Bruno

📌 Eletrobras (ELET3) se destaca em leilão de transmissão com três lotes arrematados

No leilão de transmissão realizado nesta quinta-feira (28/03), a Eletrobras (ELET3) se destacou ao garantir a vitória em três dos 15 lotes disponíveis.

Um dos destaques foi o lote 5, onde a estatal planeja investir aproximadamente R$ 2,65 bilhões para construir 1,1 mil quilômetros de linhas de transmissão em diversos estados. A proposta da Eletrobras incluiu um deságio de 31,14% sobre a receita anual permitida (RAP), totalizando R$ 302 milhões.

Além disso, a empresa conquistou os lotes 1 e 9. No lote 1, serão investidos R$ 1,77 bilhão para a construção de 538 quilômetros de linhas de transmissão entre Ceará e Piauí. Já o lote 9 envolve a implantação de subestação e trechos de linhas de transmissão em Santa Catarina, com investimentos estimados em R$ 190,61 milhões.

Outras empresas também se destacaram: a Energisa (ENGI11) arrematou o lote 12, com investimentos previstos de R$ 932,52 milhões, enquanto a EDP conquistou os lotes 2 e 7, com investimentos de R$ 1,54 bilhão e R$ 528,67 milhões, respectivamente.

O maior lote foi arrematado por um fundo de investimentos do BTG Pactual, que ofereceu uma RAP de R$ 284,3 milhões. A disputa envolveu o BTG, Neoenergia, Engie, Cymi e um consórcio Alupar-Equatorial, enquanto a Eletrobras participou, mas não fez proposta.

O leilão, em geral, seguiu o ritmo semelhante aos últimos realizados, mostrando-se bastante competitivo.

A maior participação da Eletrobras já era um movimento esperado pelo mercado. Acreditamos que, no geral, a empresa fez bons negócios, com destaque para o maior lote arrematado pela companhia, que veio com uma relação de retorno atraente. Para a Energisa, o lote arrematado teve uma relação de retorno ainda melhor.

📌 Agrogalaxy (AGXY3): Ações disparam +25% após divulgação de resultados do 4T23

As ações da Agrogalaxy (AGXY3) dispararam +25% no pregão desta quinta-feira (28/03) após a divulgação de seus resultados do 4T23. Apesar do movimento de alta nas ações, a companhia apresentou números ainda bastante pressionados devido à queda dos preços das commodities, ao elevado custo de capital e aos efeitos climáticos adversos.

A receita líquida no trimestre foi de R$ 2,4 bilhões, com uma queda de -29% em relação ao 4T22. Destacamos negativamente o desempenho de insumos, que teve uma retração de -33,4%, decorrente das reduções nos preços de defensivos e fertilizantes, além do atraso no plantio da soja.

O lucro líquido foi de R$ 107 milhões, ainda com queda de -42,2% em relação ao 4T22. A dívida líquida totalizou R$ 1,3 bilhão, com uma relação de endividamento de dívida líquida/EBITDA de 3,9x no encerramento de 2023.

Para o ano de 2024, a empresa deve focar em ganhos de rentabilidade por meio da otimização do mix de produtos e da continuidade dos ajustes em despesas gerais e administrativas.

Em nossa visão, o movimento de alta nas ações se deve muito mais ao fato de a empresa estar bastante depreciada do que pelos resultados em si. Os números do 4T23 continuam bastante fracos e não apresentam sinais de melhoras significativas.

Resultado Negativo.

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