Dividendos: o que são e como funcionam

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Uma das formas mais eficientes de construir uma renda passiva e viver de renda é investir em ações ou fundos imobiliários (FII) para receber dividendos.

Com essa estratégia, além de receber rendimentos, você ainda pode se beneficiar com a valorização das ações ou das cotas no longo prazo.

Sem dúvidas, é uma boa estratégia para construir um patrimônio financeiro sólido para seu futuro e continuar sua jornada em direção à independência financeira. 

No artigo de hoje, vamos mostrar tudo que você precisa saber sobre os dividendos e como investir para viver de renda com eles. Confira!

O QUE SÃO DIVIDENDOS?

Em relação ações, os dividendos são parte dos lucros de uma empresa que é distribuída aos seus acionistas.

Na maioria das vezes, essa distribuição é feita para manter a atratividade dos acionistas em relação à empresa ou por a gestão entender que não tem outra oportunidade de investimento no momento que irá gerar valor para a companhia, preferindo devolver o capital para os investidores.

Quanto aos fundos imobiliários, os proventos (usualmente chamado de dividendos, apesar de haver uma diferença técnica) são pagos aos cotistas a partir dos ganhos com aluguéis, vendas de imóveis ou outras transações relacionadas com os empreendimentos que fazem parte do portfólio do fundo.

COMO FUNCIONA O PAGAMENTO?

Olhando para as empresas que são negociadas na Bolsa de Valores, os dividendos são pagos de acordo com regras próprias das companhias definidas no Estatuto Social, muito embora a maioria das empresas  muitas adotem a distribuição de 25% dos lucros aos acionistas prevista na Lei das S.A. ( Lei 6.404/1976).

O pagamento é feito em forma de dinheiro e é depositado na conta da corretora na qual o investidor tem as ações custodiadas. Também é possível receber a remuneração em direitos de propriedades, o que é menos usual.

A periodicidade com que os dividendos são pagos depende de cada empresa, podendo acontecer mensal, ou até, anualmente.

Já os fundos imobiliários têm a obrigação de repassar a maior parte dos lucros aos seus cotistas. Por lei, eles são obrigados a distribuir 95% do lucro obtido semestralmente em regime de caixa.

Por uma boa prática do mercado e para manter a atratividade desse investimento em relação aos outros, os FII costumam pagar os proventos mensalmente, pois a constância e previsibilidade dos pagamentos é o que mais atrai os investidores para esse ativo.

Em relação ao valor que é pago, cada investidor, seja acionista ou cotista, recebe os dividendos de acordo com o número de ações ou cotas que possui.

TIPOS DE DIVIDENDOS

Existem algumas formas diferentes de distribuição de lucros que as empresas negociadas na Bolsa fazem uso para fazer o pagamento dos dividendos aos acionistas. As principais são:

1) DIVIDENDOS 

Os dividendos são a parcela do lucro líquido que uma empresa de capital aberto ou fechado distribui para seus acionistas. Não há um valor mínimo a ser distribuído. O percentual dependerá do estatuto de cada empresa.

São chamados também de dividendos os rendimentos distribuídos periodicamente pelos fundos imobiliários aos seus cotistas. 

Vale ressaltar que os dividendos pagos tanto pelas ações como os fundos imobiliários são isentos de imposto de renda.

2) JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

O JCP é baseado no lucro da empresa nos anos anteriores ao do pagamento. Além disso, há incidência do Imposto de Renda na alíquota de 15%, que já é deduzido na fonte (empresa) e o valor é pago ao acionista já descontado desse valor.

Muitas empresas optam por fazer o pagamento de JCP em vez dos dividendos, pois há um benefício fiscal da dedução desse valor do imposto de renda a ser pago pela companhia.

3) BONIFICAÇÃO

Na bonificação, apesar de não ser uma distribuição direta do lucro para os acionistas, também é uma forma que as empresas possuem para fazer pagamentos de parte do lucro que é investido em capital social.

Na bonificação, as empresas emitem e distribuem novas ações para os acionistas. Como o pagamento de rendimentos é feito de forma proporcional ao número de ações, os investidores podem receber uma participação maior nos lucros no futuro.

VANTAGENS

Como falado no início desse artigo, investir em ações e fundos imobiliários é uma das melhores estratégias para construir uma renda passiva e viver de renda no futuro. Sem dúvidas, essa essa é a principal e melhor vantagem de investir para receber dividendos.

No entanto, há diversas outras vantagens. As empresas pagadoras de proventos tendem a ser menos afetadas em momentos de instabilidade financeira. Elas costumam operar em setores mais consolidados no mercado, resilientes, perenes e anticíclicos, o que reduz bastante a volatilidade das ações na Bolsa, que assusta a maioria dos investidores.

Todos esses fatores impulsionam a construção do patrimônio financeiro no longo prazo, pois torna-se muito mais fácil atravessar períodos turbulentos na Bolsa, quando o medo e o desespero tomam conta e os investidores se deparam com forte desvalorização do patrimônio.

Possuir um portfólio robusto com boas empresas nesses momentos vai te permitir manter a disciplina e paciência para continuar na jornada de investimentos ao longo do tempo e não sair vendendo tudo com prejuízo.

INVESTIR EM DIVIDENDOS É PARA VOCÊ?

O investimento com o objetivo de receber dividendos funciona muito bem para aos investidores com planos no longo prazo.

Se você busca a sua independência financeira e quer viver de renda no futuro, investir em ações ou FII para ganhar dividendos são uma das melhores opções para você ter uma renda recorrente e crescente ao longo do tempo.

Investidores que desejam diversificar a carteira de investimentos também podem investir em empresas que pagam dividendos. Como dito anteriormente, ações que pagam dividendos costumam ser empresas consolidadas no mercado, atuando sem setores perenes e resilientes, que irão trazer uma robustez para o portfólio do investidor.

Vale ressaltar que, antes de investir em ações ou FII visando o recebimento de dividendos, você deve fazer uma análise dos seus objetivos e do seu perfil de investidor. Assim, ficará mais fácil avaliar se esse investimento faz sentido para você.

COMO GANHAR DINHEIRO COM DIVIDENDOS E VIVER DE RENDA

O primeiro passo para ganhar dinheiro com dividendos é escolher ações e fundos imobiliários que são bons pagadoras de dividendos. Aliado a isso, reinvestir os dividendos recebidos para comprar mais ações ou mais cotas de FII potencializa o efeito dos juros compostos ao longo do tempo e é muito importante fazer isso para acelerar a formação do seu patrimônio. 

Ao fazer uso dessa estratégia, você consegue fazer reinvestimentos acumular muito mais patrimônio e gerar uma renda passiva crescente no longo prazo.

Escolhendo bons ativos para a sua carteira e mantendo a disciplina de reinvestir os dividendos ao longo do tempo vai permitir que você aumente a sua renda ao longo do tempo, te deixando mais cada vez mais próximo da sua independência financeira.

CONHEÇA A CARTEIRA DIVIDENDOS+ DA CAPITALIZO

 

BDR – Brazilian Depositary Receipt. Saiba como investir.

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Sabe-se que alocar parte do capital em ativos do exterior pode trazer muitos benefícios a carteira de um investidor, como por exemplo a potencialização de seus ganhos e a redução dos riscos.

Existem diferentes formas de se realizar esta alocação fora do Brasil. Uma delas, refere-se a abertura de conta diretamente em uma corretora do exterior. Entretanto, caso o investidor não esteja disposto, por variados motivos, a deter uma nova conta para realizar esses investimentos, os BDRs surgem com uma boa opção.

O Que São BDRs?

BDR nada mais é do que a abreviação, em inglês, para Brazilian Depositary Receipt. Para melhor entendimento, um BDR é um recibo de ações de empresas estrangeiras negociadas na bolsa de valores brasileira.

Portanto, um BDR torna-se uma maneira simples de se negociar diretamente pela B3 um ativo com lastro em papéis estrangeiros.

Vale ressaltar, porém, que o fato do investidor adquirir um BDR de uma determinada companhia do exterior não o tornará sócio desta empresa, como ocorre no caso de aquisição de uma ação, por exemplo. Este BDR é, como já dito, apenas lastreado nas ações desta companhia estrangeira.

Tipos de BDRs

Os BDRs podem ser classificados em duas grandes categorias: Patrocinados e Não Patrocinados.

Um BDR Patrocinado é um valor mobiliário emitido no Brasil por uma instituição depositária, a pedido de uma companhia do exterior. Portanto, o desejo de emissão deste BDR parte diretamente da empresa estrangeira. Esta, por sua vez, deve então contratar uma instituição depositária à qual será responsável por emitir os BDRs.

Os BDRs Patrocinados são ainda subdivididos em três níveis: I, II e III. Enquanto um BDR Nível I só pode ser negociado em bolsa de valores, os demais possuem a liberdade de serem negociados em mercados de balcão organizado.

Já o BDR Não Patrocinado (BDR NP) deve, novamente, ser emitido por uma instituição depositária, porém sem acordo direto com a companhia emissora. Desta forma, esta instituição é quem possui a responsabilidade de que estes BDRs estejam lastreados nos ativos emitidos no exterior, bem como também são elas que devem divulgar ao mercado as informações financeiras e demais comunicados das respectivas empresas estrangeiras utilizadas nestes BDRs.

Mudanças na Regulamentação

Há um tempo, a CVM fez algumas mudanças na regulamentação dos BRDs, que inclusive já entraram em vigor. Destacamos as mesmas logo abaixo.

  • Permissão para que investidores não qualificados possam negociar BDRs. Vale ressaltar que, anteriormente, somente investidores qualificados poderiam negociar os BDRs Nível I;
  • Previsão de emissão de BDR lastrado em ETFs negociados no exterior;
  • Permissão para que os BDRs sejam lastrados em ações de emissores estrangeiros com ativos ou receitas no Brasil. Também, os BDRs podem ser lastreados em títulos de dívida, inclusive aqueles emitidos por empresas brasileiras.

Quantos BDRs existem e quanto eles rendem?

Atualmente, existem mais de 600 BDRs listados na bolsa brasileira, sendo quase em sua totalidade do tipo BDR Não Patrocinado.

Dentre todos os BDRs, merecem destaque os recibos de grandes e conhecidas empresas mundiais, como Apple, Berkshire Hathaway, Microsoft, McDonald’s, Amazon, Comcast, JP Morgan, Bank of America, Tesla, dentre outras.

Também, há um índice que reflete o retorno médio de uma carteira teórica formada por BDRs Não Patrocinados, o BDRX.

Quais os riscos atrelados aos BDRs?

Além de se tratar de um ativo de renda variável, estando portanto sujeito as variações de mercado, o BDR possui, de forma geral, um maior risco atrelado a sua ainda precária de liquidez.

Esta precariedade de liquidez no mercado de BDRs acaba sendo uma grande desvantagem deste tipo de ativo. No entanto, desde que foi concedida a permissão para que esses ativos estejam disponíveis para quaisquer investidores, tal liquidez vem sendo favorecida neste mercado.

Por fim, de qualquer forma é recomendado aos diversos tipos de investidores que procurem auxílio de especialistas a respeito das melhores recomendações antes de se realizar os investimentos em BDRs.

Novos mercados chegando

Recentemente, a CVM autorizou a B3 a ampliar a carta de mercados internacionais que participam da categoria de Brazilian Depositary (BDRs, recibos de ativos no exterior).

Ou seja, onde até pouco tempo só havia autorização para as bolsas americanas Nasdaq e Nyse, essa decisão possibilita que empresas de Londres, Amsterdam, Toronto e outros emissores tenham suas ações listadas na bolsa brasileira.

Carteira Internacional de Ações da Capitalizo

Aqui na Capitalizo, nós oferecemos a nossos clientes uma carteira de ações específica com as recomendações das melhores empresas estrangeiras. O investimento pode realizado tanto via BDRs quanto diretamente no exterior.

Confira a composição setorial do portfólio:

Confira o desempenho completo da Carteira:

 

 

Fundos Imobiliários: 7 fatores essenciais para analisar melhor

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Você quer investir em Fundos Imobiliários, mas ainda não tem muito conhecimento sobre o assunto? Então saiba que existem alguns fatores essenciais que precisam ser analisados antes de investir.

Claro, não são os únicos! O processo de análise completo deve englobar diversos fatores. Mas, para que você faça melhores investimentos em FIIs, trouxemos uma lista com 7 pontos-chave que influenciam na escolha para a sua carteira.

Confira!

  1. DE OLHO NA VOLATILIDADE!

Antes de mais nada, cabe citarmos que os Fundos Imobiliários (FIIs) são uma boa alternativa para investidores que nutrem o sonho de ter imóveis como patrimônio. Além disso, precisamos deixar claro que, através dos FIIs, nem é preciso ter muito dinheiro para comprar as cotas.

No entanto, é importante ter em mente que, assim como ocorre com as ações, os Fundos Imobiliários também estão sujeitos às oscilações de preços no mercado financeiro, já que suas cotações não são fixas!

Mas o que é a tal da “Volatilidade” dita no título? De forma resumida, a volatilidade é uma medida estatística que nos dá uma noção do famoso “sobe e desce” do preço das ações, ou, nesse caso, das cotas.

São usados dados históricos para calcular a volatilidade, seja de meses ou até anos anteriores.

Explicado sobre a famosa (e abreviada) “Vol.”, cabe citarmos que os FIIs costumam ter, historicamente falando, uma volatilidade menor do que as ações. Isso, portanto, pode ser traduzido como maior segurança.

Entretanto, não é regra! Como dito, nos baseamos em dados históricos para calcular a volatilidade. O que acontecerá com os preços no futuro, infelizmente, nada sabemos.

Voltando ao fato de os FIIs terem, historicamente, uma “Vol.” menor que as ações, ainda assim podemos analisar dentre os próprios fundos, quais deles costumam apresentar uma volatilidade ainda menor.

Ao observar situações de incerteza com o cenário futuro, os fundos que tendem a apresentar menores oscilações costumam ser uma opção ainda mais defensiva de carteira. Portanto, fiquemos de olho da volatilidade dos FIIs.

  1. A FAMOSA VACÂNCIA

O significado de vacância, ao pé da letra, é: “Aquilo que está vago”. Para os FIIs que investem em imóveis, portanto, não fica difícil imaginarmos o que pode traduzir a tal vacância: Trata-se das áreas dos imóveis que encontram-se sem locatários.

A vacância, geralmente, é expressa em valores percentuais. Para isso, basta dividir toda a área vaga de um empreendimento pela sua área total que pode ser locada (chamada de ABL).

Ou seja, se um imóvel possui 200 mil metros quadrados de ABL e há 20 mil metros disponíveis para locação, isso quer dizer que a taxa de vacância é de 10%.

Dito isso, conseguimos enxergar o quanto a análise da vacância dos FIIs é fundamental. Quanto menor a vacância, menos espaços vagos seus imóveis possuem, e, consequentemente, mais aluguel está sendo gerado.

  1. VAMOS FALAR DOS CONTRATOS

Quando alguém, ou alguma empresa, decide por alugar um imóvel, formaliza-se um contrato de locação. No caso dos FIIs, portanto, são formalizados contratos entre o fundo e seus inquilinos.

Há dois tipos de contratos que são comumente utilizados nessa ocasião, e você irá entender a importância de saber alguns detalhes sobre eles.

O primeiro, chamado de contrato típico, costuma possuir uma duração mais curta, de 5 anos geralmente. Os valores dos aluguéis são reajustados anualmente, por uma taxa acordada (IPCA, IGP-M, …), e há uma revisional do valor do principal ao final do 3º ano.

Por fim, existem os contratos atípicos, que geralmente possuem duração maior, podendo ser de mais de 10 anos. Os valores dos aluguéis são reajustados também pela inflação, mas não há revisões do valor do principal.

Em contrapartida, é muito comum desses contratos atípicos carregarem uma multa em caso de rescisão antecipada, no valor da soma de todos os aluguéis faltantes.

Dito tudo isso, os investidores que visam o longo prazo costumam dar mais preferência para acordos atípicos, pois isso pode representar maior previsibilidade de recebimentos.

Cabe ressaltar, no entanto, que o fato de um FII possuir apenas contratos típicos em seu portfólio (algo muito comum no segmento de lajes corporativas, por exemplo), não deve ser utilizado, única e exclusivamente, como critério de exclusão.

Como dito, em certos segmentos, é raro encontrarmos contratos atípicos.

  1. DE OLHO, TAMBÉM, NO PRAZO DOS CONTRATOS

Complementando o tópico anterior, a análise do prazo de vencimento dos contratos é de suma importância na hora de verificar qual FII deve ser alocado em sua carteira.

Por mais que o FII tenha uma boa representatividade de contratos atípicos, pode ser que esses estejam se aproximando do vencimento e tragam certa preocupação.

Em um conceito geral, quanto maior for o prazo estabelecido nos contratos, a tendência é que haja uma boa previsão de receita ao decorrer do período.

Prazos longos contam com menor propensão dos locatários desocuparem o imóvel e, a partir dessa decisão, terem que arcar com possíveis multas rescisórias.

Falando em desocupar imóvel, voltamos ao conceito de vacância. De forma geral, preferimos FIIs com o menor nível de áreas vagas.

Além disso, fundos que dispõem de muitos contratos vencendo no mesmo ano ou próximo disso, por exemplo, podem sofrer uma certa desvalorização das cotas, dada menor preferência por aqueles que possuem vencimentos mais pulverizados.

  1. AH, A LIQUIDEZ!

Sendo uma das principais vantagens dos fundos imobiliários em comparação com o investimento em imóveis físicos, a liquidez é um fator preponderante a ser analisado.

De forma geral, entende-se por liquidez a capacidade de reverter as cotas do fundo em dinheiro no mercado secundário, ou seja, a rapidez em que se pode vender um ativo.

Com isso, você pode contar com a liberdade de vender as suas cotas em qualquer momento, algo que seria mais trabalhoso se fosse uma negociação de imóvel físico.

Imagine a seguinte situação: Um investidor, que possui seu patrimônio investido em um imóvel, precisa urgentemente reaver seu dinheiro de volta. Quando ele conseguirá vender esse imóvel?

Mesmo conseguindo fazer isso em pouco tempo, muitas das vezes ele tem que se desfazer do ativo à preços muito mais baixos do que gostaria.

Dessa forma, da mesma maneira que acontece com as ações, os fundos que têm uma boa imagem no mercado, naturalmente, contam com maior liquidez nas negociações.

Voltando ao exemplo do nosso investidor, caso ele tivesse seu patrimônio investido em FIIs, ele poderia se desfazer de suas cotas em questão de horas, ou de dias (no máximo).

  1. O FAMOSO INDICADOR P/VP

Amplamente utilizado na análise fundamentalista, tanto de ações quanto de fundos imobiliários, o indicador P/VP é bem revelador aos acionistas.

Ele é calculado dividindo-se o valor de mercado do fundo pelo seu patrimônio líquido, ou, basta dividir o preço da cota pelo chamado “Valor patrimonial da cota”, que nada mais é do que o patrimônio líquido dividido pela quantidade de cotas que o fundo possui.

Portanto, a partir do P/VP, é possível ter uma percepção se o preço do ativo está barato ou não, verificando, assim, quanto o valor de mercado pode estar acima do valor contábil do fundo imobiliário.

Valores que indiquem resultados abaixo de 1, por exemplo, dão a entender que o fundo está sendo negociado abaixo (em deságio) do que seu próprio patrimônio líquido indica que valha. Ou seja, pode haver uma oportunidade à vista!

Entretanto, identificar cotações muito abaixo do valor patrimonial pode nos dizer que o mercado está precificando um negócio inviável ou, até mesmo, uma má gestão do fundo. Assim, nem tudo são flores. Cuidado!

  1. POR FIM, OS DIVIDENDOS

Sem dúvida, um dos grandes atrativos dos FIIs: Os dividendos.

Se você já tem a pretensão de formar uma carteira de dividendos, saiba que o investimento em fundos imobiliários pode ser até mais vantajoso do que as ações.

Para tanto, importante analisar o percentual de Dividend Yield (DY) presente no fundo, ou seja, quanto foi pago de proventos nos últimos 12 meses.

Imaginando que você tenha um fundo que pague o valor de R$ 1,50 de rendimento mensal, temos então o montante de R$ 18,00 no ano. Ainda, suponhamos que a cota do fundo esteja sendo negociada, atualmente, ao preço de R$ 122,50.

Para encontrar o Dividend Yield, basta dividir o resultado de rendimento acumulado por esse valor. Logo, temos um DY de 14,69%.

Nunca é demais ressaltar que, diferentemente do recebimento de um aluguel tradicional, que confere como ganho de capital a distribuição de dividendos, nos FIIs é isenta de Imposto de Renda.

CONCLUSÃO

O investimento em FIIs, como pudemos observar, é extremamente atrativo, podendo fazer parte de praticamente qualquer portfólio. Trata-se de uma das formas mais inteligentes de investir em imóveis.

Além dos rendimentos mensais serem isentos de Imposto de Renda, é possível investir nos principais empreendimentos (logísticos, corporativos, shoppings, entre outros) e títulos de renda fixa, atrelados ao mercado imobiliário, do Brasil e do mundo, através do REITs americanos.

Entretanto, e para encerrarmos, veja que existem vários pormenores relevantes antes de alocar cotas de fundos imobiliários na sua carteira, sendo importante, assim, contar com uma análise eficiente para tomar decisões acertadas.

DESEMPENHO DA CARTEIRA RECOMENDADA DE FIIS E REITS DA CAPITALIZO

Abaixo, o desempenho da Carteira Capitalizo de FIIs e REITs desde outubro de 2017 até hoje.

Day Trade, Position Trade e Swing Trade. Qual a diferença?

TRADER CAPITALIZO

Neste artigo falaremos a respeito dos principais tipos de operações que podemos realizar na Bolsa de Valores: Position Trade, Swing Trade e Day Trade.

Afinal, muitos investidores têm interesse em fazer operações com foco em especulação de curto prazo.

E por isso, listamos abaixo as características e diferenças mais importantes:

POSITION TRADE

Operação de médio/longo prazo – pode durar de uma semana até seis meses (em média);

Geralmente, realiza-se por meio de gráfico diário, com auxílio dos gráficos semanal e mensal;

Nesse tipo de operação, a intenção é ficar o máximo de tempo posicionado nas ações;

Normalmente, tem operações somente na “ponta comprada”.

Operação indicada para traders que possuem alguns minutos por dia para acompanhar o mercado;

Atualmente, a nossa estratégia de Position Trade é chamada de Rastreador de Tendências.

SWING TRADE

Operação de curto prazo – pode durar de um dia até um mês (em média);

Na análise gráfica, monta-se a operação e estratégia no gráfico de 60 minutos, com auxílio do gráfico diário;

Nesse tipo de operação, a intenção é ficar posicionado buscando ganhos de curto prazo;

Tem operações tanto na “ponta comprada” quanto na “ponta vendida”, normalmente;

Realiza-se a montagem da operação e estratégia no início e/ou fechamento do dia;

Operação indicada para traders que podem acompanhar o mercado diariamente;

Atualmente, a Capitalizo possui uma Estratégia de Swing Trade , desde 2017, que funciona muito bem.

DAY TRADE

Operações que iniciam e encerram no mesmo dia – podem levar minutos ou horas;

Na análise gráfica, monta-se a operação e estratégia nos gráficos de 5, 10 e 15 minutos;

Realiza-se a montagem da operação e estratégia durante o pregão;

Normalmente, tem operações tanto na “ponta comprada” quanto na “ponta vendida”;

O Day Trade permite que o trader se “alavanque”, colocando seus investimentos ou dinheiro como garantia;

Para realizar esse tipo de operação, não existe a necessidade de acompanhamento do pregão durante todo o dia, mas é importante que o investidor esteja focado no tempo que tem disponível;

Atualmente, na Capitalizo realiza-se operações de Day Trade no mercado de Índice Futuro.

RESULTADOS

Por fim, segue o histórico das nossas principais Estratégias de curto e médio prazos, que fazem parte da nossa assinatura Full Trader:

Vale a pena operar Day Trade? Saiba agora!

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Em meio ao aumento de CPFs cadastrados na Bolsa, a modalidade de operações de day trade vem se tornando cada vez mais popular, principalmente no mercado de futuros (mini índice e mini dólar).

Porém, por ser um mercado extremamente alavancado e complexo, muitas pessoas acabam sofrendo grandes prejuízos antes mesmo de entenderem, de fato, como gerar lucros consistentemente.

Com essa premissa, muitos “demonizam” o day trade e o tratam logo como um “cassino”, quando, na verdade, é uma profissão que deve ser levada a sério (ninguém se torna um médico ou um piloto de avião da noite pro dia – trader também não). Ela requer muito estudo, experiência e o principal: o auxílio de profissionais.

Essas operações chamam atenção por conseguirem gerar lucros de forma extremamente rápida, mas é aqui que mora o perigo.

Para começar com o pé direito no day trade, o iniciante precisa tomar alguns cuidados, começando por entender como funciona esse tipo de operação, que nada mais é do que comprar e vender um ativo dentro do mesmo pregão.

Por conta da popularização da Bolsa que ocorreu nesses últimos anos no Brasil, o day trade se tornou muito acessível. Algumas corretoras chegam a oferecer margem para que as pessoas possam operar muitas vezes o seu capital, a chamada alavancagem.

O problema é que muitos entram no mercado “de qualquer jeito”, sem Estratégia e sem gerenciamento de risco e acabam tomando grandes prejuízos.

Nada impede que pessoas iniciantes façam day trade, mas que tomem todas as precauções antes mesmo de começar. Ou seja, que se preparem!

Então, para ajudar, separamos 3 dicas para você começar de forma sólida nessas operações e gerar seus primeiros resultados no day trade. Veja:

DICA 1: TENHA UMA ROTINA

Disciplina é a chave para gerar ganhos consistentes no day trade, pois como é um tipo de operação em que tudo pode mudar em questão de segundos, você precisa estar preparado.

Então, uma rotina de operações é uma prática muito importante e você precisa levá-la a sério. Como sua profissão! Logo, tarefas como essas devem ser diárias:

📌 Avaliar o fechamento dos mercados internacionais do dia anterior e a abertura dos futuros nos Estados Unidos;

📌 Estar por dentro dos eventos e notícias mundiais. Você não deve “operar por notícias”, mas tem que se saber as que podem deixar o mercado ainda mais volátil;

📌 Manter o registro de suas operações para avaliar seu desempenho;

📌 Simular dias de pregão para treinar o reconhecimento de padrões.

Além disso, o day trade pode ser uma atividade extremamente cansativa para a mente.

Por esse motivo, é importante também que você pratique alguma atividade física para manter o equilíbrio e, consequentemente, o foco necessário para operar.

DICA 2: SIGA UMA ESTRATÉGIA

É muito comum que o iniciante mude de estratégia a todo momento. É como um ciclo vicioso: ele define um método, começa a operá-lo e, assim que algo não anda conforme ele quer, descarta tudo e recomeça do zero.

Isso é um erro muito grave, pois a Bolsa de Valores é um mercado variável, ou seja, as perdas controladas fazem parte da profissão, e você, de uma forma ou de outra, precisa aprender a conviver com elas.

Mas todo esse sofrimento pode ser evitado buscando acompanhamento profissional, pois uma pessoa capacitada já passou por esses problemas no começo e sabe muito bem como contorná-los.

Ou seja, você vai acabar ganhando muito tempo e, ainda por cima, não vai sofrer os prejuízos que uma pessoa sem acompanhamento geralmente sofre.

DICA 3: BUSQUE “TEMPO DE TELA”

Aprender tudo sozinho não é impossível, porém buscar ajuda de um profissional pode lhe economizar muito dinheiro. Então, já que o capital é o fôlego do trader, é importante preservá-lo ao máximo durante o período de aprendizado.

O caminho mais rápido e fácil para alcançar esse objetivo sem sofrer grandes prejuízos é procurar ajuda profissional. Por isso, a Capitalizo possui uma assinatura de análises e recomendações e também de acompanhamento, o Full Trader, onde o foco é exclusivo no resultado e no desenvolvimento do assinante.

Seguindo e entendendo as nossas recomendações, você ganha experiência na prática, o que chamamos de “tempo de tela”.

Um abraço e bons trades.

8 variáveis para ficar de olho em Fundos Imobiliários

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Em busca do desejado sonho de “viver de renda”, cada vez mais investidores estão investindo em Fundos Imobiliários. 

Então, para lhe ajudar, nesse post trazemos 8 variáveis – ou indicadores – para o você ficar de olho quando for analisar algum Fundo Imobiliário. 

Lembramos que não se deve olhar apenas para uma variável isoladamente.

Por isso, não leve nenhum indicador como verdade absoluta e procure sempre analisar o conjunto de todos eles antes de tomar uma decisão. Sabendo disso, vamos a elas:

Taxa de Vacância

Sendo quase que a informação mais importante de um Fundo Imobiliário, a vacância diz respeito à porcentagem de área não alugada dos imóveis sob gestão. Essa informação está diretamente ligada à resiliência do fundo ao longo do tempo, por isso é importante analisar a vacância atual e também a histórica

Fazendo essa análise mais completa, o investidor terá mais certeza se determinado fundo é resiliente perante crises como, por exemplo, a do Covid-19, já que, em tempos favoráveis, o mercado como um todo é naturalmente altista.

  • Você pode encontrar esse dado nos relatórios mensais de cada Fundo Imobiliário e, por padrão, quanto menor, constante e descendente, melhor.

Dividend Yield

Essa métrica representa o quanto um fundo distribuiu de dividendos ao longo dos últimos 12 meses em relação ao valor atual da sua cota. Para encontrar esse indicador, soma-se os últimos 12 pagamentos, divide-se o resultado pelo valor do fundo e, por fim, se multiplica por 100 para definir a porcentagem.

Por exemplo, digamos que um fundo pagou nos últimos 12 meses em média R$ 1,00 ao mês. Sendo assim, são R$ 12,00 ao ano (1,00 x 12) que, se dividido pelo valor de uma cota de R$ 200, chegaremos a um valor de 0,06. Ou seja, esse fundo teve um dividend yield de 6,00% nos últimos 12 meses.

  • Entendido como a taxa do indicador é encontrada, fica fácil perceber que, quanto maior for a taxa de DY, melhor, pois teremos fundos que pagam, consistentemente, bons dividendos.

É óbvio que esse indicador não deve ser estudado isoladamente, pois de nada adianta um fundo ter um DY alto, porém sem consistência de pagamentos. Então, é de suma importância que o investidor avalie vários indicadores além do dividend yield para tomar uma decisão mais sólida.

Atipicidade dos Contratos

Quando falamos em contratos de imóveis comerciais para locação, existem 2 tipos, são eles os típicos e os atípicos. Os típicos são aqueles que geralmente duram 5 anos e possuem revisão de contrato ao final do 3º ano, onde proprietário e inquilino reavaliam o contrato de acordo com o mercado atual.

Sendo assim, temos também os atípicos, contratos esses que costumam durar 10 anos e não possuem revisional durante o contrato, sendo composto apenas de reajustes anuais. Esse tipo de contrato é mais utilizado em galpões logísticos ou com um objetivo específico, sendo mais aceito em operações de BTS (built-to-suit) e SLB (sale-lease-back).

  • Portanto, é importante variar os tipos de contratos em sua carteira. Porém, contratos atípicos em peso tornam o portfólio de FIIs um pouco mais defensivos, visto que os contratos são mais longos e permitem uma previsibilidade maior dos rendimentos futuros, logo, são ótimos em períodos de turbulência econômica como a atual.

Prazo dos Contratos

O prazo dos contratos serve como filtro ao analisar a atipicidade dos mesmos, pois um fundo pode ter a maioria dos contratos atípicos, mas com seus vencimentos se aproximando.

  • De maneira resumida, quanto maior os prazos de vencimento dos contratos, melhor, visto que aumenta bastante a previsibilidade de rendimentos futuros. 

Logo, esse indicador ajuda a ter uma leve previsibilidade à médio prazo e por isso é de grande valia para sua análise.

Volatilidade dos Fundos Imobiliários

A volatilidade dos FII’s em geral é, naturalmente, mais baixa que a média do mercado.

Mas, fundos com baixa volatilidade histórica tendem a performar melhor durante crises, onde a previsibilidade à curto prazo acaba comprometida.

Liquidez dos Fundos Imobiliários

A liquidez é a característica de um ativo em se transformar em dinheiro novamente. Quanto mais rápido e sem grandes oscilações de preço, melhor a liquidez de um fundo ou de uma ação.

  • Geralmente medida pelas negociações diárias, um fundo possui uma liquidez saudável quando negocia acima de R$ 500 mil por dia, garantindo, assim, uma maior segurança na hora de entrar ou sair de uma posição.

Valor de Mercado/ Valor Patrimonial (P/ VP)

Esse é um indicador de interpretação bem simples, porém se utilizado de forma isolada, ele pode se tornar bem perigoso.

  • Por exemplo, quando o P/ VP está acima de 1,00 o fundo negocia acima de seu valor patrimonial, ou seja, ele está mais caro no mercado do que comprando os imóveis físicos. Já quando está abaixo de 1,00, o fundo está negociando abaixo de seu valor patrimonial, significando que as cotas no mercado estão mais baratas do que a mesma fração dos imóveis físicos.

Porém, é importante lembrar que no mercado os ativos são precificados milhares de vezes por minuto, já um imóvel físico só é avaliado uma ou duas vezes por ano. Por isso, esse indicador deve ser utilizado com bom senso e em conjunto com outros indicadores, visto que ele pode estar relativamente atrasado.

Caixa/PL

Essa porcentagem reflete diretamente no quanto de caixa o fundo possui no momento. Ou seja, é a parcela do patrimônio líquido do fundo que não está alocada em nenhum ativo-alvo (lajes corporativas, galpões logísticos ou shoppings por exemplo).

  • Aqui não existe certo ou errado, o importante é avaliar se essa porcentagem no fundo que você está analisando faz sentido no case. Por exemplo, não faz sentido um fundo manter o caixa alto em períodos em que os juros básicos estejam em baixa, visto que, na maioria das vezes, os fundos alocam esse caixa em títulos de renda fixa com alta liquidez.

Portanto, aqui entra muito do bom senso, uma vez que se a gestora demorar muito tempo para alocar os recursos do fundo ela, infelizmente, pode pressionar a rentabilidade do fundo e a distribuição de dividendos aos cotistas.

POR QUE INVESTIR EM FUNDOS IMOBILIÁRIOS E REITS?

O investimento em Fundos Imobiliários e REITs são duas das formas mais inteligentes de investir em imóveis.

Além dos rendimentos mensais serem isentos de Imposto de Renda, é possível investir nos principais empreendimentos (logísticos, corporativos, shoppings, entre outros) e títulos de renda fixa, atrelados ao mercado imobiliário, do Brasil e do mundo, através do REITs americanos.

DESEMPENHO DA CARTEIRA DE FIIS E REITS DA CAPITALIZO

Abaixo, segue o desempenho Carteira Capitalizo de FIIs e REITs desde Outubro de 2017 até hoje. Perceba que, nesse período, o nosso retorno é muito superior ao apresentado pelo IFIX:

 

Arquimedes e a alavancagem | Informativo da Carteira Tiago Prux

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“Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e levantarei o mundo”

A frase acima é de Arquimedes, um dos grandes gênios da antiguidade. Matemático, filósofo, físico, engenheiro e inventor, Arquimedes realizou muitos estudos sobre alavancas e criou a teoria das alavancas. Nos seus estudos, ele percebeu que a força aplicada a uma das extremidades da alavanca, com o intuito de mover um objeto na outra extremidade, é inversamente proporcional à distância do ponto de apoio.

Dessa forma, quanto mais distante a extremidade estiver do ponto de apoio, menor será a força necessária para mover o objeto. ente, por exemplo, fechar uma porta aplicando a força próxima às dobradiças. Você vai perceber que é muito mais difícil que fechar pela maçaneta, pois a força estará sendo aplicada muito próxima ao ponto de apoio.

Arquimedes sabia que o uso de uma alavanca, ou alavancagem, facilita a nossa vida e pode nos poupar muito trabalho e tempo.

No mercado financeiro, a alavancagem é a utilização de determinados recursos para aproveitar oportunidades de multiplicar seus resultados. Ela funciona como um limite de crédito e te possibilita investir um valor maior do que tem em conta. Ou seja, a partir de um pequeno esforço, é possível ampliar seus ganhos.

Diversas empresas da B3 operam alavancadas, utilizando instrumentos como a emissão de debêntures, para crescer. Nesses casos, as empresas conseguem poupar tempo e acelerar crescimento, utilizando a alavancagem.

O próprio investidor pessoa física possui ferramentas para alavancar seus ganhos no mercado. A utilização do mercado a termo, por exemplo, funciona de forma semelhante a um empréstimo. Nesse caso, é possível colocar os seus investimentos em garantia e utilizar a alavancagem para tentar ganhar com a alta do mercado.

Alavancar pode ser muito bom e facilitar a nossa vida, podendo nos trazer ganhos extras. Porém, muitas empresas quebram em função da alavancagem e muitos investidores perdem muito dinheiro quando tentam se alavancar. Arquimedes “nos deu” a alavanca, mas talvez deveria ter colocado junto um guia, trazendo os cuidados em utilizá-la.

Se eu fosse escrever esse guia para os investimentos, eu diria que alavancar costuma dar errado, quando não são observados dois pontos: o custo e o tamanho da alavancagem.

Você conhece alguém que fez o pagamento mínimo do cartão de crédito? Ou tirou dinheiro utilizando o mesmo cartão no caixa eletrônico? O que essa pessoa faz é se alavancar, utilizando o cartão, para fazer alguma compra. Qual o custo dessa alavancagem? Aqui, no Brasil, pode passar de 800% ao ano. No mercado financeiro, se o seu custo para alavancar for superior ao seu retorno, você vai perder dinheiro.

Para as principais operações em que podemos alavancar na bolsa, como venda alugada de ações ou termo de ações, os custos não costumam atrapalhar os investidores, pois é baixo. Um aluguel de BOVA11, por exemplo, pode variar de 0,5% a 4% ao ano. Isso não impede ninguém de ganhar dinheiro.

O grande problema dos investidores é não saber dosar o tamanho da alavancagem. Imagine a situação de empresas que estavam muito alavancadas e tiveram que parar de vender em função da Covid-19. Pois é! Se a companhia não tiver capacidade de arcar com seus empréstimos, terá sérios problemas.

Imagine, agora, um investidor que pode utilizar uma alavancagem de 10 vezes o seu patrimônio para comprar ações. Com apenas R$10 mil ele poderia comprar R$100 mil, por exemplo. Caso ele compre R$100 mil em ações da PETR4 e essas subam 10%, os ganhos seriam de R$10 mil. Como o investimento dele era também de R$10 mil, seus ganhos teriam sido de 100%. Muito interessante, não?

Com certeza! Mas, se as ações da PETR4 tivessem caído 10%, ele perderia todo o seu dinheiro.

9 entre 10 investidores que perdem dinheiro utilizando ferramentas de alavancagem, alavancam demais e se expõem a risco desnecessários, em busca da ”grande tacada”, do ”grande ganho” das suas vidas. Não caia nessa cilada. Alavancar é muito bom, mas não serve para te deixar rico da noite para o dia. A melhor forma de usá-la é com parcimônia, trazendo ganhos extras para os seus investimentos. 

É nisso que eu acredito e o que sempre me ajudou a ganhar ‘um pouco’ mais do que o mercado me ofereceu.

Um abraço e ótimos investimentos!
Tiago Prux

Conheça a Carteira Tiago Prux

Quando comprar e vender ações nos curto e médio prazos

Capas Blog

Sabemos que, operando no curto prazo, é praticamente impossível comprar na mínima e vender na máxima. Na verdade, não é nossa pretensão achar que poderemos sempre ganhar ou que venderemos no melhor ponto.

Porém, muitos investidores até conseguem comprar ações em bons preços, mas não têm muita ideia de quando vendê-las. Quando isso acontece, normalmente o resultado é que as pessoas encerram as operações muito cedo e deixam de ganhar dinheiro.

A melhor forma de não encerrar uma operação muito cedo é identificar se a ação está em uma tendência de alta e “surfar” ao máximo essa tendência. A nossa principal Estratégia capaz de identificar esses movimentos é o Rastreador de Tendências, que utiliza estudos gráficos para identificar claramente se uma ação está em tendência de alta.

Como exemplo de tendência de alta, temos as ações do BTG Pactual (BPAC11) que estavam em um belo canal de alta, iniciado em março de 2020:

Como podemos perceber, apesar do claro movimento de alta das ações, tivemos também dias de baixa, o que pode ter levado muitos investidores a sair das ações antes da perda do canal e, consequentemente, terem deixado de ganhar um bom dinheiro.

Na nossa Estratégia, depois de configurado esse canal de alta, o ponto de saída estava claro: somente quando os preços rompessem o canal – o que poderia indicar o final da tendência altista.

A perda do canal de alta acabou acontecendo em setembro desse mesmo ano, quando recomendamos o encerramento da operação:

No caso da operação acima, o ganho foi superior aos +100%.

Importante: Obviamente, não sabíamos se os preços de BPAC11 continuariam caindo ou se poderiam voltar a subir e, na verdade, isso não faz a menor diferença.

Dizemos isso porque as pessoas insistem em achar que fazer operações em bolsa é um exercício de futurologia, onde para se ganhar dinheiro é preciso adivinhar o que irá acontecer.

O que precisamos ter é uma Estratégia Operacional clara e objetiva, com proteção (para minimizar as perdas) e que nos dê a possibilidade de ganhar muito dinheiro – exatamente como o Rastreador de Tendências faz.

O ASPECTO PSICOLÓGICO

Conforme observamos acima, mesmo para quem nunca viu um gráfico, foi fácil perceber o canal de alta e que não haveria motivos para vender enquanto as ações BPAC11 continuassem dentro dessa tendência. Porém, se é tão fácil, porque a maioria das pessoas não segue esse tipo de estratégia?

Primeiramente, vale comentar que não são todos os investidores que conhecem ou tem perfil para operar utilizando gráficos. Dessa forma, enquanto você pode estar preocupado com o canal de alta, outros investidores sequer estão olhando para esse gráfico.

Porém, o que mais atrapalha o investidor a não usar ou respeitar as tendências dos gráficos é a falta de paciência e/ou de disciplina. Isso mesmo. Na maior parte das vezes, os investidores ficam impacientes e, na pressa de garantir ganhos, acabam saindo cedo demais. Outros, ainda, não vendem as ações ”achando” que voltarão a subir.

Vale ressaltar que avisamos aos nossos clientes a hora de comprar e de vender. Porém, de nada vale nosso trabalho se o investidor deixar o ”psicológico” atrapalhar e não respeitar a Estratégia proposta.

EXEMPLOS DE RECOMENDAÇÕES

Abaixo, seguem algumas recomendações bem sucedidas nas quais conseguimos surfar boas tendências pela Estratégia do Rastreador. Colocamos, também, algumas recomendações que deram prejuízo – já que nem sempre vamos conseguir ter lucro nas operações e isso é perfeitamente normal:

É importante que tenhamos bons lucros em algumas operações, claro. Porém, o que faz do Rastreador uma Estratégia vencedora é a consistência. Ou seja, a capacidade de entregar resultados positivos ao longo dos anos, sem deixar com que nenhuma “tragédia” tenha acontecido. Dessa forma, para quem busca fazer operações de médio prazo, o Rastreador é uma ótima alternativa.

Lembrando que, por médio prazo, entendem-se operações que costumam durar de 3 até 6 meses. Assim sendo, a Estratégia do Rastreador não é de muito giro, ou seja, com com poucos minutos disponíveis por dia é possível seguir, tranquilamente, as recomendações enviadas.

Além disso, mesmo em um cenário de grandes quedas como o de Março de 2020, o Rastreador, além de continuar entregando ganhos, protegeu os clientes da Capitalizo de uma das maiores baixas da história das bolsas pelo mundo.

Vale relembrar que, desde 2017, o Rastreador nunca fechou um ano no negativo.

SAIBA MAIS SOBRE O RASTREADOR E CONFIRA OS RESULTADOS HISTÓRICOS

O Rastreador de Tendências é nosso carro chefe em rentabilidade, em recomendações de médio prazo (3 até 6 meses, em média).

Aqui, bastam 10 minutos por semana para você acompanhar todas as atualizações e manter suas operações 100% em dia.

Entenda a Estratégia no vídeo abaixo:

 

Small Caps: Realmente vale a pena investir?

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Ao começar a dar seus primeiros passos na Bolsa de Valores você se depara logo de cara com um problema: existem mais de 400 empresas listadas! Como escolher quais investir?

Sem dúvidas, esse é um dos maiores desafios para quem está começando sua jornada de investimentos, inclusive para quem investe há mais tempo

Uma caminho que pode funcionar muito bem no início é separar as companhias a partir do tamanho de valor de mercado. Nesse contexto, quando olhamos para as empresas que possuem o menor valor de mercado, encontramos as empresas que são conhecidas como Small Caps (baixa capitalização).

Neste artigo, você vai entender tudo que precisa saber sobre as ações Small Caps, quais suas vantagens e como investir nelas na Bolsa de Valores. Confira!

O QUE SÃO SMALL CAPS?

As Small Caps são um tipo de empresa listada na Bolsa de Valores e a sua classificação faz referência ao tamanho da companhia. Empresas de menor porte são consideradas Small Caps, as de médio porte Mid Caps e as maiores são as chamadas de Large Caps (ou Blue Chips).

Embora não haja um limite específico para diferenciar essas categorias, as Small Caps são geralmente consideradas as empresas que apresentam um valor de mercado, entre R$ 2 bilhões e R$ 7 bilhões.

Normalmente, as Small Caps representam negócios que estão em crescimento e, por isso, reinvestem frequentemente os lucros na expansão da empresa. Por esse motivo podem apresentar uma  grande valorização no longo prazo.

Por outro lado, por serem empresas menores e, muitas vezes, menos conhecidas do que as grandes companhias, é normal que suas ações não tenham tanto acompanhamento ou demanda da maioria dos investidores e instituições financeiras.

Assim, o volume de negociação (liquidez) costumam ser menores do que a média.

Mas essa liquidez menor pode ser uma excelente oportunidade e vantagem para você investidor pessoa física.

Com o volume de negociação sendo menor, torna mais difícil que grandes instituições montem posição na companhia e, assim, permite que a ação não sofra tanta interferência ou sejam alvo de estratégias de investimentos que façam o preço da ação cair.

Abaixo, vamos ver uma small cap fora do radar da maioria dos investidores que, além de ser uma boa empresa, tem um bom potencial de crescimento.

BANCO MERCANTIL (BMEB4)

O Banco Mercantil foi fundado em 1943 com a inauguração da primeira agência na cidade de Curvelo, Minas Gerais. A intenção inicial era de auxiliar na movimentação da economia da pacata cidade mineira.

No entanto, desde então, o banco conseguiu crescer em um ritmo bastante forte, contando hoje com presença em 9 estados brasileiros, atendendo a cerca de 198 cidades, como mostrado na imagem.

A estratégia principal do banco é a de fornecer o melhor ecossistema financeiro para o público 50+. O carro-chefe da atuação do Mercantil é, justamente, no pagamento de benefícios do INSS, tendo se tornado, inclusive, uma das grandes referências do país nesse quesito.

Tanto é que, no início de 2022, o banco mineiro passou a figurar entre os cinco maiores do Brasil em pagamentos de benefícios do INSS.

Através dessa base de clientes, o Mercantil atua na venda de produtos como investimentos, crédito, corretagem de seguros, e câmbio, como visto na imagem abaixo.

Esse mercado possui menor risco como principal característica, fornecendo boa previsibilidade aos negócios do banco. Basta ver os resultados históricos do banco para ter uma noção desta previsibilidade.

Nos últimos anos, a equipe de gestão vem intensificando o foco em sua missão de garantir cada vez mais a inclusão de seu público no ambiente digital. Algo mais complicado para o banco, já que a maior parte de seu público ainda mantém baixa penetração no digital.

No entanto, a utilização do aplicativo do Mercantil e atendimentos via whatsapp cresceram exponencialmente no último ano, como podemos ver na imagem a seguir.

O número de clientes também avançou forte nesse período, saindo de 5 milhões no 1T22 para 6,7 milhões no 1T23, o que representa um crescimento de 35%.

Em relação ao desempenho das ações nos últimos anos, o resultado é impressionante.

Nos últimos 5 anos, as ações de BMEB4 apresentam valorização de +421,8%, enquanto o Banco Itaú (ITUB4) subiu apenas +52,19% no mesmo período, conforme mostrado no gráfico abaixo:

O valor de mercado do Banco Mercantil é um pouco mais de R$1,2 bilhão de reais. Só para você ter uma ideia, o Banco Itaú (ITUB4) vale R$ 255 bilhões.

COMO ACOMPANHAR AS SMALL CAPS?

Os investidores da renda variável, geralmente, estão familiarizados com o Ibovespa, o principal índice de referência do desempenho da bolsa brasileira.

No entanto, o Ibovespa é bastante concentrado em apenas algumas empresas, principalmente, dos setores de bancos e comodities, não fornecendo nenhuma informação útil sobre as small caps.

Por isso, o mercado utiliza outro índice, o SMLL. É ele que você deve utilizar para acompanhar o desempenho das Small Caps na Bolsa de Valores.

Vale a pena ressaltar que, assim como é possível investir em ativos que replicam o índice Ibovespa (ETF BOVA11), também existe essa possibilidade em relação ao índice SMLL, por meio do ETF SMAL11.

Então, se você quiser se expor às empresas small caps, pode compor uma carteira de investimentos por meio do ETF SMAL11, que busca replicar a performance do índice SMLL.

COMO INVESTIR EM SMALL CAPS?

As principais estratégias para investir em Small Caps são: Fundos de Investimentos de Ações, ETF’s e você montar a sua própria Carteira de Ações.

Escolha a forma que melhor se adeque ao seu perfil de investidor e conte com as nossas recomendações!

RECOMENDAÇÕES DE MICRO E SMALL CAPS DA CAPITALIZO

Acompanhar e recomendar ações de Micro e Small Caps está no DNA da Capitalizo. Além dessas ações fazerem parte de outras Carteiras, a Capitalizo tem um portfólio criado especialmente para essas classes de ações, a Carteira Micro e Small Caps.

Um dos diferencias dessa Carteira é a utilização de uma Estratégia criada por nós e chamada de Fake Small Caps.

Uma ação Fake Small Cap tem o tradicional potencial de crescimento das empresas de menor valor de mercado, mas carregam um bom histórico de execução, liderança em seus mercados e ótima gestão.

Ou seja, essas empresas só “parecem” pequenas e, normalmente, são negociadas como verdadeiras barganhas.

Entenda como funciona a nossa Carteira e veja na prática o retorno diferenciado que uma boa Estratégia pode trazer para os seus investimentos: