dias. Os valores levam em conta Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio (JCP):
↪️Giro do Mercado: a análise e notícias das principais empresas da bolsa
📌 A Alpargatas (ALPA4) divulgou seus resultados referentes ao 1T23.
A receita líquida foi de R$ 894,3 milhões, com uma baixa de -1,5% na comparação anual.
A Havaianas teve uma queda de 13,4% no volume de pares vendidos, entretanto a receita por par cresceu +13,7%.
A receita do segmento internacional apresentou uma queda, enquanto no Brasil houve um leve crescimento. Além disso, o segmento internacional registrou uma perda significativa na margem bruta.
O custo do produto vendido teve um aumento de +23,1% em reflexo das vendas de estoques antigos que contemplam maior valor de custo.
Já o resultado foi de prejuízo de R$ 199,7 milhões.
Como era esperado, os resultados vieram muito fracos. A notícia “positiva” é que não esperamos um cenário pior do que o que é apresentado hoje pela empresa.
Nesse sentido, esperamos uma retomada a partir dos próximos trimestres.
📌 O Bradesco (BBDC3, BBDC4) apresentou seus resultados referentes ao 1T23.
O banco apresentou um lucro líquido de R$ 4,28 bilhões, o que representa uma baixa de -37,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A margem financeira foi menor, caindo -2,4%.
As provisões de devedores duvidosos (PDD) seguem elevadas e atingiram R$ 9,517 bilhões neste trimestre.
A inadimplência total da carteira atingiu 4,6% entre 15 a 90 dias, e 5,1% acima de 90 dias.
O banco apresentou uma alta PDD e indicadores de inadimplência elevados, o que impactou negativamente o lucro líquido. Além disso, as margens financeiras mais baixas contribuíram para esse resultado abaixo do esperado.
Por outro lado, o resultado das Operações de Seguros, Previdência e Capitalização foi positivo, mantendo-se em alta.
Como já havíamos comentado quando o Bradesco apresentou seus resultados do 4T22, o Banco deverá continuar apresentando resultados ruins até o final de 2023, especialmente quando comparamos com Itaú (ITUB3, ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3).
📊 Resultados das Recomendações Full Trader | 6 anos de ganhos comprovados
Como é tradicional das sextas-feiras, hoje, temos a “prestação de contas” em que trazemos atualizados os resultados das nossas recomendações da assinatura Full Trader:
Desde 2017, a Capitalizo envia recomendações de curto e médio prazos nos mais diferentes mercados e estratégias: Day Trade, Swing Trade, Rastreador de Tendências, Long&Short, Opções e Carteira Top Picks Semanal.
É possível que a Capitalizo seja a única research que, apesar dos altos e baixos do mercado, apresenta retornos positivos em tantas Estratégias de Operação em Bolsa diferentes, durante tanto tempo.
Aproveite para conferir o retorno da nossa Carteira de Micro e Small Caps, que possui diversas ações com baixos PLs:
Um abraço e ótimos investimentos Tiago
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Em momentos de crise, há empresas que apresentam respostas diferentes das demais. Nesse quesito, merecem destaque as do setor elétrico, inclusive com a fama de serem mais defensivas e boas pagadoras de dividendos.
Confira uma análise das principais companhias do setor na B3.
SETOR DEFENSIVO
Quem conhece o mercado financeiro, e até mesmo para quem só ouviu falar, sabe que momentos de quedas, com medo e pânico, são comuns ao longo de toda história.
Já aconteceram algumas vezes e, com certeza, irão acontecer novamente, restando saber apenas o motivo, a intensidade e outras variáveis.
Quando tratamos mais especificamente do mercado acionário, vemos empresas que tendem a apresentar maiores e outras menores dificuldades em momentos de crise.
E dentre as empresas que tendem a sofrer os menores impactos, merecem destaque as do setor elétrico, que, como referido acima, já detém a fama de serem mais defensivas e boas pagadoras de dividendos. E há razões para isso…
Uma delas está ligada a maior previsibilidade existente nos resultados dessas companhias, gerada principalmente pela grande regulação que há no setor e pela alta demanda por energia no país.
Outra razão está na boa geração de caixa dessas empresas, que apresentam margens de lucratividade bem elevadas, com menor necessidade de altíssimos investimentos, quando comparado a outros setores econômicos.
Tudo isso acaba refletindo, portanto, em ótimos níveis de dividendos, como veremos mais adiante.
Além disso, diversas companhias do setor anunciaram que ainda vão fazer muita recompra de ações. Ou seja, mesmo que tenhamos mudanças no pagamento de dividendos, esse tipo de empresa não vai perder sua atratividade.
SETOR ELÉTRICO
Até meados da década de 90, o setor elétrico brasileiro era constituído, predominantemente, de empresas estatais que atuavam em todas as atividades que o envolve.
A reestruturação e a privatização do setor tiveram início no primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1998), por meio da lei das concessões.
Hoje, existem regras muito bem definidas e há uma grande presença de empresas com alta qualidade de gestão. Claro que também existem riscos, principalmente de ingerência. Porém, atualmente entendemos que a relação risco-retorno é muito atrativa.
Pensando um pouco mais no futuro, o setor elétrico brasileiro caminha para apresentar um crescimento muito significativo nas próximas décadas. Segundo o estudo realizado pelo “Observatório de Mercados de Energia Mundial”, a demanda por energia no Brasil irá registrar uma alta de 60% até 2040.
Por outro lado, uma análise não muito aprofundada da atual matriz energética brasileira indica que há muito o que fazer para suprir esta demanda.
O ano de 2021, por exemplo, ficou marcado pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos – e quase 64% de toda nossa geração elétrica é realizada através de hidrelétricas.
Dito isso, com os maciços investimentos que deverão ser realizados nos próximos anos, o setor elétrico tenderá a ganhar ainda mais representatividade no panorama econômico brasileiro.
Falando em bolsa, atualmente as empresas do setor já compõem boa parcela dos principais índices acionários do Brasil. Somente no índice Bovespa, por exemplo, essas companhias representam quase 5% de participação.
Com o setor em destaque, vamos conferir com mais detalhes como funcionam as atuações específicas de cada empresa. De forma geral, as companhias elétricas podem ser classificadas em três grandes segmentos: distribuição, transmissão e geração de energia.
A imagem abaixo traduz um pouco das características desses segmentos, além dos ambientes de comercialização de energia. Em seguida, detalharemos mais sobre os riscos e benefícios de cada um dos segmentos citados e como podemos aproveitá-los em determinados momentos econômicos, tanto para melhor se proteger, quanto para obter boas rentabilidades.
Fonte: ANACE – Associação Nacional dos Consumidores de Energia
AMBIENTES DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
Antes de falarmos dos três grandes segmentos, cabe detalharmos como funciona o processo de contratação de energia.
Há dois tipos de ambientes de contratação, como vistos na imagem acima. O primeiro é chamado de “Ambiente de Contratação Regulada”, ou pela simples abreviação de “ACR”.
Também chamado de “Mercado Cativo”, no ACR são realizadas as operações de compra e venda de energia elétrica entre agentes vendedores e agentes de distribuição, precedidas de licitação, ressalvados os casos previstos em lei, conforme regras e procedimentos de comercialização específicos.
O outro ambiente recebe o nome de “Mercado Livre de Energia”, ou “Ambiente de Contratação Livre”, ou simplesmente “ACL”.
Nele se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica, objeto de contratos bilaterais livremente negociados, conforme regras e procedimentos de comercialização específicos.
Perceba que a regulamentação é grande. E esse é justamente um dos principais atrativos que enxergamos quando comparamos como outros setores de utilidades públicas.
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
O segmento de distribuição está na ponta mais próxima do consumidor. É o estágio final da cadeia de produção elétrica. Por isso, dentre os três segmentos, em momento de crise, este tende a ser o mais afetado.
Geralmente, um dos impactos se deve às reduções (as vezes, até mesmo paralisações) de grande parte das atividades econômicas, principalmente as industriais. Com isto, a demanda de energia elétrica sofre redução em um primeiro momento.
Também há o risco do aumento de inadimplência, que, dependendo da intensidade da crise econômica instaurada, poderá atingir elevados níveis, afetando a geração de caixa das companhias.
Outro ponto de destaque se refere à grande regulamentação as quais essas empresas (do setor elétrico, em geral) estão sujeitas. Medidas impostas pelo Governo Federal podem servir como agravante aos impactos para as distribuidoras, como por exemplo a suspensão do corte de energia para os inadimplentes, descontos nas tarifas de energia e até mesmo adiamento de reajustes de compensação de custos.
Esses e outros fatores acabam por impactar diretamente nos resultados operacionais em um horizonte de curto prazo.
Como exemplos de empresas listadas desse segmento, há a Neoenergia (NEOE3) e a Copel (CPLE6).
Nos últimos doze meses, as ações de NEOE3 apresentam queda de 7,9%, enquanto CPLE6 marcou praticamente 35% positivos de retorno. Como comparação, o IBOV finalizou este período com uma valorização de 2,5%.
O desempenho dessas ações e do índice ao longo do ano pode ser observado no gráfico abaixo:
Fonte: Tradingview
TRANSMISSÃO DE ENERGIA
O segmento de transmissão funciona como o elo entre a geração e a distribuição de energia. Toda eletricidade gerada é transmitida aos distribuidores pelas empresas do segmento de transmissão. E este é o segmento que tende a sofrer os menores efeitos em uma eventual crise.
Isto porque grande parte do faturamento das companhias vem do Governo Federal, fazendo com que suas receitas tenham maior previsibilidade. Também, vale ressaltar que as receitas não dependem da demanda por energia elétrica do consumidor.
Outro ponto importante se refere à baixa necessidade de grandes investimentos, fazendo com que essas empresas possuam, de forma geral, baixos níveis de endividamento. E, quanto menor for a alavancagem, maior é a capacidade de distribuição de dividendos.
Dois exemplos de empresas do segmento de transmissão de energia são: Taesa (TAEE11) e ISA CTEEP (TRPL4). Nos últimos doze meses, as units de TAEE11 se desvalorizaram 0,5%, enquanto TRPL4 registrou baixa de 6,6% neste mesmo período.
O desempenho dessas ações e do índice ao longo do ano pode ser observado no gráfico abaixo:
Fonte: Tradingview
GERAÇÃO DE ENERGIA
Como dito, dada a matriz energética brasileira, grande parte da potência produzida por essas companhias advém de hidrelétricas. Mas também, existe a utilização de termelétricas, parques eólicos e, mais recentemente e em aplicação crescente, a geração por meio de placas solares.
Dentre os três segmentos do setor elétrico, o de geração de energia tende a sofrer impactos intermediários entre os outros dois (distribuição e transmissão). Isso porque essas empresas possuem contratos pré-definidos de demanda de energia para as distribuidoras.
Atrelado a isso, as companhias de geração já contam com certos instrumentos de proteção contra períodos de maiores dificuldades, como no caso de escassez de água para as hidrelétricas, por exemplo.
Como exemplos de empresas listadas em bolsa desse segmento há a Eletrobrás (ELET3) e a Engie (EGIE3). Nos últimos doze meses, ELET3 rentabilizou praticamente 24%, enquanto EGIE3 se valorizou cerca de 4,7%.
Vale ressaltar, no entanto, que várias das empresas citadas possuem atividades juntamente nos três segmentos.
O desempenho dessas ações e do índice ao longo do ano pode ser observado no gráfico abaixo:
Fonte: Tradingview
BOAS PAGADORAS DE DIVIDENDOS
Para justificar a “fama” de boas pagadoras de dividendos, separamos o gráfico abaixo, que apresenta o dividend yield dos últimos doze meses das empresas do setor elétrico listadas no Índice Bovespa, em comparação com o yield médio do próprio IBOV:
Fonte: RI das Empresas
O gráfico nos mostra que, das seis companhias, cinco delas detém um dividend yield superior ao médio do índice, indicando a boa distribuição de proventos.
E PARA 2023?
O cenário para o setor não somente se mantém favorável para o longo prazo, como também para o atual ano de 2023, em nossa visão.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o reajuste médio da tarifa de energia elétrica para os consumidores residenciais em 2022 foi de 11,35%.
A Aneel também prevê que a tarifa de energia elétrica deve subir 5,6%, em média, em 2023. Ou seja, a receita dessas companhias, que já é estável, deve ser turbinada por essas altas.
FAZ SENTIDO COMPRAR AS AÇÕES DO SETOR ELÉTRICO?
Como visto, as companhias do setor elétrico podem ser consideradas como fundamentais na montagem de diversas carteiras de investimentos.
E, com a elevação da demanda por energia e a mudança cada vez mais necessária na matriz energética brasileira, o setor como um todo tende a ganhar em níveis de inovação e competitividade para o futuro, favorecendo a geração de caixa das empresas e fortalecendo os lucros de seus acionistas.
Dessa forma, as empresas do setor são “figurinhas carimbadas” em uma boa Carteira de Dividendos. Inclusive, a nossa Carteira Dividendos+, que vem tendo um desempenho fantástico desde o seu início, possui algumas ações do setor em sua composição.
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